Espaço para postar opiniões e dicas sobre música, cinema, quadrinhos... enfim, cultura Pop!
quinta-feira, dezembro 30, 2010
quarta-feira, dezembro 08, 2010
Versos do dia: Time (Pink Floyd)
(...) Kicking around on a piece of ground in your home town Waiting for someone or something to show you the way. Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain. You are young and life is long and there is time to kill today. And then one day you find ten years have got behind you. No one told you when to run, you missed the starting gun. So you run and you run to catch up with the sun but it's sinking Racing around to come up behind you again. The sun is the same in a relative way but you're older, Shorter of breath and one day closer to death. Every year is getting shorter never seem to find the time. Plans that either come to naught or half a page of scribbled lines (...) The time is gone, the song is over, Thought I'd something more to say. |
domingo, novembro 28, 2010
Minha primeira vez...
... em uma noitada tripla no cinema ocorreu aqui em Lyon, na sexta-feira 12 deste mês de novembro de 2010. Três filmes em uma mesma noite, com pequenos intervalos de 10 a 15 minutos entre os filmes, devidamente utilizados para me atualizar quanto ao estado de saúde da Pat, que nesta mesma noite foi hospitalizada após sentir-se mal... enfim, noite programada para sustos.
Curiosamente eu já havia assistido aos 3 filmes da programação especial promovida pelo Instituto Lumière para homenagear o grande diretor de filmes de horror - mas não somente - Wes Craven, responsável por Freddy Krueger, Schocker e Ghostface (da série Pânico).
O cardápio trazia o primeiríssimo "A Hora do Pesadelo" (Nightmare on Elm Street), "Pânico" (Scream) e "Quadrilha de Sádicos" (These Hills Have Eyes).
Não bastasse tratar-se de filmes icônicos e exemplares para o gênero - e portanto imperdíveis de serem vistos na tela grande - a noite ainda foi muito agradável devido a toda a produção que cercou o evento. Música ambiente extraída dos filmes e que criam naturalmente um clima tenso, luzes vermelhas, vapor, cenários que remetem a um ambiente desolado, seco e, ao mesmo tempo, com elementos familiares como fotos de famílias, um berço e uma mesa de canto. E, para coroar, atores fantasiados (GhostFace) ou maquiados (Freddy) que repentinamente surgiam quando as luzes se acendiam, podendo estar parados ao seu lado ou correndo em sua direção... divertido!
A Hora do Pesadelo foi apresentado em versão francesa, uma vez que à época de seu lançamento
o filme não foi apresentado com legendas e, portanto, não existe cópia do filme original com voz original e legendas em francês, simplesmente por quem ninguém imaginou que aquele filme não era apenas "mais um filme de terror" mas sim um filme que definiu uma geração, criou um icone do cinema e ainda apresentou Johnny Depp ao mundo em sua clássica cena de esguicho de sangue saindo de dentro de sua cama.
Recentemente assisti, até como preparação para este evento, a nova versão de "A Hora do Pesadelo" com Jackie Earle Haley interpretando o Freddy. O filme é inimaginavelmente horrível. É incrível como praticamente refilmaram o roteiro original e conseguiram fazer algo com uma qualidade abissalmente distante. Robert Englund confirma-se como O ÚNICO intérprete de Freddy e o filme original mantém seu charme em uma revisita, apesar de ter passagens que agora me pareceram constrangedoras de tão mal apresentadas, como o alcoolismo da mãe da mocinha e o comportamento de praticamente todos os adultos da trama.
Pânico eu assisti pela primeira vez quando um amigo, em Campo Grande, me ligou, num domingo, época de faculdade e disse: "Vem para cá agora que você precisa ver isso". Sem dúvida filme original e divertido, descontruindo os filmes de horror ao apresentar as suas regras, tirando sarro descaradamente de todos os vícios dessa linguagem ao mesmo tempo em que esses próprios vicios eram revitalizados com uma injeção de criatividade principalmente no roteiro de Kevin Williamson. Rever o filme no cinema foi sensacional e foi curioso rever Courteney Cox em um papel diferente da neurótica Monica de Friends.
Quadrilha de Sádicos, o filme final da noitada, se passa no deserto americano e narra a estória da família que tem problemas em seu carro e se vê atacada por uma família de deformados que cresceram à mercê de experiências nucleares realizadas pelo governo e que, dentre outras coisas, se alimentam de carne humana. Foi um filme que marcou a minha infância, lembro-me de tê-lo visto na TV, com minha irmã, em Costa Rica, ainda antes dos 10 anos de idade e que, depois de muitos anos, nós ainda falávamos do filme que havia nos causado um profundo impacto. De fato, a perversidade dos personagens, o clima angustiante e macabro e a tensão do filme são marcantes ainda que vistos hoje em dia. Este filme também teve um remake recente que não é tão execrável quanto foi o de "A Hora do Pesadelo".
Agora é aguardar o próximo evento do gênero que ocorrerá já em 2011 com exibição dos clássicos da Hammer: Drácula, Frankenstein e A Múmia, no cinema! Ueba! ;-)
Curiosamente eu já havia assistido aos 3 filmes da programação especial promovida pelo Instituto Lumière para homenagear o grande diretor de filmes de horror - mas não somente - Wes Craven, responsável por Freddy Krueger, Schocker e Ghostface (da série Pânico).
O cardápio trazia o primeiríssimo "A Hora do Pesadelo" (Nightmare on Elm Street), "Pânico" (Scream) e "Quadrilha de Sádicos" (These Hills Have Eyes).
Não bastasse tratar-se de filmes icônicos e exemplares para o gênero - e portanto imperdíveis de serem vistos na tela grande - a noite ainda foi muito agradável devido a toda a produção que cercou o evento. Música ambiente extraída dos filmes e que criam naturalmente um clima tenso, luzes vermelhas, vapor, cenários que remetem a um ambiente desolado, seco e, ao mesmo tempo, com elementos familiares como fotos de famílias, um berço e uma mesa de canto. E, para coroar, atores fantasiados (GhostFace) ou maquiados (Freddy) que repentinamente surgiam quando as luzes se acendiam, podendo estar parados ao seu lado ou correndo em sua direção... divertido!
A Hora do Pesadelo foi apresentado em versão francesa, uma vez que à época de seu lançamento
o filme não foi apresentado com legendas e, portanto, não existe cópia do filme original com voz original e legendas em francês, simplesmente por quem ninguém imaginou que aquele filme não era apenas "mais um filme de terror" mas sim um filme que definiu uma geração, criou um icone do cinema e ainda apresentou Johnny Depp ao mundo em sua clássica cena de esguicho de sangue saindo de dentro de sua cama.
Recentemente assisti, até como preparação para este evento, a nova versão de "A Hora do Pesadelo" com Jackie Earle Haley interpretando o Freddy. O filme é inimaginavelmente horrível. É incrível como praticamente refilmaram o roteiro original e conseguiram fazer algo com uma qualidade abissalmente distante. Robert Englund confirma-se como O ÚNICO intérprete de Freddy e o filme original mantém seu charme em uma revisita, apesar de ter passagens que agora me pareceram constrangedoras de tão mal apresentadas, como o alcoolismo da mãe da mocinha e o comportamento de praticamente todos os adultos da trama.
Pânico eu assisti pela primeira vez quando um amigo, em Campo Grande, me ligou, num domingo, época de faculdade e disse: "Vem para cá agora que você precisa ver isso". Sem dúvida filme original e divertido, descontruindo os filmes de horror ao apresentar as suas regras, tirando sarro descaradamente de todos os vícios dessa linguagem ao mesmo tempo em que esses próprios vicios eram revitalizados com uma injeção de criatividade principalmente no roteiro de Kevin Williamson. Rever o filme no cinema foi sensacional e foi curioso rever Courteney Cox em um papel diferente da neurótica Monica de Friends.
Quadrilha de Sádicos, o filme final da noitada, se passa no deserto americano e narra a estória da família que tem problemas em seu carro e se vê atacada por uma família de deformados que cresceram à mercê de experiências nucleares realizadas pelo governo e que, dentre outras coisas, se alimentam de carne humana. Foi um filme que marcou a minha infância, lembro-me de tê-lo visto na TV, com minha irmã, em Costa Rica, ainda antes dos 10 anos de idade e que, depois de muitos anos, nós ainda falávamos do filme que havia nos causado um profundo impacto. De fato, a perversidade dos personagens, o clima angustiante e macabro e a tensão do filme são marcantes ainda que vistos hoje em dia. Este filme também teve um remake recente que não é tão execrável quanto foi o de "A Hora do Pesadelo".
Agora é aguardar o próximo evento do gênero que ocorrerá já em 2011 com exibição dos clássicos da Hammer: Drácula, Frankenstein e A Múmia, no cinema! Ueba! ;-)
sábado, novembro 27, 2010
Prazos impossíveis? O chefe sempre sabe a coisa certa a fazer...
(Dilbert): A requisição de orçamento é vaga e o prazo para nossa resposta é amanhã.
(Dilbert): Se eu pedir para eles clarificarem o que precisam nós vamos perder o prazo. Se eu não pedir, o nosso valor será ou abaixo do nosso custo ou muito alto para ganharmos a concorrência.
(Dilbert): Qual caminho de fracasso certo você prefere?
(Chefe): Eu prefiro aquele que faça você trabalhar mais.
sábado, novembro 20, 2010
Minha primeira vez...
... em um flash-mob ocorreu no dia 09 de novembro de 2010.
Nesta data a Universidade Claudé Bernard Lyon 1 (UCBL, para os íntimos) deu início a celebração de seus 40 anos de história. E eu, completando agora o meu primeiro ano de doutorado, já faço parte disso.
Todos os eventos da comemoração que ocorrerão durante todo o ano letivo de 2010/2011 estão sendo organizados por um comitê formado, principalmente, por estudantes. E o primeiríssimo evento, para lançar a "campanha UCBL 40 anos", foi um flash-mob em que todos os alunos e trabalhadores da universidade foram convidados a participar. A idéia era ir até o pátio em frente à biblioteca onde fariam uma foto aérea em que faríamos um 40 humano (o resultado está ali em cima... eu estou no "4" mas não é fácil de identificar). A segunda parte era a mais interessante: um animador iria nos preparar, ali na hora, para fazermos uma coreografia para a música "Everybody" do Martin Solveig.
O tal "animador" era um dos alunos envolvidos na organização do evento e que submeteu a idéia do flash-mob e a coregrafia. A coisa foi tão organizada que ele fez um vídeo demonstrando a coreografia e publicou no Facebook da UCBL para que quem quisesse ensair os passos já pudesse chegar pronto. Bacana.
O cara era um profissional, foi muito diverto e competente ao fazer com que todos rapidamente aprendessem os passos e apesar do clima frio - a idéia original era todos estarem com uma camiseta de uma cor única mas o clima frio e chuvoso não permitiu - o ritmo da música, de brincadeira e a energia que o ambiente ganhou foram contagiantes. Lembro-me que passei o resto dia com uma sensação gostosa, diferente, feliz. A combinação de música, dança e a sensação de estar experimentando algo novo e inusitado é muito poderosa.
O resultado foi esse...
É interessante ver também um vídeo que foi publicado no Facebook da UCBL logo após as filmagens, ainda cru e sem edição, clicando aqui.
Para finalizar, mais algumas fotos da brincadeira:
sexta-feira, novembro 19, 2010
Parabéns Calvin!
A Linda me mandou a seguinte notícia, publicada no jornal O Globo:
Ambos saíram da mente criativa do americano Bill Watterson, que não produz mais nada com seus personagens há 15 anos. Pena. Watterson vive recluso - como um Salinger dos quadrinhos - e nega qualquer licença para transformar a dupla de heróis da fantasia em camisetas, canecas ou qualquer outra coisa que a gente queira usar. Mas talvez tenha sido melhor assim.
No Brasil, a editora Conrad vem lançando, aos poucos, todas as histórias do moleque genial. Já foram publicados sete livros, veja só. Todos são incríveis. E o blog "Depósito do Calvin" vale a visita.
-------
Dá para notar como os traços do cartunista evoluiram desde essa primeira tira mas desde já a essência dos personagens estava definida.
Fica aqui os meus parabéns ao meu personagem humorístico favorito, que se considerarmos que "nasceu" com uns 6 anos ou 7 anos então hoje em dia ele tem a minha idade, aproximadamente. ;-)
PS: A minha diretora de tese sugeriu utilizar o nome CALVIN para o software que estou desenvolvendo durante o doutorado. Certas coisas nos fazem abrir um sorriso satisfeito... mas ainda falta transformar em um acrônimo...
Adivinha quem faz aniversário hoje?
Há exatos 25 anos, no dia 18 de novembro de 1985, nascia uma fantástica tira de quadrinhos chamada "Calvin & Haroldo" ("Calvin and Hobbes", no original). Nesta data, os jornais nos apresentaram a um moleque de grande imaginação chamado Calvin, que vivia loucas aventuras com seu tigre de pelúcia, Haroldo.
Ambos saíram da mente criativa do americano Bill Watterson, que não produz mais nada com seus personagens há 15 anos. Pena. Watterson vive recluso - como um Salinger dos quadrinhos - e nega qualquer licença para transformar a dupla de heróis da fantasia em camisetas, canecas ou qualquer outra coisa que a gente queira usar. Mas talvez tenha sido melhor assim.
No Brasil, a editora Conrad vem lançando, aos poucos, todas as histórias do moleque genial. Já foram publicados sete livros, veja só. Todos são incríveis. E o blog "Depósito do Calvin" vale a visita.
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Dá para notar como os traços do cartunista evoluiram desde essa primeira tira mas desde já a essência dos personagens estava definida.
Fica aqui os meus parabéns ao meu personagem humorístico favorito, que se considerarmos que "nasceu" com uns 6 anos ou 7 anos então hoje em dia ele tem a minha idade, aproximadamente. ;-)
PS: A minha diretora de tese sugeriu utilizar o nome CALVIN para o software que estou desenvolvendo durante o doutorado. Certas coisas nos fazem abrir um sorriso satisfeito... mas ainda falta transformar em um acrônimo...
Calvin e suas prioridades
(Calvin)- É impossível! Como eu devo terminar de criar uma cena de deserto nessa caixa de sapato se eu sequer sei como um deserto se parece?
(Calvin)- Eu nunca fui a um deserto! Papai e mamãe nunca me levam a lugares divertidos nas férias! Se eles já tivessem me levado ao deserto alguma vez, eu saberia fazer essa coisa!
(Hobbes)- Por quê você não consulta um livro?
(Calvin)- E encarar todo esse problema? Tá bom... Veja, eu sou um garoto ocupado. Eu tenho outras coisas para fazer da minha vida além disso... você sabe.
(Hobbes)- Certo. Para que perder tempo com aprendizado se a ignorância é instantânea?
(Calvin)- Meu programa de TV começa em 20 minutos. Você vai me ajudar ou não?
segunda-feira, novembro 15, 2010
Versos do dia: Crown of Love (Arcade Fire)
"The pains of love, and they keep growin',
in my heart there's flowers growin'
on the grave of our old love,
since you gave me a straight answer.
If you still want me, please forgive me,
the crown of love is not upon me
If you still want me, please forgive me,
'cause the spark is not within me.
it's not within me, it's not within me."
in my heart there's flowers growin'
on the grave of our old love,
since you gave me a straight answer.
If you still want me, please forgive me,
the crown of love is not upon me
If you still want me, please forgive me,
'cause the spark is not within me.
it's not within me, it's not within me."
domingo, novembro 14, 2010
Dilbert e uma triste realidade
(Investidor)- Olá! Eu sou um dos acionistas anônimos. Eu vim para acompanhar meus investimentos.
(Gerente)- Ok, primeiro item em nossa agenda, precisamos queimar nosso orçamento antes do fim do ano para que não recebamos menos dinheiro no ano que vem.
(Gerente)- Quantos mouse-pads de US$ 10 podemos comprar com US$10,000?
(Investidor)- Eu espero que isso seja apenas um ataque de pânico.
sábado, novembro 13, 2010
Filmes de lá para cá
De lá para cá assisti 16 filmes. Confesso que imaginava ter sido muito menos. Eis a lista (na ordem em que foram assistidos) e suas respectivas cotações:
Splice (3/5) conta a estória de casal de cientistas trabalha na "elaboração" de um ser que misture DNAs de diversas criaturas. A princípio a motivação é buscar novos remédios mas logo a fascinação pelo poder de "Deus" e a impossibilidade de engravidarem envereda a estória outra direção. O maior elogio que posso fazer ao filme - e que me levou a classificá-lo com 3 estrelas - é a ousadia do roteiro. ** SPOILER ** Afinal fazer com que a "filha" faça sexo com o pai para depois ter uma transformação de sexo e estuprar a própria mãe não é para qualquer estômago. No mínimo, não evita a polêmica. ;-)
Gran Torino (2/5), do veterano Clint Eastwood, conta a estória de Walt, veterano de guerra que se vê viúvo e solitário em um bairro tomado por imigrantes orientais. A escalada de violência no bairro e a interação de Walt com a família que habita a casa ao lado, em especial os jovens Thao e Sue, ele um boboca que passa a ter Walt como tutor e ela uma menina decidida que ensina lições de solidariedade e humanidade ao coração endurecido de Walt. Esquemático, previsível mas bem realizado. Não é original nem em seu conceito e nem em seu final batido mas também não ofende.
Eu esperava mais do Fantástico Sr. Raposo (3/5), longa de Wes Anderson e com grande elenco de dubladores que além de emprestarem suas vozes emprestam todo seu carisma e charme (George Clooney em especial) aos bonecos animatrônicos nesta, tecnicamente, fantástica animação em stop-motion. Raposo se limita a uma vida suburbana de trabalhador com esposa e filhos mas, na verdade, se ressente de ter abandonado a vida de gatuno e a adrenalina de roubar galinhas. O filme tem vários subtextos passando pela aceitação do filho junto ao pai, comprometimento x egoísmo, a luta contra o "sistema" e nisso exaltando o poder da união entre as diferenças. A meu ver, os personagens (Raposo, os 3 fazendeiros, o sobrinho esportista, etc.) são melhores que o filme em si.
Já Crepúsculo (1/5) atendeu completamente as minhas expectativas. Resumindo: o filme é uma bosta! É impressionante todo o sucesso em torno desta estória e todas as críticas e respostas às críticas e etc. que tem gerado. Não merece. Imagino que o livro possa ser melhor do que o filme - em geral são - mas nem Anne Rice poderia converter essa estória em algo que desse prazer de se ler. E olha que de vampiros afetados e cheios de dilemas ela entende.
Tudo pode dar Certo (3/5), do Woody Allen é um filme-cabeça, um filme conceito. E, portanto, está sujeito às mais diversas interpretações e é natural que provoque reações do tipo "ame ou odeie". O personagem quebra a "janela de ficção" que é a tela de cinema e conversa com o espectador. Isso, para muitos, já pode estragar o filme por completo. A Dri, por exemplo, não gosta desse tipo de estrutura. Por outro lado, como Pablo Villaça bem disse em sua crítica, isso ajuda a compor o personagem principal, que parece sempre "saber mais" do que seus colegas de cena. Mas trata-se de um filme-cabeça por carregar consigo todos os questionamentos existenciais habituais de Allen mas, neste caso, tornando-os o centro da narrativa. Infelizmente, acaba ficando um pouco cansativo mas não deixa de ser interessante - e muito mais recompensador do que a maioria das opções cinematográficas recentes.
Brilho de Uma Paixão (Bright Star) (3/5), conta a estória da paixão que se dá entre a feminista (e revolucionária) Frances Brawne e o poeta John Keats na Inglaterra vitoriana. A entrega da atriz Abbie Cornish é fascinante mas ao mesmo tempo em que se realça qualidades do filme também destaca o seu pior defeito: o intérprete do poeta Keats que não conseguiu me transmitir paixão ou interesse pelo personagem. E quando estamos falando daquele que é tido como um dos maiores poetas da língua inglesa isso é algo sério e que comprometeu bastante meu envolvimento com o filme. Jane Campion, diretora de O Piano, é bastante delicada e as imagens são arrebatadoras.
Sobre Príncipe da Pérsia (3/5) vale dizer que eu assisti o filme no voo de volta à Europa e que o critério que uso para escolher o filme a ser visto no avião é o seguinte: qual filme eu não me importo de ver em uma tela minúscula, com imagem e som de baixa qualidade e com congelamentos de tela a cada turbulência ou serviço de bordo? E para meu espanto o filme inspirado no jogo de computador no qual eu era viciado é muito divertido! Tem várias cenas de ação inspirados no jogo original e em suas sequências mas consegue trazer um bom enredo - simplista, mas eficaz - um vilão telegrafado, personagens secundários interessantes e um ritmo parecido com os dos bons e velhos filmes da Sessão da Tarde nos anos 80 como, heresia, Indiana Jones e cia.
Bombom: El Perro (2/5) é um filme argentino sobre um homem de meia-idade, desempregado que em meio a suas andanças em busca de oportunidades de trabalho ou de vender facas artesanais que ele mesmo prepara acaba sendo recompensado por sua generosidade com um belo exemplar de cão de raça que ganha destaque em exibições de cães. O final é, de certa forma, surpreendente e embala bem este filme singelo e muito bem interpretado mas sem nada de muito original. E este quesito é muito importante para mim... gosto de ser surpreendido por novas idéias, novos conceitos, maneiras inusitadas de recontar o que nos rodeia ou maneiras novas de rodear nossas vidas. Este filme marcou a sessão inaugural do Cine Clube - ainda sem nome, ao menos que eu saiba - na casa da Marie-France. Acho que o cine clube merecia uma estréia mais glamourosa... talvez Missão Impossível, com Tom Cruise, fosse uma melhor pedida...
Cela 211 (3/5) foi assistido em espanhol, na casa do Vicente. Trata-se de um filme interessante sobre o primeiro dia de trabalho de um policial, Juan Oliver, em uma penitenciária exatamente quando ocorre uma rebelião e em meio à confusão o policial acaba sendo confundido com um novo detento e fica infiltrado - e com papel cada vez mais relevante - junto aos rebeldes e seu líder Malamadre. O filme carrega o tom em várias situações e a partir de um certo momento certas ações de alguns personagens - inclusive Juan - ficam inverossímeis e comprometem o resultado final. Mas a trama é envolvente, os atores são muito bons e a película prende a atenção em um clima de suspense crescente.
Superbad! É Hoje. (4/5) é sensacional! Novo representante das comédias adolescentes que narram a missão de um garoto e sua turma em perder a virgindade, ao estilo Porky's e, mais recentemente, a série American Pie. Mas a adaptação ao mundo moderno, os diálogos rápidos e cheios de cinismo e, principalmente, McLovin e a dupla de policiais alçam este filme a um outro patamar. O trio central é ótimo, as piadas se encaixam, as situações são absurdas mas sempre engraçadas. Enfim, hilário!
Motoqueiro Fantasma (2/5) é muito fraco. OK, Eva Mendes é bonita e ver Peter Fonda como o diabo e Sam Elliott como um motoqueiro cowboy foi interessante mas nada disso salva o filme da obviedade e do marasmo. O início até que é interessante ao narrar a vida do jovem Johnny Blaze e seu pai em seus números de acrobacias com motocicletas mas os vilões são, veja só, os vilões do filme. Wes Bentley não consegue empregar nenhum carisma ao retratar o "filho rebelde" do demônio que quer destronar o pai e seus 4 cavaleiros (cada um representando os 4 elementos) apenas cumprem o papel de fazer o filme se movimentar com o motoqueiro enfrentando um a um até a batalha final. Boas imagens, bons efeitos, péssimo elenco (no geral) e roteiro burocrático. Resultado? Filme sem dizer a que veio...
Além desses vi também A Origem (5/5), A Hora do Pesadelo - o remake (1/5), Amor Sem Escalas (3/5), Valsa com Bashir (4/5) e Educação (4/5) e todos merecerão um post a parte com mais detalhes.
Para finalizar, vou brincar de formar pares rapidamente, com a primeira conexão que vier à cabeça:
A Hora do Pesadelo com A Origem (mundo dos sonhos), Bombom el Perro e Cela 211 (sulamericanos), Amor Sem Escalas e O Fantástico Sr. Raposo (George Clooney), Crepúsculo e Superbad! (adolescentes), Brilho de Uma Paixão e Valsa com Bashir (um olhar poético sobre a vida e seus dilemas), Príncipe da Pérsia e Motoqueiro Fantasma (aventura com intenção de divertir), Gran Torino e Educação (interação entre personagens muda profundamente o modo de verem o mundo).
Agora, fazer um par com Splice e Tudo Pode dar Certo não é tarefa fácil... fica para a próxima.
Splice (3/5) conta a estória de casal de cientistas trabalha na "elaboração" de um ser que misture DNAs de diversas criaturas. A princípio a motivação é buscar novos remédios mas logo a fascinação pelo poder de "Deus" e a impossibilidade de engravidarem envereda a estória outra direção. O maior elogio que posso fazer ao filme - e que me levou a classificá-lo com 3 estrelas - é a ousadia do roteiro. ** SPOILER ** Afinal fazer com que a "filha" faça sexo com o pai para depois ter uma transformação de sexo e estuprar a própria mãe não é para qualquer estômago. No mínimo, não evita a polêmica. ;-)
Gran Torino (2/5), do veterano Clint Eastwood, conta a estória de Walt, veterano de guerra que se vê viúvo e solitário em um bairro tomado por imigrantes orientais. A escalada de violência no bairro e a interação de Walt com a família que habita a casa ao lado, em especial os jovens Thao e Sue, ele um boboca que passa a ter Walt como tutor e ela uma menina decidida que ensina lições de solidariedade e humanidade ao coração endurecido de Walt. Esquemático, previsível mas bem realizado. Não é original nem em seu conceito e nem em seu final batido mas também não ofende.
Eu esperava mais do Fantástico Sr. Raposo (3/5), longa de Wes Anderson e com grande elenco de dubladores que além de emprestarem suas vozes emprestam todo seu carisma e charme (George Clooney em especial) aos bonecos animatrônicos nesta, tecnicamente, fantástica animação em stop-motion. Raposo se limita a uma vida suburbana de trabalhador com esposa e filhos mas, na verdade, se ressente de ter abandonado a vida de gatuno e a adrenalina de roubar galinhas. O filme tem vários subtextos passando pela aceitação do filho junto ao pai, comprometimento x egoísmo, a luta contra o "sistema" e nisso exaltando o poder da união entre as diferenças. A meu ver, os personagens (Raposo, os 3 fazendeiros, o sobrinho esportista, etc.) são melhores que o filme em si.
Já Crepúsculo (1/5) atendeu completamente as minhas expectativas. Resumindo: o filme é uma bosta! É impressionante todo o sucesso em torno desta estória e todas as críticas e respostas às críticas e etc. que tem gerado. Não merece. Imagino que o livro possa ser melhor do que o filme - em geral são - mas nem Anne Rice poderia converter essa estória em algo que desse prazer de se ler. E olha que de vampiros afetados e cheios de dilemas ela entende.
Tudo pode dar Certo (3/5), do Woody Allen é um filme-cabeça, um filme conceito. E, portanto, está sujeito às mais diversas interpretações e é natural que provoque reações do tipo "ame ou odeie". O personagem quebra a "janela de ficção" que é a tela de cinema e conversa com o espectador. Isso, para muitos, já pode estragar o filme por completo. A Dri, por exemplo, não gosta desse tipo de estrutura. Por outro lado, como Pablo Villaça bem disse em sua crítica, isso ajuda a compor o personagem principal, que parece sempre "saber mais" do que seus colegas de cena. Mas trata-se de um filme-cabeça por carregar consigo todos os questionamentos existenciais habituais de Allen mas, neste caso, tornando-os o centro da narrativa. Infelizmente, acaba ficando um pouco cansativo mas não deixa de ser interessante - e muito mais recompensador do que a maioria das opções cinematográficas recentes.
Brilho de Uma Paixão (Bright Star) (3/5), conta a estória da paixão que se dá entre a feminista (e revolucionária) Frances Brawne e o poeta John Keats na Inglaterra vitoriana. A entrega da atriz Abbie Cornish é fascinante mas ao mesmo tempo em que se realça qualidades do filme também destaca o seu pior defeito: o intérprete do poeta Keats que não conseguiu me transmitir paixão ou interesse pelo personagem. E quando estamos falando daquele que é tido como um dos maiores poetas da língua inglesa isso é algo sério e que comprometeu bastante meu envolvimento com o filme. Jane Campion, diretora de O Piano, é bastante delicada e as imagens são arrebatadoras.
Sobre Príncipe da Pérsia (3/5) vale dizer que eu assisti o filme no voo de volta à Europa e que o critério que uso para escolher o filme a ser visto no avião é o seguinte: qual filme eu não me importo de ver em uma tela minúscula, com imagem e som de baixa qualidade e com congelamentos de tela a cada turbulência ou serviço de bordo? E para meu espanto o filme inspirado no jogo de computador no qual eu era viciado é muito divertido! Tem várias cenas de ação inspirados no jogo original e em suas sequências mas consegue trazer um bom enredo - simplista, mas eficaz - um vilão telegrafado, personagens secundários interessantes e um ritmo parecido com os dos bons e velhos filmes da Sessão da Tarde nos anos 80 como, heresia, Indiana Jones e cia.
Bombom: El Perro (2/5) é um filme argentino sobre um homem de meia-idade, desempregado que em meio a suas andanças em busca de oportunidades de trabalho ou de vender facas artesanais que ele mesmo prepara acaba sendo recompensado por sua generosidade com um belo exemplar de cão de raça que ganha destaque em exibições de cães. O final é, de certa forma, surpreendente e embala bem este filme singelo e muito bem interpretado mas sem nada de muito original. E este quesito é muito importante para mim... gosto de ser surpreendido por novas idéias, novos conceitos, maneiras inusitadas de recontar o que nos rodeia ou maneiras novas de rodear nossas vidas. Este filme marcou a sessão inaugural do Cine Clube - ainda sem nome, ao menos que eu saiba - na casa da Marie-France. Acho que o cine clube merecia uma estréia mais glamourosa... talvez Missão Impossível, com Tom Cruise, fosse uma melhor pedida...
Cela 211 (3/5) foi assistido em espanhol, na casa do Vicente. Trata-se de um filme interessante sobre o primeiro dia de trabalho de um policial, Juan Oliver, em uma penitenciária exatamente quando ocorre uma rebelião e em meio à confusão o policial acaba sendo confundido com um novo detento e fica infiltrado - e com papel cada vez mais relevante - junto aos rebeldes e seu líder Malamadre. O filme carrega o tom em várias situações e a partir de um certo momento certas ações de alguns personagens - inclusive Juan - ficam inverossímeis e comprometem o resultado final. Mas a trama é envolvente, os atores são muito bons e a película prende a atenção em um clima de suspense crescente.
Superbad! É Hoje. (4/5) é sensacional! Novo representante das comédias adolescentes que narram a missão de um garoto e sua turma em perder a virgindade, ao estilo Porky's e, mais recentemente, a série American Pie. Mas a adaptação ao mundo moderno, os diálogos rápidos e cheios de cinismo e, principalmente, McLovin e a dupla de policiais alçam este filme a um outro patamar. O trio central é ótimo, as piadas se encaixam, as situações são absurdas mas sempre engraçadas. Enfim, hilário!
Motoqueiro Fantasma (2/5) é muito fraco. OK, Eva Mendes é bonita e ver Peter Fonda como o diabo e Sam Elliott como um motoqueiro cowboy foi interessante mas nada disso salva o filme da obviedade e do marasmo. O início até que é interessante ao narrar a vida do jovem Johnny Blaze e seu pai em seus números de acrobacias com motocicletas mas os vilões são, veja só, os vilões do filme. Wes Bentley não consegue empregar nenhum carisma ao retratar o "filho rebelde" do demônio que quer destronar o pai e seus 4 cavaleiros (cada um representando os 4 elementos) apenas cumprem o papel de fazer o filme se movimentar com o motoqueiro enfrentando um a um até a batalha final. Boas imagens, bons efeitos, péssimo elenco (no geral) e roteiro burocrático. Resultado? Filme sem dizer a que veio...
Além desses vi também A Origem (5/5), A Hora do Pesadelo - o remake (1/5), Amor Sem Escalas (3/5), Valsa com Bashir (4/5) e Educação (4/5) e todos merecerão um post a parte com mais detalhes.
Para finalizar, vou brincar de formar pares rapidamente, com a primeira conexão que vier à cabeça:
A Hora do Pesadelo com A Origem (mundo dos sonhos), Bombom el Perro e Cela 211 (sulamericanos), Amor Sem Escalas e O Fantástico Sr. Raposo (George Clooney), Crepúsculo e Superbad! (adolescentes), Brilho de Uma Paixão e Valsa com Bashir (um olhar poético sobre a vida e seus dilemas), Príncipe da Pérsia e Motoqueiro Fantasma (aventura com intenção de divertir), Gran Torino e Educação (interação entre personagens muda profundamente o modo de verem o mundo).
Agora, fazer um par com Splice e Tudo Pode dar Certo não é tarefa fácil... fica para a próxima.
quarta-feira, novembro 10, 2010
Versos do Dia: Tunnels
Aquecimento para show do Arcade Fire, dia 26/11. :-)
"And if the snow buries my,
my neighbourhood.
And if my parents are crying
then I'll dig a tunnel
from my window to yours,
yeah a tunnel from my window to yours.
You climb out the chimney
and meet me in the middle,
the middle of the town.
And since there's no one else around,
we let our hair grow long
and forget all we used to know,
then our skin gets thicker
from living out in the snow."
"And if the snow buries my,
my neighbourhood.
And if my parents are crying
then I'll dig a tunnel
from my window to yours,
yeah a tunnel from my window to yours.
You climb out the chimney
and meet me in the middle,
the middle of the town.
And since there's no one else around,
we let our hair grow long
and forget all we used to know,
then our skin gets thicker
from living out in the snow."
sexta-feira, novembro 05, 2010
Ao ritmo pan-americano... (tosqueira do dia)
Recomendação da amiga Pat... eu ainda estou em dúvida se acho deprimente ou apenas ridículo... mas que é divertido, ah isso é...
Calvin do Aconchego
(Calvin)-Você sabe, às vezes o mundo parece um lugar muito maldoso.
(Hobbes)-É por isso que os animais são tão fofinhos e gostam de abraços...
(Calvin)-É...
quinta-feira, novembro 04, 2010
TAM e Multiplus fazem parceria e minha pontuação fica negativa. Absurdo!
Ai, ai... não é fácil!...
Acabei de publicar no site "Reclame Aqui" de Defesa do Consumidor uma reclamação contra a TAM, o Multiplus e o seu programa conjunto de fidelidade.
http://www.reclameaqui.com.br/847095/tam-linhas-aereas/tam-e-multiplus-fazem-parceria-e-minha-pontuacao-fica-negati/
Republico aqui pois quanto mais divulgado o problema, melhor:
Desde meados de julho venho tentando solucionar um problema com o programa de fidelidade da TAM. Não tenho mais condições de esperar. O prazo de 30 dias já se expirou 2 vezes e ainda não tenho meus pontos normalizados e, o que é pior, encontro-me com pontuação negativa e não posso emitir passagem como gostaria e, dado que a oferta de passagens Brasil x Europa é limitado pode ser que não tenha mais assentos para as datas da minha viagem.
Tenho -27225 pontos na TAM. Meu problema tem vários detalhes: passagem emitida e cancelada, trecho voado mas não computado e, principalmente, a parceria TAM x Multiplus bem no meio das minhas solicitações, o que provavelmente ocasionou o embaralhamento das informações e, posteriormente, o erro.
Bem, vá lá. Erros acontecem... o que me deixa inconformado é o tempo que as empresas precisam para verificarem e repararem os erros que ELES cometeram e que me deixam privado do direito de emitir uma passagem em um programa de fidelidade para o qual até mesmo pontos do meu cartão de crédito eu transfiro.
Os contatos sobre o trecho não voado começaram ainda em 6 de agosto... e uma semana depois já estávamos tratando da restituição dos pontos referentes ao bilhete que fora cancelado. Agosto, setembro, outubro e já estamos em novembro e o máximo que eu consegui, depois de inúmeras ligações para TAM e Multiplus e envio de e-mails e comprovantes disso e daquilo foi a data de 20/11 para que reavaliem o problema. Haja paciência...
Outro ponto que foi absolutamente irritante e, devo dizer, decepcionante. O serviço FALE COM O PRESIDENTE da TAM. A idéia parece boa, um canal para resolver problemas que os outros canais não foram capazes... algo diferente, um canal com pessoas que tenham poder de decisão maior, que não fiquem presas ao que "o sistema permite"... e não há de ver que tive duas experiências com o tal serviço e as duas foram ridículas.
A primeira foi pelo site. Para enviar uma mensagem ao presidente eu tenho que passar por 80 telas de confirmação... para quê? Para receber uma mensagem automática dizendo que o problema citado foi encaminhado ao setor responsável e será tratado em 30 DIAS!!
Não conformado, liguei para o Presidente. Para ouvir uma atendente muito mal treinada (sequer sabia o número para ligação do exterior para o seu parceiro, informação disponível no próprio website do Multiplus) dizer que se o problema é no programa de fidelidade então eu que me vire com o Multiplus.
Agora, espera lá... quer dizer que eles, a TAM, com quem eu estabeleci uma relação de clientela (e mais, de FIDELIDADE) fazem uma parceria com outra empresa, com meus dados pessoais mudando de mãos sem consulta prévia e nesse processo MEU saldo fica incorreto e eu que me vire para resolver? O problema é meu então? E ouvir isso de um serviço de FIDELIDADE é algo absurdo, parece dizer: "-Veja, queremos que seja fiel mas para isso te damos milhas quando você PAGA PARA VIAJAR, não vamos estar preocupados em te atender bem, em se interessar pelos problemas que surjam durante nossa relação de parceria. Isso é problema seu, contente-se com suas milhas e suas passagens, ok?"
Registrei na TAM uma reclamação contra o próprio serviço FALE COM O PRESIDENTE. Uma inutilidade sem fim cujo único objetivo parece ser o de frustrar os clientes.
Para concluir, meu saldo atual correto é: 47.125 pontos.
Porém, se consultarem a minha pontuação atual é de -27.275 pontos.
O meu número de fidelidade é 0080685246. O meu número Multiplus é 61532576153.
Estou fora do Brasil no momento e fica difícil fazer ligações visto que todos os números disponíveis são 0300 ou 0800. Não há um e-mail disponível no canal Multiplus com o qual eu possa me comunicar e para o telefone que lá consta ( begin_of_the_skype_highlighting 55 11 3137-7474 end_of_the_skype_highlighting) não estou conseguindo completar as minhas ligações a não ser pelo Skype e as ligações nem sempre são límpidas.
Atenciosamente, 55 11 3137-7474
Acabei de publicar no site "Reclame Aqui" de Defesa do Consumidor uma reclamação contra a TAM, o Multiplus e o seu programa conjunto de fidelidade.
http://www.reclameaqui.com.br/847095/tam-linhas-aereas/tam-e-multiplus-fazem-parceria-e-minha-pontuacao-fica-negati/
Republico aqui pois quanto mais divulgado o problema, melhor:
Desde meados de julho venho tentando solucionar um problema com o programa de fidelidade da TAM. Não tenho mais condições de esperar. O prazo de 30 dias já se expirou 2 vezes e ainda não tenho meus pontos normalizados e, o que é pior, encontro-me com pontuação negativa e não posso emitir passagem como gostaria e, dado que a oferta de passagens Brasil x Europa é limitado pode ser que não tenha mais assentos para as datas da minha viagem.
Tenho -27225 pontos na TAM. Meu problema tem vários detalhes: passagem emitida e cancelada, trecho voado mas não computado e, principalmente, a parceria TAM x Multiplus bem no meio das minhas solicitações, o que provavelmente ocasionou o embaralhamento das informações e, posteriormente, o erro.
Bem, vá lá. Erros acontecem... o que me deixa inconformado é o tempo que as empresas precisam para verificarem e repararem os erros que ELES cometeram e que me deixam privado do direito de emitir uma passagem em um programa de fidelidade para o qual até mesmo pontos do meu cartão de crédito eu transfiro.
Os contatos sobre o trecho não voado começaram ainda em 6 de agosto... e uma semana depois já estávamos tratando da restituição dos pontos referentes ao bilhete que fora cancelado. Agosto, setembro, outubro e já estamos em novembro e o máximo que eu consegui, depois de inúmeras ligações para TAM e Multiplus e envio de e-mails e comprovantes disso e daquilo foi a data de 20/11 para que reavaliem o problema. Haja paciência...
Outro ponto que foi absolutamente irritante e, devo dizer, decepcionante. O serviço FALE COM O PRESIDENTE da TAM. A idéia parece boa, um canal para resolver problemas que os outros canais não foram capazes... algo diferente, um canal com pessoas que tenham poder de decisão maior, que não fiquem presas ao que "o sistema permite"... e não há de ver que tive duas experiências com o tal serviço e as duas foram ridículas.
A primeira foi pelo site. Para enviar uma mensagem ao presidente eu tenho que passar por 80 telas de confirmação... para quê? Para receber uma mensagem automática dizendo que o problema citado foi encaminhado ao setor responsável e será tratado em 30 DIAS!!
Não conformado, liguei para o Presidente. Para ouvir uma atendente muito mal treinada (sequer sabia o número para ligação do exterior para o seu parceiro, informação disponível no próprio website do Multiplus) dizer que se o problema é no programa de fidelidade então eu que me vire com o Multiplus.
Agora, espera lá... quer dizer que eles, a TAM, com quem eu estabeleci uma relação de clientela (e mais, de FIDELIDADE) fazem uma parceria com outra empresa, com meus dados pessoais mudando de mãos sem consulta prévia e nesse processo MEU saldo fica incorreto e eu que me vire para resolver? O problema é meu então? E ouvir isso de um serviço de FIDELIDADE é algo absurdo, parece dizer: "-Veja, queremos que seja fiel mas para isso te damos milhas quando você PAGA PARA VIAJAR, não vamos estar preocupados em te atender bem, em se interessar pelos problemas que surjam durante nossa relação de parceria. Isso é problema seu, contente-se com suas milhas e suas passagens, ok?"
Registrei na TAM uma reclamação contra o próprio serviço FALE COM O PRESIDENTE. Uma inutilidade sem fim cujo único objetivo parece ser o de frustrar os clientes.
Para concluir, meu saldo atual correto é: 47.125 pontos.
Porém, se consultarem a minha pontuação atual é de -27.275 pontos.
O meu número de fidelidade é 0080685246. O meu número Multiplus é 61532576153.
Estou fora do Brasil no momento e fica difícil fazer ligações visto que todos os números disponíveis são 0300 ou 0800. Não há um e-mail disponível no canal Multiplus com o qual eu possa me comunicar e para o telefone que lá consta ( begin_of_the_skype_highlighting 55 11 3137-7474 end_of_the_skype_highlighting) não estou conseguindo completar as minhas ligações a não ser pelo Skype e as ligações nem sempre são límpidas.
Atenciosamente, 55 11 3137-7474
segunda-feira, novembro 01, 2010
Descrição em Primeira Pessoa da Sensação de Sua Companhia
DESCRIÇÃO EM PRIMEIRA PESSOA DA SENSAÇÃO DE SUA COMPANHIA
Eu estou sentado em um banco olhando para cimaVocê está saltando entre os edifícios,
Você abraçou a lua e de um golpe só
Enlaçou todas as estrelas ao redor
Colou-as à lua e fez o sol nascer!
Transformou-se em estrela cadente
Desceu à minha frente,
És agora pura energia...
Energia cósmica e divina
Você é a gaivota do sonho alheio
Transformando-se em um sorvete de morango
Que eu como devagar, sentado em um banco,
Observando você se esgueirando
Por detrás da parede intransponível
Você sobe o muro, fita-me
Alça vôo, despe-se
Metamorfoseando-se novamente
Transformando-se de repente em fênix luminosa
A seguir, mais uma vez, de volta à simplicidade
Abandonas a complexidade e se torna nota musical
Perambulas como ondas pelo ar, chega aos meus
Ouvidos, imóveis em meu corpo, sentado no banco...
Minhas férias...
Uso esse espaço com o principal objetivo de deixar registrado coisas que faço ou das quais eu gosto. Essa é a origem dos blogs, os tais diários virtuais.
Mas não deixa de ser curioso que justamente quando mais coisas estão acontecendo menos eu encontro tempo para aqui registrá-las. Recapitulando de forma rápida o que houve depois da Copa do Mundo: me mudei de apartamento mas fiquei sem internet e telefone, viajei ao Brasil a trabalho passando por São Paulo, Minas e Rio de Janeiro, fui a Campo Grande e desfrutei quase um mês de férias com a Dri e minhas cadelinhas além de ter ido a Costa Rica para uma visita rápida a minha mãe, voltei e fui a Liverpool para apresentar o primeiro artigo derivado do trabalho no doutorado no congresso europeu de algoritmos em bioinformática, voltei a Lyon e continuei sem internet e telefone, a Dri veio de Campo Grande para cá me visitar e passamos um mês decorando o novo apartamento - com direito a inauguração (já com internet), voltando à Inglaterra para conhecer Londres e indo à Itália a trabalho (para mim) e passeio (principalmente para ela), com Florença, Pisa e Siena no cardápio.
Enfim, muita coisa que meu diário de bordo deixou de registrar. Muitos pensamentos, muitas estórias, muitas fotos... que no melhor espírito "redação da 6a série" eu vou tentar resgatar. Afinal, já que estou na chuva é melhor me molhar...
Mas não deixa de ser curioso que justamente quando mais coisas estão acontecendo menos eu encontro tempo para aqui registrá-las. Recapitulando de forma rápida o que houve depois da Copa do Mundo: me mudei de apartamento mas fiquei sem internet e telefone, viajei ao Brasil a trabalho passando por São Paulo, Minas e Rio de Janeiro, fui a Campo Grande e desfrutei quase um mês de férias com a Dri e minhas cadelinhas além de ter ido a Costa Rica para uma visita rápida a minha mãe, voltei e fui a Liverpool para apresentar o primeiro artigo derivado do trabalho no doutorado no congresso europeu de algoritmos em bioinformática, voltei a Lyon e continuei sem internet e telefone, a Dri veio de Campo Grande para cá me visitar e passamos um mês decorando o novo apartamento - com direito a inauguração (já com internet), voltando à Inglaterra para conhecer Londres e indo à Itália a trabalho (para mim) e passeio (principalmente para ela), com Florença, Pisa e Siena no cardápio.
Enfim, muita coisa que meu diário de bordo deixou de registrar. Muitos pensamentos, muitas estórias, muitas fotos... que no melhor espírito "redação da 6a série" eu vou tentar resgatar. Afinal, já que estou na chuva é melhor me molhar...
Dilma Rousseff
Não pude votar nessas eleições mas fico feliz com o resultado. O Brasil elege a sua primeira mulher como presidente, Dilma Rousseff.
Desejo boa sorte e bom trabalho à nova presidente. Que ela honre os compromissos firmados e conduza o Brasil no bom caminho trilhado nas duas últimas décadas para que cada vez nossa pátria seja motivo de orgulho e terra de oportunidades e vida digna para todos os brasileiros.
Desejo boa sorte e bom trabalho à nova presidente. Que ela honre os compromissos firmados e conduza o Brasil no bom caminho trilhado nas duas últimas décadas para que cada vez nossa pátria seja motivo de orgulho e terra de oportunidades e vida digna para todos os brasileiros.
quinta-feira, outubro 28, 2010
Versos do Dia: Without You I'm Nothing
I Take the plan, spin it sideways
I Fall
Without you I'm nothing
Without you I'm nothing
Without you I'm nothing
Take the plan, spin it sideways
Without you I'm nothing at all
sexta-feira, outubro 15, 2010
Calvin do Retorno
(Calvin)- Ei, pai. Eu estou inventando um robô. Você consegue uma patente para mim?
(Pai)- Você inventou um robô?
(Calvin)- Bem, até aqui consegui isso... Eu e o Hobbes trabalhamos nele a tarde toda. Ainda não está perfeito, mas dá para ter uma idéia.
(Pai)- Hmm... e o que ele faz?
(Calvin)- Esse é o problema, ainda não sabemos como fazê-lo fazer o que queremos.
(Pai)- Não desanime. Sua mãe e eu temos o mesmo resultado após trabalhamos em você por 6 anos .
(Calvin)- Ha, ha... meu advogado é um comediante.
Voltei... com a música do dia (de ontem)
Tem vezes em que ouvimos a mesma canção várias vezes e, de repente, apesar de já a conhecermos tão bem, percebemos que elas foram escritas para serem ouvidas naquele momento, não antes e nem depois.
Vejam os versos do dia, da canção "Meu Lugar" de Zélia Duncan:
Tento fazer
Desse lugar o meu lugar
Ao menos por enquanto
Enquanto isso durar
O que me separa de você agora
Um avião
Um oceano
Outros planos
E muitos enganos...
Vejam os versos do dia, da canção "Meu Lugar" de Zélia Duncan:
Tento fazer
Desse lugar o meu lugar
Ao menos por enquanto
Enquanto isso durar
O que me separa de você agora
Um avião
Um oceano
Outros planos
E muitos enganos...
terça-feira, agosto 17, 2010
Férias (by Calvin)
(Calvin)- Já é julho! Oh não! Oh não!
(Calvin)- O que aconteceu com junho?! As férias de verão estão escorrendo por nossos dedos como grãos de areia!
(Calvin)- Está indo muito rápido! Temos que prender nossa liberdade e ter mais diversão. O tempo é implacável. Ajuda! Ajuda!
(Haroldo)- Eu acho que eu não quero estar aqui quando agosto acabar...
(Calvin)- Aaah!!! Já é meia hora mais tarde do que era há meia hora atrás! Corra! Corra!
(Calvin)- O que aconteceu com junho?! As férias de verão estão escorrendo por nossos dedos como grãos de areia!
(Calvin)- Está indo muito rápido! Temos que prender nossa liberdade e ter mais diversão. O tempo é implacável. Ajuda! Ajuda!
(Haroldo)- Eu acho que eu não quero estar aqui quando agosto acabar...
(Calvin)- Aaah!!! Já é meia hora mais tarde do que era há meia hora atrás! Corra! Corra!
quinta-feira, julho 29, 2010
Sabedoria Calviniana
(Calvin)- Oi Hobbes, o que você está fazendo?
(Hobbes)- Nada.
(Calvin)- Nada mesmo?
(Hobbes)- Não.
(Calvin)- Vou te ajudar...
(Hobbes)- Por favor!
terça-feira, julho 13, 2010
Parabéns à Espanha... e que 2014 chegue logo.
Parabéns à seleção espanhola, legítima campeã do mundo em 2010 após ter dominado o futebol mundial no mínimo nos últimos 3 anos, ganhando também o campeonato europeu.
Vou agora retomar a programação normal do blog com música, cinema, quadrinhos e, espero, mais textos de minha própria autoria, com divagações e escritos diversos. Antes disso, comentários finais sobre a Copa 2010.
- A final entre Brasil e Espanha teria sido muito mais interessante e empolgante.
- Diego Forlan eleito o melhor da Copa! Fantástico e justo.
- O polvo Paul foi qualquer coisa de sensacional. 100% de aproveitamento em 8 jogos, uau!
- A Nova Zelândia acabou a Copa como a única equipe invicta! Parabéns aos kiwis.
- Pela primeira vez um europeu ganhou fora da Europa... mas essa é a segunda final de Copa seguida entre europeus. Espero que a Copa seguinte tenha uma final sulamericana... quem sabe uma reedição do Maracanazzo com um outro Brasil x Uruguai, hein? Espero, já que a Europa desempatou essa disputa a seu favor, agora são 10 títulos europeus contra 9 sulamericanos.
- Ronaldo continua sendo o maior artilheiro de todas as copas. Justo, ele e Klose são jogadores incomparáveis. Por outro lado, incoerentemente, caso Klose tivesse batido o recorde também seria justo, uma vez que não é fácil fazer mais de 15 gols em apenas 3 copas... tanto que apenas Ronaldo conseguiu e lá já se foram 19 edições do mundial...
- Estou em grave crise de depressão pós-copa... mas nada que não passe, naturalmente, em 4 anos de muita angústia. ;-)
- Para finalizar, a bela entrevista dada por Casillas a sua namorada... a jornalista Sara Carbonera. Que grande é esse capitào, sem dúvida.
sexta-feira, julho 09, 2010
MPB4 - Parceria em Marcha Lenta
Hoje numa sessão nostalgia me lembrei de um conjunto vocal brasileiro, o MPB-4 e uma canção divertidíssima em que eles narram a estória de dois amigos, compositores, que fizeram uma parceria para compor uma música... mas como eles eram muito, muito lentos eles começaram compondo na época da bossa-nova, atravessaram o período do auge do samba de morro, as músicas de protesto e só conseguiram concluir a música durante o apogeu do rock nacional nos anos 80, 25 anos após terem iniciado o trabalho... É claro que a música sofre, então, influência de todos esses estilos. Imperdível!
A evolução em paredes pintadas
Muito interessante esse vídeo que a amiga Pat me enviou. Trata-se da narração não científica da origem (e possivelmente, do fim) da vida na Terra. Vale muito a pena conferir os menos de 10 minutos não só pelas belas sacadas para narrar as adaptações que as diferentes formas de vida passaram como também pelo fantástico trabalho técnico necessário para contar uma estória filmada em "stop-motion" mas ao invés de utilizar modelos em massa ou bonecos, pinturas em muros, chão, etc. Sensacional!
BIG BANG BIG BOOM - the new wall-painted animation by BLU from blu on Vimeo.
sexta-feira, julho 02, 2010
Quartas
Dos 8 jogos das oitavas de final eu errei 3, sendo que 1 deles foi por apostar em uma zebra e com total torcida pelo vô Manuel (Portugal contra Espanha) e no outro foi porque é impossível apostar na Argentina, apesar de ela ser totalmente favorita contra o México. Portanto, esses dois erros foram mais pelo coração do que por uma análise incorreta. Já os EUA me decepcionaram de fato. Acho que tinham mais time do que Gana mas talvez faltou-lhes gana (sim, trocadilho infame é comigo mesmo).
Palpites agora para as quartas-de-final.
Holanda x Brasil
Uruguai x Gana
Argentina x Alemanha
Espanha x Paraguai
Palpites agora para as quartas-de-final.
Holanda x Brasil
Uruguai x Gana
Argentina x Alemanha
Espanha x Paraguai
domingo, junho 27, 2010
sexta-feira, junho 25, 2010
Copa do Mundo - 1a Fase Terminada! Brasil x Chile nas Oitavas!
E acabou de acabar a primeira fase da Copa do Mundo 2010. Oitavas-de-final definidas. Segue abaixo os jogos e em negrito meus prognósticos (cheios de torcida) sobre quem avança.
"Chave 1"
Uruguai x Coréia do Sul
EUA x Gana
Holanda x Eslováquia
Brasil x Chile
"Chave 2"
Argentina x México
Alemanha x Inglaterra
Paraguai x Japão
Espanha x Portugal
O Brasil caiu em uma chave teoricamente mais fácil. Minha previsão é de que o caminho do Brasil para a final será contra Chile (1/8), Holanda (1/4) e Uruguai (1/2). Na final, vamos jogar (e ganhar, claro) contra Espanha, Portugal ou Alemanha. A verificar.
Algumas curiosidades sobre o que a Copa nos trouxe até aqui:
"Chave 1"
Uruguai x Coréia do Sul
EUA x Gana
Holanda x Eslováquia
Brasil x Chile
"Chave 2"
Argentina x México
Alemanha x Inglaterra
Paraguai x Japão
Espanha x Portugal
O Brasil caiu em uma chave teoricamente mais fácil. Minha previsão é de que o caminho do Brasil para a final será contra Chile (1/8), Holanda (1/4) e Uruguai (1/2). Na final, vamos jogar (e ganhar, claro) contra Espanha, Portugal ou Alemanha. A verificar.
Algumas curiosidades sobre o que a Copa nos trouxe até aqui:
- Os dois finalistas do último mundial (Itália e França) foram eliminados na 1a. fase desta edição. Bem feito!
- Todas as cinco equipes sulamericanas no torneio passaram para a 2a. fase e 4 delas em primeiro lugar nos seus grupos. E ainda temos dois dos três representantes das Américas Central e do Norte. Eis aí o continente do futebol!
- Apesar de apenas um dos 6 africanos terem avançado (e a duras penas), li esses dias que os africanos querem solicitar à FIFA que aumentem o número de vagas do continente para 7 removendo uma vaga dos sulamericanos. Acho que o resultado deste ano os deixará sem argumentos... ou eles que retirem uma das 13 vagas européias.
- Já tivemos 3 jogos Colonizadores x Colonizados e a balança pendeu para o lado imperialista devido à vitória espanhola contra o Chile. EUA x Inglaterra e Brasil x Portugal terminaram empatados.
quarta-feira, junho 23, 2010
Versos do Dia: Janta!
"
Eu quis te convencer mas chega de insistir
Eu quis te conhecer mas tenho que aceitar
Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
Pode ser cruel a eternidade
Eu ando em frente por sentir vontade
Eu quis te convencer mas chega de insistir
Caberá ao nosso amor o que há de vir
Pode ser a eternidade má
Caminho em frente pra sentir saudade"
Marcelo Camelo em Janta
sábado, junho 19, 2010
Copa - Equilíbrio
Ao final da primeira semana (e mais um dia) de competição, a Copa está sendo marcada pelo equilíbrio. Apenas Holanda e Argentina conseguiram duas vitórias e nenhuma equipe está matematicamente classificada para as oitavas até agora (2 rodadas completas para os grupos de A a D) e também nenhuma está matematicamente desclassificada. Ou seja, uma Copa do Mundo de muito equilíbrio e que não está fazendo muito sentido. Os bolões, portanto, devem estar disputadíssimos.
No grupo A as coisas parecem claras. Apesar de o 2o do grupo cruzar, muito provavelmente, com a Argentina o jogo entre Uruguai e México deverá ser de compadres com o empate classificando os dois. Uma pena para os anfitriões sul-africanos que deverão se despedir do Mundial precocemente. Note-se: um sul-americano deve se classificar e em 1o. lugar do grupo.
No Grupo B a Argentina está com uma mão na vaga e como primeira colocada. A segunda vaga deve ser disputada entre os gregos e os sul-coreanos, sem descartar a Nigéria, que precisaria ganhar da Coréia do Sul e torcer por uma goleada argentina contra os gregos. Eu apostaria nos asiáticos ou africanos e descartaria os europeus.
No Grupo C surpresa com a liderança provisória da Eslovênia após o tropeço dos ingleses frente aos argelinos. Se a Inglaterra jogar contra os líderes do grupo como jogou os dois primeiros jogos, se despede da Copa ainda essa semana, com as estrelas Rooney, Terry, Gerrard e Lampard e tudo o mais. Os americanos têm se mostrado um time muito guerreiro e torço para que fiquem com a segunda vaga.
No Grupo D tudo ainda indefinido. A Alemanha começou massacrando a Austrália e a Sérvia perdeu para Gana. Na 2a. rodada a Sérvia se superou e bateu a Alemanha e a Austrália surpreendeu e empatou com Gana. Tudo muito bizarro e inesperado, mas o grupo se encaminha para ter Alemanha em 1o. e Sérvia em segundo, como era esperado, apesar de Gana precisar apenas do empate para se classificar.
No Grupo E houve um jogo apenas pela 2a rodada e entre as duas seleções que ganharam seus jogos na 1a. A Holanda continua invicta e bateu os nipônicos pelo placar mínimo e pode ser a primeira equipe a se classificar matematicamente se não houver vencedor no jogo de logo mais entre Dinamarca e Camarões. Eu suspeito que a Dinamarca vencerá esse jogo e decidirá contra o Japão a segunda vaga do grupo.
No grupo A as coisas parecem claras. Apesar de o 2o do grupo cruzar, muito provavelmente, com a Argentina o jogo entre Uruguai e México deverá ser de compadres com o empate classificando os dois. Uma pena para os anfitriões sul-africanos que deverão se despedir do Mundial precocemente. Note-se: um sul-americano deve se classificar e em 1o. lugar do grupo.
No Grupo B a Argentina está com uma mão na vaga e como primeira colocada. A segunda vaga deve ser disputada entre os gregos e os sul-coreanos, sem descartar a Nigéria, que precisaria ganhar da Coréia do Sul e torcer por uma goleada argentina contra os gregos. Eu apostaria nos asiáticos ou africanos e descartaria os europeus.
No Grupo C surpresa com a liderança provisória da Eslovênia após o tropeço dos ingleses frente aos argelinos. Se a Inglaterra jogar contra os líderes do grupo como jogou os dois primeiros jogos, se despede da Copa ainda essa semana, com as estrelas Rooney, Terry, Gerrard e Lampard e tudo o mais. Os americanos têm se mostrado um time muito guerreiro e torço para que fiquem com a segunda vaga.
No Grupo D tudo ainda indefinido. A Alemanha começou massacrando a Austrália e a Sérvia perdeu para Gana. Na 2a. rodada a Sérvia se superou e bateu a Alemanha e a Austrália surpreendeu e empatou com Gana. Tudo muito bizarro e inesperado, mas o grupo se encaminha para ter Alemanha em 1o. e Sérvia em segundo, como era esperado, apesar de Gana precisar apenas do empate para se classificar.
No Grupo E houve um jogo apenas pela 2a rodada e entre as duas seleções que ganharam seus jogos na 1a. A Holanda continua invicta e bateu os nipônicos pelo placar mínimo e pode ser a primeira equipe a se classificar matematicamente se não houver vencedor no jogo de logo mais entre Dinamarca e Camarões. Eu suspeito que a Dinamarca vencerá esse jogo e decidirá contra o Japão a segunda vaga do grupo.
Copa - Mandinga
Um amigo alemão me convidou para ver Alemanha x Austrália. Resultado: 4 x 0 para os alemães.
Um amigo chileno me convidou para ver Chile x Honduras. Resultado: 1 x 0 para os chilenos.
Assisti EUA x Inglaterra na presença de uma inglesa e uma americana. Resultado: 1 x 1, sem preferências.
Assisti Brasil x Coréia do Norte em um bar recheado de brasileiros. Resultado: 2 x 1 para nós.
Nenhum francês me convidou para ver o jogo contra o Uruguai e nem contra o México. Ai, ai... 0 x 0 e 0 x 2... praticamente eliminados.
O Martin, alemão, preferiu ficar em casa sozinho para ver o jogo da Alemanha. A Sérvia ganhou.
Vamos ver qual será a decisão do Vicente para Chile x Suiça, se eu fosse ele, eu me convidaria para assistir ao jogo... ;-)
Um amigo chileno me convidou para ver Chile x Honduras. Resultado: 1 x 0 para os chilenos.
Assisti EUA x Inglaterra na presença de uma inglesa e uma americana. Resultado: 1 x 1, sem preferências.
Assisti Brasil x Coréia do Norte em um bar recheado de brasileiros. Resultado: 2 x 1 para nós.
Nenhum francês me convidou para ver o jogo contra o Uruguai e nem contra o México. Ai, ai... 0 x 0 e 0 x 2... praticamente eliminados.
O Martin, alemão, preferiu ficar em casa sozinho para ver o jogo da Alemanha. A Sérvia ganhou.
Vamos ver qual será a decisão do Vicente para Chile x Suiça, se eu fosse ele, eu me convidaria para assistir ao jogo... ;-)
Mais Copa - Narração dos jogos
Essa Copa em Lyon está sendo interessante. Estou conseguindo melhorar o meu entendimento da língua, ao ouvir transmissões e mais transmissões de jogos. Já começo a entender os jargões dos narradores e é gozado notar as diferenças drásticas entre os estilos das transmissões daqui com as que estamos acostumados no Brasil.
Primeiro ponto, aqui não há monopólio como por vezes houve no Brasil, com apenas a Globo transmitindo. Mas, por outro lado, há um rodízio entre 3 canais e, assim, os jogos não são transmitidos simultaneamente. Ao menos está sendo assim na primeira fase, vamos ver como será nos jogos mais interessantes, a partir das oitavas de final. Outra curiosidade, basicamente os canais públicos daqui são conhecidos, verdadeiramente, pelo seu número. TF1, Canal 2, Canal 3, Canal 4, Canal 5... ;-) Os que estão cobrindo a Copa e passando os jogos são TF1, 2 e 5 sendo que os principais jogos são transmitidos pela TF1.
As partidas são mais comentadas do que narradas e a figura do comentarista é, praticamente, inexistente ou de um outro ângulo, só há comentaristas. Por conta disso, não há também as narrações cheias de emoção, que nos levam para dentro do campo e faz com que fiquemos com o coração na boca nos momentos decisivos. Aqui, ficam discutindo o jogo ao invés de apenas reforçar o que a própria imagem está exibindo. A narração brasileira de futebol está mesmo mais próxima do rádio. O curioso é que se eu deixo a TV ligada e o jogo está 0 x 0 e vou fazer alguma outra coisa, posso voltar dali a alguns minutos e encontrar o placar em 2 x 0 ou 1 x 1 sem que sequer tenha percebido que os gols tenham ocorrido, uma vez que o nosso tradicionalíssimo grito de "gooooolllllll" não existe por essas bandas.
Para finalizar, o ufanismo garantido por Galvão e ao qual já estava tão acostumado também não dá as caras por aqui, o que é um alívio. Neste sentido ponto para eles. Durante a partida entre França e México, em que os mexicanos dominaram as ações e o 2 x 0 foi até pouco, a narração em nenhum momento procurou diminuir a atuação mexicana. Ao contrário, exaltaram a bela atuação do time asteca, disseram com todas as letras que a vitória foi mais do que merecida e, nos lances de perigo contra a França, ao mesmo tempo em que torciam - naturalmente - contra o gol também deixavam claro que era uma pena que jogadas tão bonitas não terminassem em gol.
Primeiro ponto, aqui não há monopólio como por vezes houve no Brasil, com apenas a Globo transmitindo. Mas, por outro lado, há um rodízio entre 3 canais e, assim, os jogos não são transmitidos simultaneamente. Ao menos está sendo assim na primeira fase, vamos ver como será nos jogos mais interessantes, a partir das oitavas de final. Outra curiosidade, basicamente os canais públicos daqui são conhecidos, verdadeiramente, pelo seu número. TF1, Canal 2, Canal 3, Canal 4, Canal 5... ;-) Os que estão cobrindo a Copa e passando os jogos são TF1, 2 e 5 sendo que os principais jogos são transmitidos pela TF1.
As partidas são mais comentadas do que narradas e a figura do comentarista é, praticamente, inexistente ou de um outro ângulo, só há comentaristas. Por conta disso, não há também as narrações cheias de emoção, que nos levam para dentro do campo e faz com que fiquemos com o coração na boca nos momentos decisivos. Aqui, ficam discutindo o jogo ao invés de apenas reforçar o que a própria imagem está exibindo. A narração brasileira de futebol está mesmo mais próxima do rádio. O curioso é que se eu deixo a TV ligada e o jogo está 0 x 0 e vou fazer alguma outra coisa, posso voltar dali a alguns minutos e encontrar o placar em 2 x 0 ou 1 x 1 sem que sequer tenha percebido que os gols tenham ocorrido, uma vez que o nosso tradicionalíssimo grito de "gooooolllllll" não existe por essas bandas.
Para finalizar, o ufanismo garantido por Galvão e ao qual já estava tão acostumado também não dá as caras por aqui, o que é um alívio. Neste sentido ponto para eles. Durante a partida entre França e México, em que os mexicanos dominaram as ações e o 2 x 0 foi até pouco, a narração em nenhum momento procurou diminuir a atuação mexicana. Ao contrário, exaltaram a bela atuação do time asteca, disseram com todas as letras que a vitória foi mais do que merecida e, nos lances de perigo contra a França, ao mesmo tempo em que torciam - naturalmente - contra o gol também deixavam claro que era uma pena que jogadas tão bonitas não terminassem em gol.
domingo, junho 13, 2010
Eu vi na Copa
Em mês de Copa não tem como falar de outra coisa... nesses 3 primeiros dias de Copa do Mundo, ainda incompletos, já fechamos a primeira rodada dos grupos A, B e C, completando 6 jogos. Abaixo, o que eu vi na Copa até aqui.
- Já entraram em campo representantes da África, Ásia, América do Sul, América Central, América do Norte e Europa. Verdadeiramente, uma Copa do Mundo. Falta apenas algum representante da Oceania jogar, o que vai acontecer ainda hoje no jogo da Austrália contra a Alemanha.
- O primeiro gol da Copa foi dos anfitriões, sul-africanos. E foi também o primeiro golaço! Torci para a África do Sul e pelo Parreira, mas o empate foi frustrante.
- Forlan merecia jogar em uma equipe melhor do que a uruguaia.
- A França deu um certo sono em sua exibição... oh, lá, lá...
- A Coréia do Sul dominou e foi a única equipe a fazer dois gols em uma partida. Copa magra em gols...
- Apesar da torcida a Argentina mereceu a vitória e tem tima para ser campeão. Mas, claro, bato na madeira!
- O Grupo C é o grupo dos frangueiros. Green, da Inglaterra, e o goleiro da Argélia hoje tomaram gols que não se tomam. Sorte dos norte-americanos e dos eslovenos.
- Por falar nisso, estava assistindo ao jogo em um pub e quando o gol saiu comentei que no Brasil chamamos aquele tipo de gol de "frango". Ninguém conhecia a expressão, que não é usada nem nos EUA, nem na Inglaterra e nem na Alemanha. Curioso, né? Ainda não tivemos zebra... portanto, ainda não sei se a expressão zebra é utilizada por aí. Bem, ao menos eu não considerei o empate dos anglófonos uma zebra...
- A Eslovênia, por falar nisso, conseguiu a primeira vitória dos europeus na competição, após França, Grécia e Inglaterra terem tentado.
Cinema de verdade
Com a Dri aterrissando por aqui durante alguns dias e a gente querendo aproveitar ao máximo o curto período juntos e, logo em seguida, com a Copa do Mundo para preencher os dias tenho visto menos filmes do que antes. Mas não que eu não tenha visto nenhum. Vi dois bons filmes e, o que é melhor, os dois no cinema, com o prazer que apenas a tela grande e a sala escura são capazes de proporcionar. Estou certo que ambos ganharam em importância pelo simples fato de terem sido vistos no cinema e não em casa, na telinha da TV ou no monitor do meu notebook.
Kick-Ass: Quebrando Tudo (4/5)
Filme divertidíssimo, dirigido por Matthew Vaughn, o mesmo da adaptação de Stardust. Aqui, os quadrinhos de Mark Millar e John Romita Jr. dão origem ao filme que narra a estória de Dave, um típico nerd que se intimida com a simples presença da menina de seus sonhos na escola e divide o seu tempo entre estudar e bater-papo com seus amigos sobre a cultura nerd: quadrinhos, seriados, etc. Em um desses papos ele pergunta como, até hoje, nenhum lunático se vestiu de super-herói e saiu para tentar combater o crime. Neste mesmo dia, ele e seus amigos são assaltados ao voltarem para casa e uma pessoa observa, passiva, todo o acontecimento da janela de sua casa. Era a revolta que faltava para que Dave resolva fazer o que os outros não tem coragem e apesar de franzino e sem nenhuma experiência em combate ele assume a identidade secreta de Kick-ass e tenta ajudar a tornar sua cidade um pouco mais tolerável. Ao ser quase espancado até a morte mas, de certa maneira, bem-sucedido em sua primeira missão, Kick-ass torna-se um herói de verdade e motiva o aparecimento de outros heróis (Hit Girl, Big Daddy), dando início então a uma cruzada contra o grande mafioso da cidade e a corrupção da polícia. Contar além disso seria estragar o filme mas vale dizer que o diretor tenta manter os acontecimentos dentro do mundo real - ao menos com a violência e suas consequências físicas aos personagens sendo tratadas de maneira bastante real. Dito assim, parece que trata-se de um filme sério, talvez na esteira de "Cavaleiro das Trevas", mas não. Kick-ass é um filme super-divertido, narrado pelo personagem principal com várias tiradas pop, cult, nerds e que é sempre agradável, engraçado e divertido. Nicolas Cage surge impagável como o trágico Big Daddy, o protagonista Aaron Johnson é excelente, Mark Strong está hilário como o mafioso Frank d'Amico bem como Christopher Mintz-Plasse que interpreta seu filho. Os momentos de constrangimento quando os super-heróis fantasiados se encontram e tentam fazer um ar imponente quando se cumprimentam é de chorar de rir. Mas a melhor personagem é a Hit Girl de Chloe Moretz. Dona de várias falas impagáveis e aficionada por armas e por matar - aos 11 anos de idade. Recomendo!
A Ilha do Medo (4/5)
Filme mais recente do mestre Martin Scorsese, repetindo aqui sua habitual parceria com Leonardo diCaprio. Ele vive Teddy Daniels, um detetive encarregado do caso de encontrar uma paciente desaparecida de uma instituição mental que abriga criminosos em uma ilha, a Shutter Island do título americano. As circunstâncias em que ela desapareceu são cheias de mistério, beirando o sobrenatural e todos na ilha tem um comportamento suspeito, aparentemente escondendo algo de Daniels. No entanto, ele próprio mantém seus segredos já que tem uma motivação pessoal para se dirigir até a ilha. Sempre escoltado por seu novo parceiro, Chuck (Mark Ruffallo, muito bem) e tendo que lidar com os internos, a polícia local e os chefes dos psiquiatras (Ben Kingsley e Max Von Sydow), Teddy aos poucos se vê envolvido com a sua busca de uma forma que sua própria sanidade é posta a prova. Adaptado de um livro de Denis Lehane (Sobre Meninos e Lobos) o roteiro é muito bem amarrado e apresenta, em retrospectiva, elementos suficientes para esclarecer o ato final e engrandecê-lo, tornando o filme memorável. Recomendo!
Kick-Ass: Quebrando Tudo (4/5)
Filme divertidíssimo, dirigido por Matthew Vaughn, o mesmo da adaptação de Stardust. Aqui, os quadrinhos de Mark Millar e John Romita Jr. dão origem ao filme que narra a estória de Dave, um típico nerd que se intimida com a simples presença da menina de seus sonhos na escola e divide o seu tempo entre estudar e bater-papo com seus amigos sobre a cultura nerd: quadrinhos, seriados, etc. Em um desses papos ele pergunta como, até hoje, nenhum lunático se vestiu de super-herói e saiu para tentar combater o crime. Neste mesmo dia, ele e seus amigos são assaltados ao voltarem para casa e uma pessoa observa, passiva, todo o acontecimento da janela de sua casa. Era a revolta que faltava para que Dave resolva fazer o que os outros não tem coragem e apesar de franzino e sem nenhuma experiência em combate ele assume a identidade secreta de Kick-ass e tenta ajudar a tornar sua cidade um pouco mais tolerável. Ao ser quase espancado até a morte mas, de certa maneira, bem-sucedido em sua primeira missão, Kick-ass torna-se um herói de verdade e motiva o aparecimento de outros heróis (Hit Girl, Big Daddy), dando início então a uma cruzada contra o grande mafioso da cidade e a corrupção da polícia. Contar além disso seria estragar o filme mas vale dizer que o diretor tenta manter os acontecimentos dentro do mundo real - ao menos com a violência e suas consequências físicas aos personagens sendo tratadas de maneira bastante real. Dito assim, parece que trata-se de um filme sério, talvez na esteira de "Cavaleiro das Trevas", mas não. Kick-ass é um filme super-divertido, narrado pelo personagem principal com várias tiradas pop, cult, nerds e que é sempre agradável, engraçado e divertido. Nicolas Cage surge impagável como o trágico Big Daddy, o protagonista Aaron Johnson é excelente, Mark Strong está hilário como o mafioso Frank d'Amico bem como Christopher Mintz-Plasse que interpreta seu filho. Os momentos de constrangimento quando os super-heróis fantasiados se encontram e tentam fazer um ar imponente quando se cumprimentam é de chorar de rir. Mas a melhor personagem é a Hit Girl de Chloe Moretz. Dona de várias falas impagáveis e aficionada por armas e por matar - aos 11 anos de idade. Recomendo!
A Ilha do Medo (4/5)
Filme mais recente do mestre Martin Scorsese, repetindo aqui sua habitual parceria com Leonardo diCaprio. Ele vive Teddy Daniels, um detetive encarregado do caso de encontrar uma paciente desaparecida de uma instituição mental que abriga criminosos em uma ilha, a Shutter Island do título americano. As circunstâncias em que ela desapareceu são cheias de mistério, beirando o sobrenatural e todos na ilha tem um comportamento suspeito, aparentemente escondendo algo de Daniels. No entanto, ele próprio mantém seus segredos já que tem uma motivação pessoal para se dirigir até a ilha. Sempre escoltado por seu novo parceiro, Chuck (Mark Ruffallo, muito bem) e tendo que lidar com os internos, a polícia local e os chefes dos psiquiatras (Ben Kingsley e Max Von Sydow), Teddy aos poucos se vê envolvido com a sua busca de uma forma que sua própria sanidade é posta a prova. Adaptado de um livro de Denis Lehane (Sobre Meninos e Lobos) o roteiro é muito bem amarrado e apresenta, em retrospectiva, elementos suficientes para esclarecer o ato final e engrandecê-lo, tornando o filme memorável. Recomendo!
sexta-feira, junho 11, 2010
Minha biografia em Copas do Mundo
Adoro futebol e, naturalmente, a Copa do Mundo. Tanto que resolvi narrar minha biografia em termos de Copa do Mundo, já que estamos em ano de Copa - que por sinal começou hoje com o empate entre os anfitriões sul-africanos e os mexicanos por 1 a 1 - e eu nasci em um ano de Copa.
1978 - Copa do Mundo da Argentina.
Na cidade de São Paulo nascia o pequeno Paulo, também filho de Paulo. Paulistano que sou apenas no registro de nascimento uma vez que pouco depois de completar um ano de vida mudei-me com meus pais para o interior do recém-criado estado de Mato Grosso do Sul. Mais exatamente, para o meio do nada uma vez que a cidade de nossa acolhida chama-se Figueirão e, hoje em dia, conta com pouco mais de dois mil habitantes e à época sequer energia elétrica possuia. Minha mãe, Malu, e minha irmã, Isabela, também embarcaram na viagem. Lá pelos pampas, a Argentina papava seu primeiro título mundial tendo se classificado - e eliminado indiretamente o Brasil - através de um clássico resultado comprado contra os peruanos. Vexame.
1982 - Copa do Mundo da Espanha.
Não tenho muitas recordações dos meus primeiros quatro anos de vida mas o fato é que a copa de 82 é lembrada até hoje pela eliminação do Brasil frente à Itália com os fatídicos três gols do Paolo Rossi. A nossa seleção ficou marcada pelo belo futebol e é considerada até hoje, pelos especialistas, uma das melhores seleções brasileiras de todos os tempos. Zico, Falcão, Sócrates, Júnior... uma pena. O título ficou com a própria Itália. Eu, por outro lado, já havia me mudado do Figueirão para Costa Rica, onde meus pais ocupavam cargos de professores, cada um em uma das duas escolas estaduais da cidade. Trata-se de uma pitoresca cidade a aproximadamente 60km de Figueirão e à época a "metrópole" da região, com seus aproximadamente 10 mil habitantes.
1986 - Copa do Mundo do México
A infância em Costa Rica foi extremamente feliz. Boas amizades, brincava até tarde da noite na rua, voltava sujo para casa quando minha mãe gritava me chamando e não tinha tempo a perder diante da TV assistindo a uma Copa do Mundo. Nesta época, ainda não dava a mínima para o futebol, gostava mesmo era de pé-na-lata, betes, pique-esconde, queimada e afins. Não acompanhei, portanto, o clássico gol de mão de Maradona e o segundo título da Argentina. Mas já estava estudando e, desde sempre, tendo minha mãe em função dupla de mãe e professora de português e literatura. Meus pais, a essa altura, já estavam separados e eu e minha irmã passamos a morar apenas com ela. O Brasil? Bem, foi eliminado pela França na cobrança de pênaltis...
1990 - Copa do Mundo da Itália
É gozado que minha memória da infância é muito mais vívida neste período em que meu interesse pelo futebol surgiu. Comecei a jogar futebol e a praticar toda a variedade possível de esportes por volta de 1988, no alto de meus dez anos. E como as minhas responsabilidades eram bastante restritas em 1990 - basicamente fechar todas as matérias na escola - eu pude assistir a TODOS os jogos desta Copa do Mundo. E foi um enorme prazer e, desde então, um vício que à medida do possível procuro satisfazer. A Copa da Itália foi tecnicamente fraca e terminou com a Alemanha como campeã diante da Argentina na final. Fomos eliminados pela própria Argentina, gol de Caniggia que foi um grande sofrimento de se assistir. A equipe ficou conhecida como "geração Dunga", o mesmo Dunga que hoje pode nos encaminhar para o hexacampeonato. Lembro-me também da enorme torcida que todo o Brasil fez pela seleção de Camarões e o seu craque Roger Milla.
1994 - Copa do Mundo dos EUA
Primeira Copa do Mundo realizada na América do Norte e deu Brasil. Logo na segunda copa que acompanhei já tive o prazer de ver o nosso país campeão, sensação imortalizada pelos gritos ensandecidos do Galvão Bueno, abraçado ao Pelé, berrando "É tetra, é tetra" no momento em que Roberto Baggio perdeu sua cobrança de pênalti. Dunga estava redimido. Eu, mais uma vez, consegui ajustar meus horários para cobrir todos os jogos. A seleção e o Brasil homenageiam a perda de um grande brasileiro, Senna. Eu, por minha vez, tenho que suportar a perda de meu pai, morto ainda muito jovem devido a complicações causadas por um câncer na garganta. Meu pai foi um grande homem: divertido, engraçado, carismático, professor de matemática, músico, jornalista, diretor e ator teatral. Mas não era privado de defeitos - como o vício no álcool - que o levaram à precoce separação e posteriormente aos problemas de saúde que o mataram. Uma pena, senti muito a falta dele nas copas seguintes e nas etapas seguintes de minha vida.
1998 - Copa do Mundo da França
Com certeza, trata-se da minha maior decepção esportiva. Assistir à final que deu o primeiro título à França, após ganhar do Brasil por 3 a 0 em jogo atípico foi de matar. Novamente e curiosamente, pude ver a Copa inteira apesar de já estar cursando Ciência da Computação em Campo Grande. Bem no período da Copa - será coincidência?? - os professores e funcionários da universidade estavam em greve já havia algum tempo e eu estava em Costa Rica aguardando o retorno das atividades. Obviamente, as aulas só foram retomadas depois da Copa - ainda bem. Neste período entre-copas muitas mudanças em minha vida, já que além de já estar fazendo universidade em 98, havia saído da casa de minha mãe para estudar ainda em 96 passando um ano em Penápolis, no interior de São Paulo, cidade natal da minha mãe e também da minha maninha. A vida adulta se avizinhava.
2002 - Copa do Mundo da Coréia do Sul e do Japão
Ainda estava em Campo Grande, já vivendo a tal vida adulta. Havia me formado em 2000 e estava trabalhando em uma empresa de desenvolvimento de software, a NDS. Como a Copa ocorreu do outro lado do mundo, os horários dos jogos eram de madrugada ou bem cedos pela manhã. Resultado? Consegui, novamente, assistir a grande maioria dos jogos. Foi complicado mas muito recompensador já que assisti a mais um título do Brasil, em um grande jogo final contra a temível Alemanha, dois gols de Ronaldo que jogou muito neste mundial. Já que essa foi a primeira copa na Ásia, novamente deu Brasil. Perceberam o padrão? Quando a copa do mundo ocorre pela primeira vez em algum continente, dá Brasil. Ah, 2010 promete! Outra curiosidade, 2002 também viu a primeira copa realizada em regime de casamento, isto é, por dois países-sedes em conjunto. Foi também a minha última copa solteiro, já que...
2006 - Copa do Mundo da Alemanha
... eu me casei em 2006!!! Bem, tecnicamente, eu ainda assisti a copa apenas noivo da minha linda Dri, que conheci em 2003 na DigithoBrasil, outra software house de Campo Grande na qual ela estagiava no setor jurídico e eu trabalhava como analista de sistemas. Não foi amor à primeira vista - ao menos do lado dela - mas ao final de 2004, depois que eu saí da Digitho e voltei a trabalhar na NDS, sentimos muita falta um do outro e começamos nossa história juntos, que já completa 6 anos. Em 2006 eu estava em ritmo acelerado de trabalho - na NDS - e havia reingressado à academia fazendo meu mestrado na UFMS. Dessa vez, vi bem menos jogos do que gostaria mas a Dri acompanhava para mim os jogos que eu não podia ver e sempre me mantinha atualizado. O Brasil foi eliminado, novamente pela França (que martírio), que sagrou-se vice-campeã perdendo a final para a Itália. O fato é que nesses meus anos de copas o Brasil já perdeu para a França 3 vezes, logo tinha que haver algum segredo escondido e então eu tomei uma decisão!
2010 - Copa do Mundo da África do Sul
Vim para a França!! Claro que a motivação não foi, realmente, investigar os mistérios dos Bleus, como é chamada a seleção daqui, mas sim ingressar no meu doutorado e fazer parte de uma adorável equipe chamada Baobab. Hoje morando em Lyon, cidade com o mesmo fuso horário do país-sede, ainda tenho problema com os horários dos jogos, já que a Dri ainda não está aqui comigo e sempre estou de olho nos horários do Brasil. Neste período entre o final do mestrado e o início do doutorado adotamos duas filhas caninas, a Julie e a Meg. Logo, logo, as três vão se juntar a mim em nossa aventura francesa. Negociei com a minha chefe para fazer um horário alternativo no mês da Copa e acredito que poderei assistir à grande maioria dos jogos. Ao escrever esse texto notei como é impressionante os ciclos que nossas vidas dão a cada quatro anos... outro pensamento que me passa é que escrevi tudo sem preparação, ao sabor das recordações. Portanto, é muito provável que à medida que o tempo passe eu me lembre de várias coisas que não foram mencionadas. Não por não serem importantes, certamente, mas sabe lá como funciona a memória. Estou certo de que se eu começasse novamente a escrever produziria um texto com várias diferenças e possivelmente outros fatos apareceriam. Ah, a Copa!? Vai dar Brasil!!
1978 - Copa do Mundo da Argentina.
Na cidade de São Paulo nascia o pequeno Paulo, também filho de Paulo. Paulistano que sou apenas no registro de nascimento uma vez que pouco depois de completar um ano de vida mudei-me com meus pais para o interior do recém-criado estado de Mato Grosso do Sul. Mais exatamente, para o meio do nada uma vez que a cidade de nossa acolhida chama-se Figueirão e, hoje em dia, conta com pouco mais de dois mil habitantes e à época sequer energia elétrica possuia. Minha mãe, Malu, e minha irmã, Isabela, também embarcaram na viagem. Lá pelos pampas, a Argentina papava seu primeiro título mundial tendo se classificado - e eliminado indiretamente o Brasil - através de um clássico resultado comprado contra os peruanos. Vexame.
1982 - Copa do Mundo da Espanha.
Não tenho muitas recordações dos meus primeiros quatro anos de vida mas o fato é que a copa de 82 é lembrada até hoje pela eliminação do Brasil frente à Itália com os fatídicos três gols do Paolo Rossi. A nossa seleção ficou marcada pelo belo futebol e é considerada até hoje, pelos especialistas, uma das melhores seleções brasileiras de todos os tempos. Zico, Falcão, Sócrates, Júnior... uma pena. O título ficou com a própria Itália. Eu, por outro lado, já havia me mudado do Figueirão para Costa Rica, onde meus pais ocupavam cargos de professores, cada um em uma das duas escolas estaduais da cidade. Trata-se de uma pitoresca cidade a aproximadamente 60km de Figueirão e à época a "metrópole" da região, com seus aproximadamente 10 mil habitantes.
1986 - Copa do Mundo do México
A infância em Costa Rica foi extremamente feliz. Boas amizades, brincava até tarde da noite na rua, voltava sujo para casa quando minha mãe gritava me chamando e não tinha tempo a perder diante da TV assistindo a uma Copa do Mundo. Nesta época, ainda não dava a mínima para o futebol, gostava mesmo era de pé-na-lata, betes, pique-esconde, queimada e afins. Não acompanhei, portanto, o clássico gol de mão de Maradona e o segundo título da Argentina. Mas já estava estudando e, desde sempre, tendo minha mãe em função dupla de mãe e professora de português e literatura. Meus pais, a essa altura, já estavam separados e eu e minha irmã passamos a morar apenas com ela. O Brasil? Bem, foi eliminado pela França na cobrança de pênaltis...
1990 - Copa do Mundo da Itália
É gozado que minha memória da infância é muito mais vívida neste período em que meu interesse pelo futebol surgiu. Comecei a jogar futebol e a praticar toda a variedade possível de esportes por volta de 1988, no alto de meus dez anos. E como as minhas responsabilidades eram bastante restritas em 1990 - basicamente fechar todas as matérias na escola - eu pude assistir a TODOS os jogos desta Copa do Mundo. E foi um enorme prazer e, desde então, um vício que à medida do possível procuro satisfazer. A Copa da Itália foi tecnicamente fraca e terminou com a Alemanha como campeã diante da Argentina na final. Fomos eliminados pela própria Argentina, gol de Caniggia que foi um grande sofrimento de se assistir. A equipe ficou conhecida como "geração Dunga", o mesmo Dunga que hoje pode nos encaminhar para o hexacampeonato. Lembro-me também da enorme torcida que todo o Brasil fez pela seleção de Camarões e o seu craque Roger Milla.
1994 - Copa do Mundo dos EUA
Primeira Copa do Mundo realizada na América do Norte e deu Brasil. Logo na segunda copa que acompanhei já tive o prazer de ver o nosso país campeão, sensação imortalizada pelos gritos ensandecidos do Galvão Bueno, abraçado ao Pelé, berrando "É tetra, é tetra" no momento em que Roberto Baggio perdeu sua cobrança de pênalti. Dunga estava redimido. Eu, mais uma vez, consegui ajustar meus horários para cobrir todos os jogos. A seleção e o Brasil homenageiam a perda de um grande brasileiro, Senna. Eu, por minha vez, tenho que suportar a perda de meu pai, morto ainda muito jovem devido a complicações causadas por um câncer na garganta. Meu pai foi um grande homem: divertido, engraçado, carismático, professor de matemática, músico, jornalista, diretor e ator teatral. Mas não era privado de defeitos - como o vício no álcool - que o levaram à precoce separação e posteriormente aos problemas de saúde que o mataram. Uma pena, senti muito a falta dele nas copas seguintes e nas etapas seguintes de minha vida.
1998 - Copa do Mundo da França
Com certeza, trata-se da minha maior decepção esportiva. Assistir à final que deu o primeiro título à França, após ganhar do Brasil por 3 a 0 em jogo atípico foi de matar. Novamente e curiosamente, pude ver a Copa inteira apesar de já estar cursando Ciência da Computação em Campo Grande. Bem no período da Copa - será coincidência?? - os professores e funcionários da universidade estavam em greve já havia algum tempo e eu estava em Costa Rica aguardando o retorno das atividades. Obviamente, as aulas só foram retomadas depois da Copa - ainda bem. Neste período entre-copas muitas mudanças em minha vida, já que além de já estar fazendo universidade em 98, havia saído da casa de minha mãe para estudar ainda em 96 passando um ano em Penápolis, no interior de São Paulo, cidade natal da minha mãe e também da minha maninha. A vida adulta se avizinhava.
2002 - Copa do Mundo da Coréia do Sul e do Japão
Ainda estava em Campo Grande, já vivendo a tal vida adulta. Havia me formado em 2000 e estava trabalhando em uma empresa de desenvolvimento de software, a NDS. Como a Copa ocorreu do outro lado do mundo, os horários dos jogos eram de madrugada ou bem cedos pela manhã. Resultado? Consegui, novamente, assistir a grande maioria dos jogos. Foi complicado mas muito recompensador já que assisti a mais um título do Brasil, em um grande jogo final contra a temível Alemanha, dois gols de Ronaldo que jogou muito neste mundial. Já que essa foi a primeira copa na Ásia, novamente deu Brasil. Perceberam o padrão? Quando a copa do mundo ocorre pela primeira vez em algum continente, dá Brasil. Ah, 2010 promete! Outra curiosidade, 2002 também viu a primeira copa realizada em regime de casamento, isto é, por dois países-sedes em conjunto. Foi também a minha última copa solteiro, já que...
2006 - Copa do Mundo da Alemanha
... eu me casei em 2006!!! Bem, tecnicamente, eu ainda assisti a copa apenas noivo da minha linda Dri, que conheci em 2003 na DigithoBrasil, outra software house de Campo Grande na qual ela estagiava no setor jurídico e eu trabalhava como analista de sistemas. Não foi amor à primeira vista - ao menos do lado dela - mas ao final de 2004, depois que eu saí da Digitho e voltei a trabalhar na NDS, sentimos muita falta um do outro e começamos nossa história juntos, que já completa 6 anos. Em 2006 eu estava em ritmo acelerado de trabalho - na NDS - e havia reingressado à academia fazendo meu mestrado na UFMS. Dessa vez, vi bem menos jogos do que gostaria mas a Dri acompanhava para mim os jogos que eu não podia ver e sempre me mantinha atualizado. O Brasil foi eliminado, novamente pela França (que martírio), que sagrou-se vice-campeã perdendo a final para a Itália. O fato é que nesses meus anos de copas o Brasil já perdeu para a França 3 vezes, logo tinha que haver algum segredo escondido e então eu tomei uma decisão!
2010 - Copa do Mundo da África do Sul
Vim para a França!! Claro que a motivação não foi, realmente, investigar os mistérios dos Bleus, como é chamada a seleção daqui, mas sim ingressar no meu doutorado e fazer parte de uma adorável equipe chamada Baobab. Hoje morando em Lyon, cidade com o mesmo fuso horário do país-sede, ainda tenho problema com os horários dos jogos, já que a Dri ainda não está aqui comigo e sempre estou de olho nos horários do Brasil. Neste período entre o final do mestrado e o início do doutorado adotamos duas filhas caninas, a Julie e a Meg. Logo, logo, as três vão se juntar a mim em nossa aventura francesa. Negociei com a minha chefe para fazer um horário alternativo no mês da Copa e acredito que poderei assistir à grande maioria dos jogos. Ao escrever esse texto notei como é impressionante os ciclos que nossas vidas dão a cada quatro anos... outro pensamento que me passa é que escrevi tudo sem preparação, ao sabor das recordações. Portanto, é muito provável que à medida que o tempo passe eu me lembre de várias coisas que não foram mencionadas. Não por não serem importantes, certamente, mas sabe lá como funciona a memória. Estou certo de que se eu começasse novamente a escrever produziria um texto com várias diferenças e possivelmente outros fatos apareceriam. Ah, a Copa!? Vai dar Brasil!!
quinta-feira, junho 10, 2010
Grande lição para gerenciar satisfação de uma equipe!
(Chefe)- Satisfação da equipe dobrou no último ano! (1% -> 2%)
(Chefe)- O crédito vai para o nosso novo programa de demitir pessoas inteligentes.
(Alice)- Você está salvo! (para Ted)
(Ted)- Yupi!!
sábado, junho 05, 2010
Calvin da Semana 2 (para compensar as semanas de ausência)
(Calvin)- Por quê é sempre você que lê estórias para eu dormir e nunca a mamãe?
(Pai)- Porque ler estória é uma tarefa de pais.
(Mãe)- E parece que é a única tarefa de pais por aqui.
(Calvin)- Deixou as louças para a mamãe de novo, hã?
(Pai)- A estória de hoje se chama "Porque o príncipe encantado ficou solteiro".
(Mãe)- Príncipe o quê?
Carcassone
A Dri agora também tem blog: http://www.madamemisty.blogspot.com/. O endereço também já está aqui ao lado na minha lista de blogs favoritos e indicados. Bem-vinda à blogosfera, amada Cerejinha. ;-)
Por falar nela, para aproveitarmos a última semana em que ela esteve comigo aqui na França, em sua mais recente visita, viajamos para Toulouse e Carcassone, dormindo também uma noite em Montpellier, tudo ao sul de Lyon (e da própria França). O Google Maps ajuda a se localizar, como na figura que incluo aqui.
O ponto A é Lyon e o ponto B é Toulouse. No caminho de A a B estão Montpellier e Carcassone.
A viagem já começou com aventura. Era uma quinta-feira e eu deveria comparecer a uma reunião de trabalho na sexta-feira, em Toulouse. Esse era, afinal, o motivo original da viagem. Nesta mesma quinta-feira ocorreu uma paralização de um dia no sistema de transporte público na França. Duas constatações que acredito que já tenham sido feitas antes em algum post mais antigo do blog: franceses adoram greves e o nome francês para essas paradas é "perturbation", o que não poderia ser mais apropriado.
Em todo caso, lá estávamos eu e a Dri, na estação, animados e no horário previsto para averiguarmos o que aconteceria com o nosso trem para Toulouse. Obviamente, havia sido anulado. Mas não entre em pânico... a agente que nos atendeu na estação nos informou que um trem partiria algumas horas depois e ainda seria possível chegar a Toulouse naquele dia. Arriscamos, confiamos na informação recebida e o resultado foi que tivemos que passar, inesperadamente, uma noite em Montpellier e partir na manhã seguinte para Toulouse. No fim das contas, acabou sendo bom. Cheguei um pouco atrasado para a reunião mas conhecemos uma nova cidade, o que não estava nos planos.
Toulouse foi interessante, cidade agitada e de clima gostoso. Mas passei pouco tempo por lá. A Dri pode conhecer melhor pois passeou também na sexta. Porém, o passeio mais legal foi mesmo para Carcassone, no sábado. Fizemos o passeio na companhia agradável da Cecília - aluna de mestrado brasileira com quem compartilho a sala de trabalho por aqui - e de sua mãe, Marília, que também estava cumprindo a "temporada oficial de visitas". Teve direito a piquenique à beira de um belo rio e dentro de um parque muito bem cuidado e a descoberta de um castelo medieval, bastante bem conservado e restaurado, em todo o seu esplendor. Segundo Marília, o castelo medieval mais bem conservado de toda a Europa. O algo mais é que o avistamos ao longe, de surpresa, quando atingimos uma ponte que leva até ele. Até então, ele estava encoberto pelas edificações da pequena cidade. Foi uma visão tão bela e empolgante que dificilmente será esquecida. Dentro do castelo um passeio pela casa do conde que lá habitava, hoje transformado em museu, e pelas pequenas e estreitas ruelas do vilarejo que a fortaleza abrigava, hoje transformadas em comércio. Ainda aproveitamos da peculiaridade de estar no local no dia em que a igreja do castelo estava sendo utilizada para um casamento. Passeio singular e imperdível!
Abaixo algumas fotos para registrar.
Dri ainda em Lyon, aguardando a saída do trem para Toulouse. Aquele que no fundo não chegou...
As meninas já embarcadas no trem e a caminho de Carcassone.
Estação de trem de Carcassone. Chegamos!!
As ruas da cidade de Carcassone.
O parque onde ocorreu o delicioso piquenique, com direito a uma inesperada sobremesa: bolachinha amanteigada com gostinho de nostalgia.
Uma foto em que eu apareço, para provar que eu também estava na viagem. ;-)
E eis o castelo e o tesouro de Carcassone, na mesma foto! ;-)
Valeu, Carcassone e até a próxima!
Por falar nela, para aproveitarmos a última semana em que ela esteve comigo aqui na França, em sua mais recente visita, viajamos para Toulouse e Carcassone, dormindo também uma noite em Montpellier, tudo ao sul de Lyon (e da própria França). O Google Maps ajuda a se localizar, como na figura que incluo aqui.
O ponto A é Lyon e o ponto B é Toulouse. No caminho de A a B estão Montpellier e Carcassone.
A viagem já começou com aventura. Era uma quinta-feira e eu deveria comparecer a uma reunião de trabalho na sexta-feira, em Toulouse. Esse era, afinal, o motivo original da viagem. Nesta mesma quinta-feira ocorreu uma paralização de um dia no sistema de transporte público na França. Duas constatações que acredito que já tenham sido feitas antes em algum post mais antigo do blog: franceses adoram greves e o nome francês para essas paradas é "perturbation", o que não poderia ser mais apropriado.
Em todo caso, lá estávamos eu e a Dri, na estação, animados e no horário previsto para averiguarmos o que aconteceria com o nosso trem para Toulouse. Obviamente, havia sido anulado. Mas não entre em pânico... a agente que nos atendeu na estação nos informou que um trem partiria algumas horas depois e ainda seria possível chegar a Toulouse naquele dia. Arriscamos, confiamos na informação recebida e o resultado foi que tivemos que passar, inesperadamente, uma noite em Montpellier e partir na manhã seguinte para Toulouse. No fim das contas, acabou sendo bom. Cheguei um pouco atrasado para a reunião mas conhecemos uma nova cidade, o que não estava nos planos.
Toulouse foi interessante, cidade agitada e de clima gostoso. Mas passei pouco tempo por lá. A Dri pode conhecer melhor pois passeou também na sexta. Porém, o passeio mais legal foi mesmo para Carcassone, no sábado. Fizemos o passeio na companhia agradável da Cecília - aluna de mestrado brasileira com quem compartilho a sala de trabalho por aqui - e de sua mãe, Marília, que também estava cumprindo a "temporada oficial de visitas". Teve direito a piquenique à beira de um belo rio e dentro de um parque muito bem cuidado e a descoberta de um castelo medieval, bastante bem conservado e restaurado, em todo o seu esplendor. Segundo Marília, o castelo medieval mais bem conservado de toda a Europa. O algo mais é que o avistamos ao longe, de surpresa, quando atingimos uma ponte que leva até ele. Até então, ele estava encoberto pelas edificações da pequena cidade. Foi uma visão tão bela e empolgante que dificilmente será esquecida. Dentro do castelo um passeio pela casa do conde que lá habitava, hoje transformado em museu, e pelas pequenas e estreitas ruelas do vilarejo que a fortaleza abrigava, hoje transformadas em comércio. Ainda aproveitamos da peculiaridade de estar no local no dia em que a igreja do castelo estava sendo utilizada para um casamento. Passeio singular e imperdível!
Abaixo algumas fotos para registrar.
Dri ainda em Lyon, aguardando a saída do trem para Toulouse. Aquele que no fundo não chegou...
As meninas já embarcadas no trem e a caminho de Carcassone.
Estação de trem de Carcassone. Chegamos!!
As ruas da cidade de Carcassone.
O parque onde ocorreu o delicioso piquenique, com direito a uma inesperada sobremesa: bolachinha amanteigada com gostinho de nostalgia.
Uma foto em que eu apareço, para provar que eu também estava na viagem. ;-)
E eis o castelo e o tesouro de Carcassone, na mesma foto! ;-)
Valeu, Carcassone e até a próxima!
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