sexta-feira, junho 25, 2010

Copa do Mundo - 1a Fase Terminada! Brasil x Chile nas Oitavas!

E acabou de acabar a primeira fase da Copa do Mundo 2010. Oitavas-de-final definidas. Segue abaixo os jogos e em negrito meus prognósticos (cheios de torcida) sobre quem avança.

"Chave 1"
Uruguai x Coréia do Sul
EUA x Gana
Holanda x Eslováquia
Brasil x Chile

"Chave 2"
Argentina x México
Alemanha x Inglaterra
Paraguai x Japão
Espanha x Portugal

O Brasil caiu em uma chave teoricamente mais fácil. Minha previsão é de que o caminho do Brasil para a final será contra Chile (1/8), Holanda (1/4) e Uruguai (1/2). Na final, vamos jogar (e ganhar, claro) contra Espanha, Portugal ou Alemanha. A verificar.

Algumas curiosidades sobre o que a Copa nos trouxe até aqui:
  • Os dois finalistas do último mundial (Itália e França) foram eliminados na 1a. fase desta edição. Bem feito!
  • Todas as cinco equipes sulamericanas no torneio passaram para a 2a. fase e 4 delas em primeiro lugar nos seus grupos. E ainda temos dois dos três representantes das Américas Central e do Norte. Eis aí o continente do futebol!
  • Apesar de apenas um dos 6 africanos terem avançado (e a duras penas), li esses dias que os africanos querem solicitar à FIFA que aumentem o número de vagas do continente para 7 removendo uma vaga dos sulamericanos. Acho que o resultado deste ano os deixará sem argumentos... ou eles que retirem uma das 13 vagas européias.
  • Já tivemos 3 jogos Colonizadores x Colonizados e a balança pendeu para o lado imperialista devido à vitória espanhola contra o Chile. EUA x Inglaterra e Brasil x Portugal terminaram empatados.

quarta-feira, junho 23, 2010

Versos do Dia: Janta!

"
Eu quis te conhecer mas tenho que aceitar
Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
Pode ser cruel a eternidade
Eu ando em frente por sentir vontade

Eu quis te convencer mas chega de insistir
Caberá ao nosso amor o que há de vir
Pode ser a eternidade má
Caminho em frente pra sentir saudade"
Marcelo Camelo em Janta




sábado, junho 19, 2010

Copa - Equilíbrio

Ao final da primeira semana (e mais um dia) de competição, a Copa está sendo marcada pelo equilíbrio. Apenas Holanda e Argentina conseguiram duas vitórias e nenhuma equipe está matematicamente classificada para as oitavas até agora (2 rodadas completas para os grupos de A a D) e também nenhuma está matematicamente desclassificada. Ou seja, uma Copa do Mundo de muito equilíbrio e que não está fazendo muito sentido. Os bolões, portanto, devem estar disputadíssimos.

No grupo A as coisas parecem claras. Apesar de o 2o do grupo cruzar, muito provavelmente, com a Argentina o jogo entre Uruguai e México deverá ser de compadres com o empate classificando os dois. Uma pena para os anfitriões sul-africanos que deverão se despedir do Mundial precocemente. Note-se: um sul-americano deve se classificar e em 1o. lugar do grupo.

No Grupo B a Argentina está com uma mão na vaga e como primeira colocada. A segunda vaga deve ser disputada entre os gregos e os sul-coreanos, sem descartar a Nigéria, que precisaria ganhar da Coréia do Sul e torcer por uma goleada argentina contra os gregos. Eu apostaria nos asiáticos ou africanos e descartaria os europeus.

No Grupo C surpresa com a liderança provisória da Eslovênia após o tropeço dos ingleses frente aos argelinos. Se a Inglaterra jogar contra os líderes do grupo como jogou os dois primeiros jogos, se despede da Copa ainda essa semana, com as estrelas Rooney, Terry, Gerrard e Lampard e tudo o mais. Os americanos têm se mostrado um time muito guerreiro e torço para que fiquem com a segunda vaga.

No Grupo D tudo ainda indefinido. A Alemanha começou massacrando a Austrália e a Sérvia perdeu para Gana. Na 2a. rodada a Sérvia se superou e bateu a Alemanha e a Austrália surpreendeu e empatou com Gana. Tudo muito bizarro e inesperado, mas o grupo se encaminha para ter Alemanha em 1o. e Sérvia em segundo, como era esperado, apesar de Gana precisar apenas do empate para se classificar.

No Grupo E houve um jogo apenas pela 2a rodada e entre as duas seleções que ganharam seus jogos na 1a. A Holanda continua invicta e bateu os nipônicos pelo placar mínimo e pode ser a primeira equipe a se classificar matematicamente se não houver vencedor no jogo de logo mais entre Dinamarca e Camarões. Eu suspeito que a Dinamarca vencerá esse jogo e decidirá contra o Japão a segunda vaga do grupo.

Copa - Mandinga

Um amigo alemão me convidou para ver Alemanha x Austrália. Resultado: 4 x 0 para os alemães.
Um amigo chileno me convidou para ver Chile x Honduras. Resultado: 1 x 0 para os chilenos.
Assisti EUA x Inglaterra na presença de uma inglesa e uma americana. Resultado: 1 x 1, sem preferências.
Assisti Brasil x Coréia do Norte em um bar recheado de brasileiros. Resultado: 2 x 1 para nós.

Nenhum francês me convidou para ver o jogo contra o Uruguai e nem contra o México. Ai, ai... 0 x 0 e 0 x 2... praticamente eliminados.

O Martin, alemão, preferiu ficar em casa sozinho para ver o jogo da Alemanha. A Sérvia ganhou.

Vamos ver qual será a decisão do Vicente para Chile x Suiça, se eu fosse ele, eu me convidaria para assistir ao jogo... ;-)

Mais Copa - Narração dos jogos

Essa Copa em Lyon está sendo interessante. Estou conseguindo melhorar o meu entendimento da língua, ao ouvir transmissões e mais transmissões de jogos. Já começo a entender os jargões dos narradores e é gozado notar as diferenças drásticas entre os estilos das transmissões daqui com as que estamos acostumados no Brasil.

Primeiro ponto, aqui não há monopólio como por vezes houve no Brasil, com apenas a Globo transmitindo. Mas, por outro lado, há um rodízio entre 3 canais e, assim, os jogos não são transmitidos simultaneamente. Ao menos está sendo assim na primeira fase, vamos ver como será nos jogos mais interessantes, a partir das oitavas de final. Outra curiosidade, basicamente os canais públicos daqui são conhecidos, verdadeiramente, pelo seu número. TF1, Canal 2, Canal 3, Canal 4, Canal 5... ;-) Os que estão cobrindo a Copa e passando os jogos são TF1, 2 e 5 sendo que os principais jogos são transmitidos pela TF1.

As partidas são mais comentadas do que narradas e a figura do comentarista é, praticamente, inexistente ou de um outro ângulo, só há comentaristas. Por conta disso, não há também as narrações cheias de emoção, que nos levam para dentro do campo e faz com que fiquemos com o coração na boca nos momentos decisivos. Aqui, ficam discutindo o jogo ao invés de apenas reforçar o que a própria imagem está exibindo. A narração brasileira de futebol está mesmo mais próxima do rádio. O curioso é que se eu deixo a TV ligada e o jogo está 0 x 0 e vou fazer alguma outra coisa, posso voltar dali a alguns minutos e encontrar o placar em 2 x 0 ou 1 x 1 sem que sequer tenha percebido que os gols tenham ocorrido, uma vez que o nosso tradicionalíssimo grito de "gooooolllllll" não existe por essas bandas.

Para finalizar, o ufanismo garantido por Galvão e ao qual já estava tão acostumado também não dá as caras por aqui, o que é um alívio. Neste sentido ponto para eles. Durante a partida entre França e México, em que os mexicanos dominaram as ações e o 2 x 0 foi até pouco, a narração em nenhum momento procurou diminuir a atuação mexicana. Ao contrário, exaltaram a bela atuação do time asteca, disseram com todas as letras que a vitória foi mais do que merecida e, nos lances de perigo contra a França, ao mesmo tempo em que torciam - naturalmente - contra o gol também deixavam claro que era uma pena que jogadas tão bonitas não terminassem em gol.

domingo, junho 13, 2010

Eu vi na Copa

Em mês de Copa não tem como falar de outra coisa... nesses 3 primeiros dias de Copa do Mundo, ainda incompletos, já fechamos a primeira rodada dos grupos A, B e C, completando 6 jogos. Abaixo, o que eu vi na Copa até aqui.
  • Já entraram em campo representantes da África, Ásia, América do Sul, América Central, América do Norte e Europa. Verdadeiramente, uma Copa do Mundo. Falta apenas algum representante da Oceania jogar, o que vai acontecer ainda hoje no jogo da Austrália contra a Alemanha.
  • O primeiro gol da Copa foi dos anfitriões, sul-africanos. E foi também o primeiro golaço! Torci para a África do Sul e pelo Parreira, mas o empate foi frustrante.
  • Forlan merecia jogar em uma equipe melhor do que a uruguaia.
  • A França deu um certo sono em sua exibição... oh, lá, lá...
  • A Coréia do Sul dominou e foi a única equipe a fazer dois gols em uma partida. Copa magra em gols...
  • Apesar da torcida a Argentina mereceu a vitória e tem tima para ser campeão. Mas, claro, bato na madeira!
  • O Grupo C é o grupo dos frangueiros. Green, da Inglaterra, e o goleiro da Argélia hoje tomaram gols que não se tomam. Sorte dos norte-americanos e dos eslovenos.
  • Por falar nisso, estava assistindo ao jogo em um pub e quando o gol saiu comentei que no Brasil chamamos aquele tipo de gol de "frango". Ninguém conhecia a expressão, que não é usada nem nos EUA, nem na Inglaterra e nem na Alemanha. Curioso, né? Ainda não tivemos zebra... portanto, ainda não sei se a expressão zebra é utilizada por aí. Bem, ao menos eu não considerei o empate dos anglófonos uma zebra...
  • A Eslovênia, por falar nisso, conseguiu a primeira vitória dos europeus na competição, após França, Grécia e Inglaterra terem tentado.

Cinema de verdade

Com a Dri aterrissando por aqui durante alguns dias e a gente querendo aproveitar ao máximo o curto período juntos e, logo em seguida, com a Copa do Mundo para preencher os dias tenho visto menos filmes do que antes. Mas não que eu não tenha visto nenhum. Vi dois bons filmes e, o que é melhor, os dois no cinema, com o prazer que apenas a tela grande e a sala escura são capazes de proporcionar. Estou certo que ambos ganharam em importância pelo simples fato de terem sido vistos no cinema e não em casa, na telinha da TV ou no monitor do meu notebook.














Kick-Ass: Quebrando Tudo (4/5)
Filme divertidíssimo, dirigido por Matthew Vaughn, o mesmo da adaptação de Stardust. Aqui, os quadrinhos de Mark Millar e John Romita Jr. dão origem ao filme que narra a estória de Dave, um típico nerd que se intimida com a simples presença da menina de seus sonhos na escola e divide o seu tempo entre estudar e bater-papo com seus amigos sobre a cultura nerd: quadrinhos, seriados, etc. Em um desses papos ele  pergunta como, até hoje, nenhum lunático se vestiu de super-herói e saiu para tentar combater o crime. Neste mesmo dia, ele e seus amigos são assaltados ao voltarem para casa e uma pessoa observa, passiva, todo o acontecimento da janela de sua casa. Era a revolta que faltava para que Dave resolva fazer o que os outros não tem coragem e apesar de franzino e sem nenhuma experiência em combate ele assume a identidade secreta de Kick-ass e tenta ajudar a tornar sua cidade um pouco mais tolerável. Ao ser quase espancado até a morte mas, de certa maneira, bem-sucedido em sua primeira missão, Kick-ass torna-se um herói de verdade e motiva o aparecimento de outros heróis (Hit Girl, Big Daddy), dando início então a uma cruzada contra o grande mafioso da cidade e a corrupção da polícia. Contar além disso seria estragar o filme mas vale dizer que o diretor tenta manter os acontecimentos dentro do mundo real - ao menos com a violência e suas consequências físicas aos personagens sendo tratadas de maneira bastante real. Dito assim, parece que trata-se de um filme sério, talvez na esteira de "Cavaleiro das Trevas", mas não. Kick-ass é um filme super-divertido, narrado pelo personagem principal com várias tiradas pop, cult, nerds e que é sempre agradável, engraçado e divertido. Nicolas Cage surge impagável como o trágico Big Daddy, o protagonista Aaron Johnson é excelente, Mark Strong está hilário como o mafioso Frank d'Amico bem como Christopher Mintz-Plasse que interpreta seu filho. Os momentos de constrangimento quando os super-heróis fantasiados se encontram e tentam fazer um ar imponente quando se cumprimentam é de chorar de rir. Mas a melhor personagem é a Hit Girl de Chloe Moretz. Dona de várias falas impagáveis e aficionada por armas e por matar - aos 11 anos de idade. Recomendo!

A Ilha do Medo (4/5)
Filme mais recente do mestre Martin Scorsese, repetindo aqui sua habitual parceria com Leonardo diCaprio. Ele vive Teddy Daniels, um detetive encarregado do caso de encontrar uma paciente desaparecida de uma instituição mental que abriga criminosos em uma ilha, a Shutter Island do título americano. As circunstâncias em que ela desapareceu são cheias de mistério, beirando o sobrenatural e todos na ilha tem um comportamento suspeito, aparentemente escondendo algo de Daniels. No entanto, ele próprio mantém seus segredos já que tem uma motivação pessoal para se dirigir até a ilha. Sempre escoltado por seu novo parceiro, Chuck (Mark Ruffallo, muito bem) e tendo que lidar com os internos, a polícia local e os chefes dos psiquiatras (Ben Kingsley e Max Von Sydow), Teddy aos poucos se vê envolvido com a sua busca de uma forma que sua própria sanidade é posta a prova. Adaptado de um livro de Denis Lehane (Sobre Meninos e Lobos) o roteiro é muito bem amarrado e apresenta, em retrospectiva, elementos suficientes para esclarecer o ato final e engrandecê-lo, tornando o filme memorável. Recomendo!

sexta-feira, junho 11, 2010

Minha biografia em Copas do Mundo

Adoro futebol e, naturalmente, a Copa do Mundo. Tanto que resolvi narrar minha biografia em termos de Copa do Mundo, já que estamos em ano de Copa - que por sinal começou hoje com o empate entre os anfitriões sul-africanos e os mexicanos por 1 a 1 - e eu nasci em um ano de Copa.

1978 - Copa do Mundo da Argentina.
Na cidade de São Paulo nascia o pequeno Paulo, também filho de Paulo. Paulistano que sou apenas no registro de nascimento uma vez que pouco depois de completar um ano de vida mudei-me com meus pais para o interior do recém-criado estado de Mato Grosso do Sul. Mais exatamente, para o meio do nada uma vez que a cidade de nossa acolhida chama-se Figueirão e, hoje em dia, conta com pouco mais de dois mil habitantes e à época sequer energia elétrica possuia. Minha mãe, Malu, e minha irmã, Isabela, também embarcaram na viagem. Lá pelos pampas, a Argentina papava seu primeiro título mundial tendo se classificado - e eliminado indiretamente o Brasil - através de um clássico resultado comprado contra os peruanos. Vexame.

1982 - Copa do Mundo da Espanha.
Não tenho muitas recordações dos meus primeiros quatro anos de vida mas o fato é que a copa de 82 é lembrada até hoje pela eliminação do Brasil frente à Itália com os fatídicos três gols do Paolo Rossi. A nossa seleção ficou marcada pelo belo futebol e é considerada até hoje, pelos especialistas, uma das melhores seleções brasileiras de todos os tempos. Zico, Falcão, Sócrates, Júnior... uma pena. O título ficou com a própria Itália. Eu, por outro lado, já havia me mudado do Figueirão para Costa Rica, onde meus pais ocupavam cargos de professores, cada um em uma das duas escolas estaduais da cidade. Trata-se de uma pitoresca cidade a aproximadamente 60km de Figueirão e à época a "metrópole" da região, com seus aproximadamente 10 mil habitantes.

1986 - Copa do Mundo do México
A infância em Costa Rica foi extremamente feliz. Boas amizades, brincava até tarde da noite na rua, voltava sujo para casa quando minha mãe gritava me chamando e não tinha tempo a perder diante da TV assistindo a uma Copa do Mundo. Nesta época, ainda não dava a mínima para o futebol, gostava mesmo era de pé-na-lata, betes, pique-esconde, queimada e afins. Não acompanhei, portanto, o clássico gol de mão de Maradona e o segundo título da Argentina. Mas já estava estudando e, desde sempre, tendo minha mãe em função dupla de mãe e professora de português e literatura. Meus pais, a essa altura, já estavam separados e eu e minha irmã passamos a morar apenas com ela. O Brasil? Bem, foi eliminado pela França na cobrança de pênaltis...

1990 - Copa do Mundo da Itália
É gozado que minha memória da infância é muito mais vívida neste período em que meu interesse pelo futebol surgiu. Comecei a jogar futebol e a praticar toda a variedade possível de esportes por volta de 1988, no alto de meus dez anos. E como as minhas responsabilidades eram bastante restritas em 1990 - basicamente fechar todas as matérias na escola - eu pude assistir a TODOS os jogos desta Copa do Mundo. E foi um enorme prazer e, desde então, um vício que à medida do possível procuro satisfazer. A Copa da Itália foi tecnicamente fraca e terminou com a Alemanha como campeã diante da Argentina na final. Fomos eliminados pela própria Argentina, gol de Caniggia que foi um grande sofrimento de se assistir. A equipe ficou conhecida como "geração Dunga", o mesmo Dunga que hoje pode nos encaminhar para o hexacampeonato. Lembro-me também da enorme torcida que todo o Brasil fez pela seleção de Camarões e o seu craque Roger Milla.

1994 - Copa do Mundo dos EUA
Primeira Copa do Mundo realizada na América do Norte e deu Brasil. Logo na segunda copa que acompanhei já tive o prazer de ver o nosso país campeão, sensação imortalizada pelos gritos ensandecidos do Galvão Bueno, abraçado ao Pelé, berrando "É tetra, é tetra" no momento em que Roberto Baggio perdeu sua cobrança de pênalti. Dunga estava redimido. Eu, mais uma vez, consegui ajustar meus horários para cobrir todos os jogos. A seleção e o Brasil homenageiam a perda de um grande brasileiro, Senna. Eu, por minha vez, tenho que suportar a perda de meu pai, morto ainda muito jovem devido a complicações causadas por um câncer na garganta. Meu pai foi um grande homem: divertido, engraçado, carismático, professor de matemática, músico, jornalista, diretor e ator teatral. Mas não era privado de defeitos - como o vício no álcool - que o levaram à precoce separação e posteriormente aos problemas de saúde que o mataram. Uma pena, senti muito a falta dele nas copas seguintes e nas etapas seguintes de minha vida.

1998 - Copa do Mundo da França
Com certeza, trata-se da minha maior decepção esportiva. Assistir à final que deu o primeiro título à França, após ganhar do Brasil por 3 a 0 em jogo atípico foi de matar. Novamente e curiosamente, pude ver a Copa inteira apesar de já estar cursando Ciência da Computação em Campo Grande. Bem no período da Copa - será coincidência?? - os professores e funcionários da universidade estavam em greve já havia algum tempo e eu estava em Costa Rica aguardando o retorno das atividades. Obviamente, as aulas só foram retomadas depois da Copa - ainda bem. Neste período entre-copas muitas mudanças em minha vida, já que além de já estar fazendo universidade em 98, havia saído da casa de minha mãe para estudar ainda em 96 passando um ano em Penápolis, no interior de São Paulo, cidade natal da minha mãe e também da minha maninha. A vida adulta se avizinhava.

2002 - Copa do Mundo da Coréia do Sul e do Japão
Ainda estava em Campo Grande, já vivendo a tal vida adulta. Havia me formado em 2000 e estava trabalhando em uma empresa de desenvolvimento de software, a NDS. Como a Copa ocorreu do outro lado do mundo, os horários dos jogos eram de madrugada ou bem cedos pela manhã. Resultado? Consegui, novamente, assistir a grande maioria dos jogos. Foi complicado mas muito recompensador já que assisti a mais um título do Brasil, em um grande jogo final contra a temível Alemanha, dois gols de Ronaldo que jogou muito neste mundial. Já que essa foi a primeira copa na Ásia, novamente deu Brasil. Perceberam o padrão? Quando a copa do mundo ocorre pela primeira vez em algum continente, dá Brasil. Ah, 2010 promete! Outra curiosidade, 2002 também viu a primeira copa realizada em regime de casamento, isto é, por dois países-sedes em conjunto. Foi também a minha última copa solteiro, já que...

2006 - Copa do Mundo da Alemanha
... eu me casei em 2006!!! Bem, tecnicamente, eu ainda assisti a copa apenas noivo da minha linda Dri, que conheci em 2003 na DigithoBrasil, outra software house de Campo Grande na qual ela estagiava no setor jurídico e eu trabalhava como analista de sistemas. Não foi amor à primeira vista - ao menos do lado dela - mas ao final de 2004, depois que eu saí da Digitho e voltei a trabalhar na NDS, sentimos muita falta um do outro e começamos nossa história juntos, que já completa 6 anos. Em 2006 eu estava em ritmo acelerado de trabalho - na NDS - e havia reingressado à academia fazendo meu mestrado na UFMS. Dessa vez, vi bem menos jogos do que gostaria mas a Dri acompanhava para mim os jogos que eu não podia ver e sempre me mantinha atualizado. O Brasil foi eliminado, novamente pela França (que martírio), que sagrou-se vice-campeã perdendo a final para a Itália. O fato é que nesses meus anos de copas o Brasil já perdeu para a França 3 vezes, logo tinha que haver algum segredo escondido e então eu tomei uma decisão!

2010 - Copa do Mundo da África do Sul
Vim para a França!! Claro que a motivação não foi, realmente, investigar os mistérios dos Bleus, como é chamada a seleção daqui, mas sim ingressar no meu doutorado e fazer parte de uma adorável equipe chamada Baobab. Hoje morando em Lyon, cidade com o mesmo fuso horário do país-sede, ainda tenho problema com os horários dos jogos, já que a Dri ainda não está aqui comigo e sempre estou de olho nos horários do Brasil. Neste período entre o final do mestrado e o início do doutorado adotamos duas filhas caninas, a Julie e a Meg. Logo, logo, as três vão se juntar a mim em nossa aventura francesa. Negociei com a minha chefe para fazer um horário alternativo no mês da Copa e acredito que poderei assistir à grande maioria dos jogos. Ao escrever esse texto notei como é impressionante os ciclos que nossas vidas dão a cada quatro anos...  outro pensamento que me passa é que escrevi tudo sem preparação, ao sabor das recordações. Portanto, é muito provável que à medida que o tempo passe eu me lembre de várias coisas que não foram mencionadas. Não por não serem importantes, certamente, mas sabe lá como funciona a memória. Estou certo de que se eu começasse novamente a escrever produziria um texto com várias diferenças e possivelmente outros fatos apareceriam. Ah, a Copa!? Vai dar Brasil!!

quinta-feira, junho 10, 2010

Grande lição para gerenciar satisfação de uma equipe!


(Chefe)- Satisfação da equipe dobrou no último ano! (1% -> 2%)
(Chefe)- O crédito vai para o nosso novo programa de demitir pessoas inteligentes.
(Alice)- Você está salvo! (para Ted)
(Ted)-  Yupi!!

sábado, junho 05, 2010

Calvin da Semana 2 (para compensar as semanas de ausência)












(Calvin)- Por quê é sempre você que lê estórias para eu dormir e nunca a mamãe?
(Pai)- Porque ler estória é uma tarefa de pais.
(Mãe)- E parece que é a única tarefa de pais por aqui.
(Calvin)- Deixou as louças para a mamãe de novo, hã?
(Pai)- A estória de hoje se chama "Porque o príncipe encantado ficou solteiro".
(Mãe)- Príncipe o quê?

Carcassone

A Dri agora também tem blog: http://www.madamemisty.blogspot.com/. O endereço também já está aqui ao lado na minha lista de blogs favoritos e indicados. Bem-vinda à blogosfera, amada Cerejinha. ;-)

Por falar nela, para aproveitarmos a última semana em que ela esteve comigo aqui na França, em sua mais recente visita, viajamos para Toulouse e Carcassone, dormindo também uma noite em Montpellier, tudo ao sul de Lyon (e da própria França). O Google Maps ajuda a se localizar, como na figura que incluo aqui.

O ponto A é Lyon e o ponto B é Toulouse. No caminho de A a B estão Montpellier e Carcassone.
A viagem já começou com aventura. Era uma quinta-feira e eu deveria comparecer a uma reunião de trabalho na sexta-feira, em Toulouse. Esse era, afinal, o motivo original da viagem. Nesta mesma quinta-feira ocorreu uma  paralização de um dia no sistema de transporte público na França. Duas constatações que acredito que já tenham sido feitas antes em algum post mais antigo do blog: franceses adoram greves e o nome francês para essas paradas é "perturbation", o que não poderia ser mais apropriado.

Em todo caso, lá estávamos eu e a Dri, na estação, animados e no horário previsto para averiguarmos o que aconteceria com o nosso trem para Toulouse. Obviamente, havia sido anulado. Mas não entre em pânico... a agente que nos atendeu na estação nos informou que um trem partiria algumas horas depois e ainda seria possível chegar a Toulouse naquele dia. Arriscamos, confiamos na informação recebida e o resultado foi que tivemos que passar, inesperadamente, uma noite em Montpellier e partir na manhã seguinte para Toulouse. No fim das contas, acabou sendo bom. Cheguei um pouco atrasado para a reunião mas conhecemos uma nova cidade, o que não estava nos planos.

Toulouse foi interessante, cidade agitada e de clima gostoso. Mas passei pouco tempo por lá. A Dri pode conhecer melhor pois passeou também na sexta. Porém, o passeio mais legal foi mesmo para Carcassone, no sábado. Fizemos o passeio na companhia agradável da Cecília - aluna de mestrado brasileira com quem compartilho a sala de trabalho por aqui - e de sua mãe, Marília, que também estava cumprindo a "temporada oficial de visitas". Teve direito a piquenique à beira de um belo rio e dentro de um parque muito bem cuidado e a descoberta de um castelo medieval, bastante bem conservado e restaurado, em todo o seu esplendor. Segundo Marília, o castelo medieval mais bem conservado de toda a Europa. O algo mais é que o avistamos ao longe, de surpresa, quando atingimos uma ponte que leva até ele. Até então, ele estava encoberto pelas edificações da pequena cidade. Foi uma visão tão bela e empolgante que dificilmente será esquecida. Dentro do castelo um passeio pela casa do conde que lá habitava, hoje transformado em museu, e pelas pequenas e estreitas ruelas do vilarejo que a fortaleza abrigava, hoje transformadas em comércio. Ainda aproveitamos da peculiaridade de estar no local no dia em que a igreja do castelo estava sendo utilizada para um casamento. Passeio singular e imperdível!

Abaixo algumas fotos para registrar.


Dri ainda em Lyon, aguardando a saída do trem para Toulouse. Aquele que no fundo não chegou...



As meninas já embarcadas no trem e a caminho de Carcassone.

Estação de trem de Carcassone. Chegamos!!


As ruas da cidade de Carcassone.


O parque onde ocorreu o delicioso piquenique, com direito a uma inesperada sobremesa: bolachinha amanteigada com gostinho de nostalgia.

Uma foto em que eu apareço, para provar que eu também estava na viagem. ;-)

E eis o castelo e o tesouro de Carcassone, na mesma foto! ;-)




Valeu, Carcassone e até a próxima!

Calvin da semana


(Calvin)- Estive pensando. Suponha que eu cresça e me transforme em um dos maiores Homens de todos os tempos. Suponha que meu nome seja uma inspiração para a humanidade por gerações.
(Calvin)- O que os livros de História vão dizer? Eles vão dizer: "muito de sua infância foi passada contra a sua vontade em uma banheira".
(Calvin)- Que indignidade é esse banho! Essa situação é digna de um dos maiores homens de todos os tempos?
(Calvin)- Minha provável significância histórica é um fardo terrível...
(Hobbes)- Você preferiria que eles dissessem que sua infância foi suja e fedida?

Tudo é relativo (parte 2)











(Jon)- Oh...
(Jon)- Tentar entender o sentido da vida faz minha cabeça doer...
(Garfield)- Experimenta ter 7 vidas para entender, meu chapa.