Espaço para postar opiniões e dicas sobre música, cinema, quadrinhos... enfim, cultura Pop!
domingo, dezembro 30, 2012
sábado, dezembro 29, 2012
Ah, eu ainda quero ter um Calvin para deseducar...
(Calvin): Como funcionam os caixas automáticos?
(Pai): Bem, digamos que você queira 25 reais. Você digita a quantidade...
(Pai): ... e atrás da máquina tem um cara com uma máquina de impressão que faz o dinheiro e o coloca ali naquela abertura.
(Calvin): Parecido com o cara que vive na nossa garagem e abre o portão?
(Pai): Exatamente!
sexta-feira, dezembro 28, 2012
Brad Pitt e Tom Cruise em seus mais recentes trabalhos
Essa semana assisti os dois últimos lançamentos de dois nomes que polarizaram as atenções (especialmente femininas) nos anos 90: Tom Cruise e Brad Pitt.
O último filme de Brad Pitt é um ótimo filme. Killing Them Softly, ou O Homem da Máfia, como foi chamado no Brasil. Um filme super politizado mas disfarçado como filme de máfia. Retrata como a crise econômica afetou os negócios da "baixa máfia" e dos pequenos delinquentes. Um assalto a uma mesa de jogos clandestina inicia um processo de insegurança que leva a perdas financeiras e Cogan, personagem de Pitt, é chamado para resolver a questão e restabelecer a ordem. Leia-se: identificar os culpados e liquidá-los. O filme do neo-zelandês Andrew Dominik, que já havia trabalhado com Pitt no elogiado O Assassinato de Jesse James..., se passa na época da eleição de Obama (2008) contra McCain e vários dos discursos da campanha presidencial são martelados durante a projeção, para culminar na lapidar frase de Cogan: "Os EUA não são um país, são um negócio. Então me dê a p&$! do meu dinheiro". Filmão, super recomendo.
Se Pitt é esse ator polivalente, que dificilmente se repete e que encara sempre novos desafios, Cruise prefere o jogo seguro de alternar papéis um pouco mais desafiadores com blockbusters de ação e, preferencialmente, em cine-séries como Missão Impossível.
Em Jack Reacher, Cruise interpreta o personagem título, um ex-agente do governo e super-investigador que consegue ser mais "fodão" que todos os personagens de ação que já o vi interpretar. Aqui é o auge. A trama do filme é bem construída e prende a atenção. Ex-atirador de elite do exército é preso após ser incriminado por matar 6 pessoas que passeavam pelas ruas. No interrogatório, ele faz apenas um pedido: contactem Jack Reacher. A trama então se desencadeia em uma investigação promovida por Reacher e a advogada do atirador para descobrirem suas motivações, o que vai revelar um pano de fundo mais complexo do que seria possível prever. Bom filme, boas cenas de ação, vilões interessantes, trama bem construída e narrativa muito bem conduzida.
Os dois galãs, cada um com seu estilo e escolhas de carreira, vão fazendo jus à fama conquistada. Os dois filmes valem a pena. Pitt e Cruise ainda tem lenha para queimar.
O último filme de Brad Pitt é um ótimo filme. Killing Them Softly, ou O Homem da Máfia, como foi chamado no Brasil. Um filme super politizado mas disfarçado como filme de máfia. Retrata como a crise econômica afetou os negócios da "baixa máfia" e dos pequenos delinquentes. Um assalto a uma mesa de jogos clandestina inicia um processo de insegurança que leva a perdas financeiras e Cogan, personagem de Pitt, é chamado para resolver a questão e restabelecer a ordem. Leia-se: identificar os culpados e liquidá-los. O filme do neo-zelandês Andrew Dominik, que já havia trabalhado com Pitt no elogiado O Assassinato de Jesse James..., se passa na época da eleição de Obama (2008) contra McCain e vários dos discursos da campanha presidencial são martelados durante a projeção, para culminar na lapidar frase de Cogan: "Os EUA não são um país, são um negócio. Então me dê a p&$! do meu dinheiro". Filmão, super recomendo.
Se Pitt é esse ator polivalente, que dificilmente se repete e que encara sempre novos desafios, Cruise prefere o jogo seguro de alternar papéis um pouco mais desafiadores com blockbusters de ação e, preferencialmente, em cine-séries como Missão Impossível.
Em Jack Reacher, Cruise interpreta o personagem título, um ex-agente do governo e super-investigador que consegue ser mais "fodão" que todos os personagens de ação que já o vi interpretar. Aqui é o auge. A trama do filme é bem construída e prende a atenção. Ex-atirador de elite do exército é preso após ser incriminado por matar 6 pessoas que passeavam pelas ruas. No interrogatório, ele faz apenas um pedido: contactem Jack Reacher. A trama então se desencadeia em uma investigação promovida por Reacher e a advogada do atirador para descobrirem suas motivações, o que vai revelar um pano de fundo mais complexo do que seria possível prever. Bom filme, boas cenas de ação, vilões interessantes, trama bem construída e narrativa muito bem conduzida.
Os dois galãs, cada um com seu estilo e escolhas de carreira, vão fazendo jus à fama conquistada. Os dois filmes valem a pena. Pitt e Cruise ainda tem lenha para queimar.
quarta-feira, dezembro 26, 2012
Versos do Dia: Cosmogony (Björk)
(...) Heaven, heaven's bodies
Whirl around me
Make me wonder
And they say back then our universe was a cold black egg
Until the god inside burst out
And from it's shattered shell
He made what became the world we know (...)"
domingo, dezembro 23, 2012
Versos do Dia: The End (The Doors)
"...This is the end
Beautiful friend
This is the end
My only friend, the end
It hurts to set you free
But you'll never follow me
The end of laughter and soft lies
The end of nights we tried to die
This is the end."
sábado, dezembro 15, 2012
Versos do Dia: Wanderlust (Björk)
Delírio visual de Björk. Grande voz. Bela música.
"...Did I imagine it would be like this?
Was it something like this I wished for?
Or will I want more?..."
"...Did I imagine it would be like this?
Was it something like this I wished for?
Or will I want more?..."
quinta-feira, dezembro 13, 2012
Versos do Dia: Rock Bottom Riser (Bill Callahan)
"I love my mother
I love my father
I love my sisters, too.
I bought this guitar
To pledge my love
To pledge my love to you.
I am a rock bottom riser..."
terça-feira, dezembro 11, 2012
Versos do Dia: Sapato Novo (Los Hermanos)
Bem, como vai você? Levo assim, calado
De lado do que sonhei um dia
Como se a alegria recolhesse a mão
Pra não me alcançar
Poderia até pensar que foi tudo sonho
Ponho meu sapato novo e vou passear
Sozinho, como der, eu vou até a beira
Besteira qualquer nem choro mais
Só levo a saudade, morena
E é tudo o que vale a pena
terça-feira, dezembro 04, 2012
Versos do Dia: Brigitte Bardot (Zeca Baleiro)
"(...) A saudade é um filme sem cor que meu coração quer ver colorido (...)"
segunda-feira, dezembro 03, 2012
Concertos e rumo do blog...
Se eu tivesse conseguido escrever esse post no sábado, como eu tinha planejado na caminhada de volta para casa, a zero grau, depois de assistir ao excelente concerto do Black Keys em Lyon, eu poderia ter tido que nos últimos 30 dias eu assisti 3 concertos diferentes em 3 cidades diferentes. Camille, em Nîmes. Muse, em Dublin. Black Keys, em Lyon. E no dia seguinte, o sábado, Mônica Passos cantando Vinicius de Morais no anfiteatro da Ópera de Lyon completou mais um dia de excelente qualidade musical.
Sempre gostei muito de música e esse blog que, em teoria, deveria se ocupar em registrar o que venho lendo (quadrinhos ou livros), vendo (filmes, séries de TV, esportes, etc.) e ouvindo passa a maior parte do tempo apenas no terceiro dos assuntos, a música. Apesar de eu ter me formado como cinéfilo e de ter dedicado a maior parte entre os 15 e 30 anos aos filmes, hoje posso afirmar que é a música a arte que mais me fascina. E com certa distância. Gosto de ouvir. Gosto de cantar junto, ainda que todo errado. Gosto de ver a música sendo tocada e cantada. Gosto do poder que a palavra cantada tem. Gosto de sentir os arranjos e a harmonia dos sons se acumulando e, sinergicamente, ganhando um significado mais amplo. Estou em uma fase de trocas. Björk por Camille. Radiohead por Muse. Cinema por Música. Apreciação por execução. Contemplação por atitude.
Noto que esse blog não cumpre o seu papel. E venho tentando dar mais sentido às minhas coisas. Acho que chegou a hora de dar um redirecionamento a ele. O Esfarelado é o espaço onde publico textos mais longos, um pouquinho mais elaborados em que opino ou apenas registro reflexões. E também será o espaço no qual publicarei alguns contos e eventuais poemas. Será, por assim dizer, o espaço onde me expresso e não onde discuto expressões alheias. Exatamente, esse passa a ser o sentido desse espaço. Aqui, além de passar a de fato registrar o que estou lendo, assistindo e ouvindo quero passar a também fazer resenhas sobre o que leio, críticas sobre o que assisto ou ouço. Continuar comparando versões diferentes da mesma música. Analisar a mise-en-scene de videoclipes. Debulhar álbuns aplicando o meu super algoritmo de avaliação subjetivo-qualitativa.
Um redirecionamento editorial. O blog deixará de ser um diário cultural para ser algo mais. Não quero utilizá-lo apenas para registrar fatos mas também para deixar registrado impressões, sentimentos, pensamentos. E, com o mesmo foco, passar a registrar aqui viagens e dicas turísticas. Transformar algo pessoal em algo que possa ser também útil e interessante para eventuais navegantes que digitem "Carcassone" no Google.
Em 2012, eu assisti apresentações ao vivo que me marcaram muito. Concertos (e não shows) de Radiohead, Lenine, Bob Dylan, Camille (2x), Muse, Black Keys, Mônica Passos. Aqui em Lyon também vi Arcade Fire e Lagwagon. 2012 será o ano da mudança, para que em 2013 esse blog ganhe outros ares, outros rumos. Mas, antes disso, que esse primeiro post na tag "concerto" sirva também para ser o último a marcar um registro, tal qual um cartório cultural pessoal... assim, de memória, vou tentar deixar anotado todos os artistas que já vi ao vivo e alguns que eu gostaria de ter visto (ou de ainda ver um dia).
NACIONAIS (que vi)
Adriana Calcanhotto, Alceu Valença, Ana Carolina (2x), Angra, Arnaldo Antunes, Barão Vermelho, Capital Inicial (2x), Cássia Eller (2x), Charlie Brown Jr, Chico César (2x), Djavan, Engenheiros do Hawaii, Ira!, Kid Abelha, Lenine, Nando Reis (3x), Paralamas do Sucesso, Paulinho Moska, Pato Fu (4x), O Rappa (3x), Wander Wildner, Raimundos, Skank, Titãs (2x), Zé Ramalho (2x), Zeca Baleiro (2x), Zélia Duncan (2x)
INTERNACIONAIS (que vi)
Alanis Morissette, Arcade Fire, Arctic Monkeys, Björk, Black Keys, Bob Dylan, Hot Chip, Camille, Killers, Kooks, Lagwagon, Muse, Pearl Jam, Placebo, Radiohead, White Stripes.
E abaixo a lista dos que eu gostaria de ver, com destaque para os que são ainda possíveis de assistir e que eu gostaria de fazer o quanto antes...
NACIONAIS (que gostaria/quero ver)
Bárbara Eugênia, Céu, Chico Buarque, Elis Regina, Karnak, Legião Urbana, Los Hermanos, Marisa Monte, Roberta Sá, Raul Seixas, Tom Jobim & Vinicius de Morais,
INTERNACIONAIS (que gostaria)
Belle & Sebastian, Coldplay, Doors, Eric Clapton, Fiona Apple, Franz Ferdinand, Joss Stone, Joy Division, Leonard Cohen, Morrissey, Nirvana, Pink Floyd, Pixies, Queen, Queens of the Stone Age, R.E.M, System of a Down, Tindersticks, U2
Sempre gostei muito de música e esse blog que, em teoria, deveria se ocupar em registrar o que venho lendo (quadrinhos ou livros), vendo (filmes, séries de TV, esportes, etc.) e ouvindo passa a maior parte do tempo apenas no terceiro dos assuntos, a música. Apesar de eu ter me formado como cinéfilo e de ter dedicado a maior parte entre os 15 e 30 anos aos filmes, hoje posso afirmar que é a música a arte que mais me fascina. E com certa distância. Gosto de ouvir. Gosto de cantar junto, ainda que todo errado. Gosto de ver a música sendo tocada e cantada. Gosto do poder que a palavra cantada tem. Gosto de sentir os arranjos e a harmonia dos sons se acumulando e, sinergicamente, ganhando um significado mais amplo. Estou em uma fase de trocas. Björk por Camille. Radiohead por Muse. Cinema por Música. Apreciação por execução. Contemplação por atitude.
Noto que esse blog não cumpre o seu papel. E venho tentando dar mais sentido às minhas coisas. Acho que chegou a hora de dar um redirecionamento a ele. O Esfarelado é o espaço onde publico textos mais longos, um pouquinho mais elaborados em que opino ou apenas registro reflexões. E também será o espaço no qual publicarei alguns contos e eventuais poemas. Será, por assim dizer, o espaço onde me expresso e não onde discuto expressões alheias. Exatamente, esse passa a ser o sentido desse espaço. Aqui, além de passar a de fato registrar o que estou lendo, assistindo e ouvindo quero passar a também fazer resenhas sobre o que leio, críticas sobre o que assisto ou ouço. Continuar comparando versões diferentes da mesma música. Analisar a mise-en-scene de videoclipes. Debulhar álbuns aplicando o meu super algoritmo de avaliação subjetivo-qualitativa.
Um redirecionamento editorial. O blog deixará de ser um diário cultural para ser algo mais. Não quero utilizá-lo apenas para registrar fatos mas também para deixar registrado impressões, sentimentos, pensamentos. E, com o mesmo foco, passar a registrar aqui viagens e dicas turísticas. Transformar algo pessoal em algo que possa ser também útil e interessante para eventuais navegantes que digitem "Carcassone" no Google.
Em 2012, eu assisti apresentações ao vivo que me marcaram muito. Concertos (e não shows) de Radiohead, Lenine, Bob Dylan, Camille (2x), Muse, Black Keys, Mônica Passos. Aqui em Lyon também vi Arcade Fire e Lagwagon. 2012 será o ano da mudança, para que em 2013 esse blog ganhe outros ares, outros rumos. Mas, antes disso, que esse primeiro post na tag "concerto" sirva também para ser o último a marcar um registro, tal qual um cartório cultural pessoal... assim, de memória, vou tentar deixar anotado todos os artistas que já vi ao vivo e alguns que eu gostaria de ter visto (ou de ainda ver um dia).
NACIONAIS (que vi)
Adriana Calcanhotto, Alceu Valença, Ana Carolina (2x), Angra, Arnaldo Antunes, Barão Vermelho, Capital Inicial (2x), Cássia Eller (2x), Charlie Brown Jr, Chico César (2x), Djavan, Engenheiros do Hawaii, Ira!, Kid Abelha, Lenine, Nando Reis (3x), Paralamas do Sucesso, Paulinho Moska, Pato Fu (4x), O Rappa (3x), Wander Wildner, Raimundos, Skank, Titãs (2x), Zé Ramalho (2x), Zeca Baleiro (2x), Zélia Duncan (2x)
INTERNACIONAIS (que vi)
Alanis Morissette, Arcade Fire, Arctic Monkeys, Björk, Black Keys, Bob Dylan, Hot Chip, Camille, Killers, Kooks, Lagwagon, Muse, Pearl Jam, Placebo, Radiohead, White Stripes.
E abaixo a lista dos que eu gostaria de ver, com destaque para os que são ainda possíveis de assistir e que eu gostaria de fazer o quanto antes...
NACIONAIS (que gostaria/quero ver)
Bárbara Eugênia, Céu, Chico Buarque, Elis Regina, Karnak, Legião Urbana, Los Hermanos, Marisa Monte, Roberta Sá, Raul Seixas, Tom Jobim & Vinicius de Morais,
INTERNACIONAIS (que gostaria)
Belle & Sebastian, Coldplay, Doors, Eric Clapton, Fiona Apple, Franz Ferdinand, Joss Stone, Joy Division, Leonard Cohen, Morrissey, Nirvana, Pink Floyd, Pixies, Queen, Queens of the Stone Age, R.E.M, System of a Down, Tindersticks, U2
quinta-feira, novembro 29, 2012
Versos do Dia: Paciência (Lenine)
"Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...
(...)
Será que é tempo
Que lhe falta pra perceber ?
Será que temos esse tempo
Pra perder?
E quem quer saber ?
A vida é tão rara
Tão rara..."
segunda-feira, novembro 26, 2012
Versos do dia: Agradecimento (Bárbara Eugênia)
"Fui embora
Larguei tudo que fomos
Sonhos que construímos
A casa que sonhamos
Fui embora
Larguei tudo que rimos
O quarto em que dormimos
A vida que levamos
Precisei não te fazer sofrer ainda mais
Precisei me ver feliz, estar em paz
Tinha medo do que seria
Medo de ficar sozinha
De ficar sem esse amor
Que foi meu lar e meu coração
Foi meu abraço e meu cuidado
Mas passou a não bastar
Tive que fugir pra tentar chegar em algum lugar
Tive que fugir pra tentar chegar em algum lugar
Tenho que me despir de tudo pra ver o que realmente há
Você foi meu amor e por isso agradeço
E me fortaleço sabendo que um amor assim já esteve aqui e um dia vai voltar."
Larguei tudo que rimos
O quarto em que dormimos
A vida que levamos
Precisei não te fazer sofrer ainda mais
Precisei me ver feliz, estar em paz
Tinha medo do que seria
Medo de ficar sozinha
De ficar sem esse amor
Que foi meu lar e meu coração
Foi meu abraço e meu cuidado
Mas passou a não bastar
Tive que fugir pra tentar chegar em algum lugar
Tive que fugir pra tentar chegar em algum lugar
Tenho que me despir de tudo pra ver o que realmente há
Você foi meu amor e por isso agradeço
E me fortaleço sabendo que um amor assim já esteve aqui e um dia vai voltar."
domingo, novembro 25, 2012
Versos do Dia: Curinga (Sofia Basso)
"(...) Tua batalha, já faz tempo, tá perdida.
Vou te falar sem rodeios, pare de me rodear (...)
Entrar nesse barco é pedir para se afogar."
sexta-feira, novembro 23, 2012
Versos do Dia: Bobagem (Céu)
"Minha beleza não é efêmera
Como o que eu vejo
Em bancas por aí
Minha natureza
É mais que estampa
É um belo samba
Que ainda está por vir...
Bobagem pouca
Besteira
Recíproca nula
A gente espera (...)"
quinta-feira, novembro 22, 2012
quarta-feira, novembro 21, 2012
Versos do Dia: Seu Tipo (Filarmônica de Pasárgada)
"(...) Mas é que ela nunca veio num show
Já fui cover da Madonna, do Elvis e do Magal
Do Bruno e do Marrone, e do Mamonas, do Ramones, da Sandy,
do Sepultura, de Caetano e Rauzito
E eu nunca faço o seu tipo!"
terça-feira, novembro 20, 2012
domingo, novembro 18, 2012
sexta-feira, novembro 16, 2012
Versos do Dia: 1,2,3 (Camille)
"1, 2, 3
Y en a 1 de trop
C'est pas toi c'est l'autre
Assis en face un soir
Beau comme un étranger
On a échangé un regard
Et maintenant je veux t'échanger
1, 2, 3
C'était mieux à 2
Les yeux dans les yeux
Mais pas 2 sans trois
Je veux vivre sans toi
Ou bien tout se trouble (...)"
---
E a Mariana Aydar, que gosta muito de Camille, aparentemente, fez uma bela versão dessa música. Poderia estar no "Constraste Musical", mas preferi apenas linkar aqui...
terça-feira, novembro 13, 2012
Le Petit Parkour
Propaganda do Guaraná Antarctica para lançar a versão em garrafa pequena de seu refrigerante. Qual a melhor forma do que contextualizar com o "novo esporte radical", variação muito mais "loque" do Parkour original! :-)
segunda-feira, novembro 12, 2012
Versos do Dia: Just Could'nt Tie me Down (The Black Keys)
"You let me know
How you've changed
I can't tell
In any way
You sent a message
To my mind
Without reason
Without rhyme
Happiness
Come around
Just couldn't tie me down..."
sábado, novembro 10, 2012
Os Vingadores do Futuro
Assisti ao remake do clássico O Vingador do Futuro e não sabia o que pensar ao sair da sessão. Eu tinha gostado do filme mas também tinha visto uma série de problemas e tive a clara sensação de que poderia ter sido muito melhor. Era inevitável, também, comparar com o original. Só agora, que acabei de reassistir o filme com o Schwarza é que eu poderia fazer uma comparação, mas já esqueci a maioria dos detalhes da nova versão, o que, de certa forma, entrega bastante sobre sua qualidade.
Os produtores da nova versão, como sempre, justificaram a revisita dizendo-se interessados em se aprofundar no material original do conto de Philip K. Dick, que já nos brindou com Blade Runner e Minority Report, por exemplo. Nunca li o conto e, portanto, não sei julgar se a principal mudança com relação ao enredo do filme original é mais ou menos fiel, mas acreditando nos produtores, suponho que sim. Basicamente, não há Marte neste filme! E isso representa um de seus pontos fortes.
Outros dois pontos positivos da nova versão e que, de certa forma, justificam sua existência são o seu design de arte que concebe um futuro realista, convincente e deslumbrante e a nova escalação de atores, muito melhores do que os da versão original. É claro que Farrell não é um brutamontes como Schwarzenegger e consegue conferir muito mais humanidade e complexidade em sua atuação. Porém, com relação ao personagem principal (Quaid) e suas atuações, o que mais me chamou a atenção era a necessidade típica dos anos 80 e da persona de Schwarza de incluir uma frase de efeito ao final de cada cena, de cada inimigo batido. Soa completamente artificial e caricatural. As duas intérpretes de Lori, a esposa de Quaid, são equivalentemente belas mas aqui o personagem de Sharon Stone é muito melhor construído e cumpre seu papel na trama de modo muito mais eficaz do que a absurda e incansável máquina de guerra vivida por Kate Beckinsale no novo longa. Por falar nisso, para mim, esse personagem é o responsável, sozinho, por arruinar o novo Vingador do Futuro.
O futuro que a versão de 1990, de Paul Verhoeven, apresenta envelheceu mal e já não convence ao ser assistida nos dias de hoje, merecia uma nova roupagem. Como Marte não é parte da nova trama, não temos também os mutantes (a não ser em uma homenagem ao filme original totalmente despropositada e sem sentido no novo contexto). A trama social, contudo, é ainda mais envolvente, mostrando que a Terra agora é habitada em dois pólos, o norte super desenvolvido, rico e elitizado e o sul, pobre, dos operários, uma favela high-tech. Todos os dias, os operários vão trabalhar cruzando a Terra pelo seu centro, em um grande elevador que representa um dos melhores achados do novo filme.
Exatamente como no original, Quaid é casado com uma mulher que o ama, tem um emprego e aspirações de ter uma vida melhor e é atormentado por sonhos nos quais se vê com outra mulher, Melina, lutando contra um inimigo desconhecido. Descontente e sonhando em viver experiências diferentes, procura a empresa Rekall que vende viagens de sonhos através de implantes de memórias. Em seu pacote de "férias", inclui um opcional para viver a vida como um agente secreto mas no instante em que a aplicação tem início, Quaid passa a ser perseguido por agentes do governo que querem matá-lo e, a partir dai, o(s) filme(s) mergulha(m) em cenas de perseguição e na eterna incógnita se estamos acompanhando o sonho de Quaid ou se, de fato, ele era um espião. A trama política, nos dois filmes, é interessante e prende a atenção e o jogo duplo de Quaid/Hauser é bem arquitetado. O filme de 90 explora melhor a dúvida se o que acompanhamos é um sonho ou a realidade e tem um charme insuperável, além de toda a ambientação em Marte.
Gostei bastante da versão nova, acho que a atualização foi válida. Mas foi bastante divertido rever o original. Empate técnico, no embate entre a nostalgia e a tecnologia.
Os produtores da nova versão, como sempre, justificaram a revisita dizendo-se interessados em se aprofundar no material original do conto de Philip K. Dick, que já nos brindou com Blade Runner e Minority Report, por exemplo. Nunca li o conto e, portanto, não sei julgar se a principal mudança com relação ao enredo do filme original é mais ou menos fiel, mas acreditando nos produtores, suponho que sim. Basicamente, não há Marte neste filme! E isso representa um de seus pontos fortes.
Outros dois pontos positivos da nova versão e que, de certa forma, justificam sua existência são o seu design de arte que concebe um futuro realista, convincente e deslumbrante e a nova escalação de atores, muito melhores do que os da versão original. É claro que Farrell não é um brutamontes como Schwarzenegger e consegue conferir muito mais humanidade e complexidade em sua atuação. Porém, com relação ao personagem principal (Quaid) e suas atuações, o que mais me chamou a atenção era a necessidade típica dos anos 80 e da persona de Schwarza de incluir uma frase de efeito ao final de cada cena, de cada inimigo batido. Soa completamente artificial e caricatural. As duas intérpretes de Lori, a esposa de Quaid, são equivalentemente belas mas aqui o personagem de Sharon Stone é muito melhor construído e cumpre seu papel na trama de modo muito mais eficaz do que a absurda e incansável máquina de guerra vivida por Kate Beckinsale no novo longa. Por falar nisso, para mim, esse personagem é o responsável, sozinho, por arruinar o novo Vingador do Futuro.
O futuro que a versão de 1990, de Paul Verhoeven, apresenta envelheceu mal e já não convence ao ser assistida nos dias de hoje, merecia uma nova roupagem. Como Marte não é parte da nova trama, não temos também os mutantes (a não ser em uma homenagem ao filme original totalmente despropositada e sem sentido no novo contexto). A trama social, contudo, é ainda mais envolvente, mostrando que a Terra agora é habitada em dois pólos, o norte super desenvolvido, rico e elitizado e o sul, pobre, dos operários, uma favela high-tech. Todos os dias, os operários vão trabalhar cruzando a Terra pelo seu centro, em um grande elevador que representa um dos melhores achados do novo filme.
Exatamente como no original, Quaid é casado com uma mulher que o ama, tem um emprego e aspirações de ter uma vida melhor e é atormentado por sonhos nos quais se vê com outra mulher, Melina, lutando contra um inimigo desconhecido. Descontente e sonhando em viver experiências diferentes, procura a empresa Rekall que vende viagens de sonhos através de implantes de memórias. Em seu pacote de "férias", inclui um opcional para viver a vida como um agente secreto mas no instante em que a aplicação tem início, Quaid passa a ser perseguido por agentes do governo que querem matá-lo e, a partir dai, o(s) filme(s) mergulha(m) em cenas de perseguição e na eterna incógnita se estamos acompanhando o sonho de Quaid ou se, de fato, ele era um espião. A trama política, nos dois filmes, é interessante e prende a atenção e o jogo duplo de Quaid/Hauser é bem arquitetado. O filme de 90 explora melhor a dúvida se o que acompanhamos é um sonho ou a realidade e tem um charme insuperável, além de toda a ambientação em Marte.
Gostei bastante da versão nova, acho que a atualização foi válida. Mas foi bastante divertido rever o original. Empate técnico, no embate entre a nostalgia e a tecnologia.
sexta-feira, novembro 09, 2012
Calvin e eu: praticamente iguais!
(Professora): Calvin, você pode nos dizer o que Lewis e Clark fizeram?
(Calvin): Não, mas eu poso recitar a origem secreta de cada super-herói membro da Liga Termonuclear pela Liberdade do Capitão Napalm.
(Professora): Quero falar com você ao final da aula, Calvin.
(Calvin): Eu não sou idiota. Eu só tenho uma atração por informação inútil.
terça-feira, novembro 06, 2012
Versos do Dia: Time is Running Out (Muse)
" (...) Bury it
I won't let you bury it
I won't let you smother it
I won't let you murder it
Our time is running out
And our time is running out
You can't push it underground
We can't stop it screaming out (...)"
domingo, outubro 28, 2012
Versos do Dia: Primeiro Andar (Los Hermanos)
eu começo por onde a estrada vai
e nao culpo a cidade, o pai
vou lá, andar
e o que eu vou ver
eu sei lá
não faz disso esse drama essa dor
é que a sorte é preciso tirar pra ter
perigo é eu me esconder em você
(...)
se alguem numa curva me convidar
eu vou lá
que andar é reconhecer
olhar
eu preciso andar
um caminho só
vou buscar alguém
que eu nem sei quem sou (...)"
sexta-feira, outubro 26, 2012
Versos do Dia: Dor e Dor (Bárbara Eugênia e Tom Zé)
Os versos do dia são:
"A dor a dor a dor" ---> Adorador!
(...) Mas eu te espero
porque o grito dos teus olhos
é mais
longo que o braço da floresta
e aparece atrás
dos montes, dos ventos
e dos edifícios
e o brilho do teu riso
é mais
quente que o sol do meio-dia
e mais e mais e oh oh oh oh oh
Mas eu te espero
na porta das manhãs porque
o grito dos teus olhos
é mais e mais e mais
e depois que você partiu
o mel da vida apodreceu na minha boca
apodreceu na minha boca"
quinta-feira, outubro 25, 2012
Calvin e as desilusões da infância
(Calvin): Mãe, me dá um dinheiro para comprar um album de uma banda de heavy metal que prega adoração ao diabo e apologia ao suicídio?
(Mãe): Calvin, o fato de estas bandas ainda não terem matado a si mesmas em um ritual de auto-sacrifiício mostra que elas só estão ai pelo dinheiro assim como todo mundo. É tudo pose. Se você quiser chocar e provocar, ao menos seja sincero a respeito disso.
(Calvin): Niilismo comercial não é confiável?!
(Mãe): Acho que não, filhinho.
(Calvin): A infância é cheia de desilusões.
Versos do Dia: De novo - Una!
Bem, não tinha feito isso ainda, mas resolvi repetir hoje a mesma música de ontem.
Além do motivo simples de estar ouvindo incessantemente, notei que a música descreve muito bem uma pessoa muito íntima. Desta vez coloco o vídeo da apresentação ao vivo no Festival Universitário da Canção (FUC).
Dos vários que amei não amei ninguém
Eu amo até hoje, até hoje sofro, até hoje tenho dor
E toda lembrança é boa
Só me faz sorrir
Eu sinto uma saudade aqui
Em algum lugar
Da vida que vivi sem terminar
Do amor que eu perdi sem fazer curar
De todos que amei não esqueci ninguém
Carrego no meu peito um defeito
E por mais que eu busque o conserto
Não dá jeito
Eu não tenho paz
E eu quero sempre mais um, eu quero sempre mais um
Que me faça chorar, me aconchegue devagar
E eu posso até jurar
Que é pra vida inteira
E será
Mas de qualquer maneira
Não fui feita para ser par
E toda lembrança é boa
Só me faz sorrir
Eu sinto uma saudade aqui
Em algum lugar
Da vida que vivi sem terminar
Do amor que eu perdi sem fazer curar
De todos que amei não esqueci ninguém
Carrego no meu peito um defeito
E por mais que eu busque o conserto
Não dá jeito
Eu não tenho paz
E eu quero sempre mais um, eu quero sempre mais um
Que me faça chorar, me aconchegue devagar
E eu posso até jurar
Que é pra vida inteira
E será
Mas de qualquer maneira
Não fui feita para ser par
quarta-feira, outubro 24, 2012
Versos do Dia: Una (Sofia Basso)
Confesso não ter apreciado tanto o timbre da moça, mas adoro a letra e o swing da canção e acho que a interpretação dela é perfeita, defendendo muito bem sua composição. Porém, o que mais me chamou a atenção foi a cenografia. Reparem como ela, em primeiro plano mas tímida ou desinteressada durante quase toda a execução da música, olha diretamente para a câmera pela primeira vez apenas quando solta os versos que ilustram o meu dia de hoje:
"(...) Não fui feita para ser par (...)".
---
Atualização: eu acompanho bastante as palavras-chave que trazem pessoas ao blog e notei que muita gente chega nesta página buscando a letra de "Una". Pois bem, lá vai:
"Dos vários que amei, não amei ninguém
E eu amo até hoje, até hoje sofro, até hoje sinto dor
E toda lembrança é boa, só me faz sorrir
Eu sinto uma saudade aqui, em algum lugar
Da vida que eu vivi sem terminar
Do amor que eu perdi sem fazer curar
De todos que amei, não esqueci ninguém
Carrego no meu peito um defeito
e por mais que eu busque o conserto
Não dá jeito, eu não tenho paz
Eu quero sempre mais um... eu quero sempre mais um.
que me faça chorar, me aconchegue devagar
e eu posso até jurar... que é para a vida inteira
E será!
Mas de qualquer maneira, não fui feita para ser par."
segunda-feira, outubro 22, 2012
Contraste Musical #3: Quand je Marche (Camille)
Uma das músicas que "versificou" recentemente um de meus dias foi "Quand Je Marche", da inigualável Camille. Enquanto eu escolhia a versão que iria ilustrar o post, me deparei com uma série de versões da música feitas por artistas/fãs. Gostei, naturalmente, mais de algumas do que de outras mas em todas elas percebi a notável influência que uma artista como Camille exerce. Nenhuma das versões limita-se a apenas repetir ou imitar a versão original e, neste sentido, a busca pela criatividade e pela expressão pessoal são contagiantes.
Para começar esse contraste musical, a versão de Niki Arrowsmith abaixo. Niki, uma fã assumida, fez um novo arranjo para a música (totalmente vocal, é claro) e ainda verteu o texto para o inglês. A versão ficou muito legal.
Abaixo uma versão pop-rock feita por uma fã francesa. Bastante diferente e emprestando um frescor à música que é muito bem-vindo.
Para começar esse contraste musical, a versão de Niki Arrowsmith abaixo. Niki, uma fã assumida, fez um novo arranjo para a música (totalmente vocal, é claro) e ainda verteu o texto para o inglês. A versão ficou muito legal.
Abaixo uma versão pop-rock feita por uma fã francesa. Bastante diferente e emprestando um frescor à música que é muito bem-vindo.
E, para finalizar, a versão que menos gosto, de Mario Pacchioli e Astrid Alexandre. Não gosto dos vocais e nem da maneira afetada que tentam impostar a voz (ele, principalmente). Além disso, é a versão mais próxima da original o que demonstra um pouco de falta de criatividade, principalmente se levarmos em conta que haviam duas vozes para combinar.
Calvin detonando a indústria da cultura
(Calvin): O problema com o rock'n'roll é que a geração que o criou é agora o "establishment".
(Calvin): Rock finge que ainda é rebelde com seus vídeos posados, mas quem acredita? As estrelas são senhores de 45 anos zilionários ou eles fazem propaganda de refrigente! A "revolução" é uma indústria capitalista! Dá um tempo!
(Calvin): Felizmente, eu encontrei uma música de protesto para a juventude de hoje! Esse negócio realmente ofende mamãe e papai!
(Hobbes): Muzak versão "Audição facilitada"?
(Calvin): E eu toco bem devagar. Também.
---
A crítica sobre a indústria cultural é direta. E olha que continua verdade apesar da tirinha ter mais de 20 anos!
Easy-listening, na verdade, é o nome que foi dado a uma geração de músicos que fazia música instrumental para o grande público. Paul Mauriat e Ray Conniff são dois grandes expoentes. M úsica absolutamente comercial e de qualidade duvidosa. Virou estilo e algumas vezes também é chamada de "lounge music", por ser ideal para ser tocada em elevadores ou salas de espera.
Muzak é um estilo de música científica, que visava produzir música utilizando métodos matemáticos. Algo absolutamente experimental e na contramão do que podemos chamar de autoral. Ainda que a relação entre música e matemática seja bastante íntima.
É por coisas assim que Calvin é muito mais do que apenas uma tirinha de jornal. :-)
domingo, outubro 21, 2012
Versos do Dia: Meu Lamento (Barbara Eugênia)
"(...) Ele era a água que eu bebia
Ele era a fonte da minha alegria
Sentia orgulho em namorar com ele
Ele era meu, eu era dele
Tudo acabado, fiquei tão triste
Mas não me queixo
Ninguém vai me ver chorando
Eu vou guardar o meu lamento
Para quando estiver sozinha..."
----
Obrigado Alexandre pela dica! Barbara Eugênia é mais um alento entre as vocalistas/compositoras brasileiras, que não param de produzir boa coisa! Eu li a biografia dela e achei fascinante!
Brevemente, ela é carioca e tentou se dedicar à música no Rio. Compartilhava seus trabalhos com amigos, pela internet, mas ainda de maneira tímida e insegura. O casamento não funcionou e junto com a separação a decisão de recomeçar em outra cidade e fazendo outras coisas. Mudou-se para São Paulo e passou a dedicar-se à tradução, sua carreira original.
E não há de ver que em São Paulo ela encontrou pessoas que a impulsionaram de volta e músicos que completaram a sua própria visão artística? Quando não procurou, encontrou, já diz o ditado. Tudo nasceu com o convite para cantar em uma faixa do filme "O Cheiro do Ralo", formou-se uma amizade com músicos da cena paulistana e, quando ela viu, estava lançando o seu primeiro álbum "Journal do Bad", no qual canta seus lamentos em várias canções com fragmentos biográficos, várias letras falando da dor da separação mas, principalmente, mostrando seu talento como cantora delicada e com uma nova roupagem e mistura musical. Seja bem-vinda, Bárbara.
PS: Um trecho da biografia que eu mais gostei é que ela é fã do Radiohead e sonha em um dia convidar Thom Yorke para cantarem juntos. Já fiquei fã dela ali. :-)
sábado, outubro 20, 2012
Versos do Dia: She Was (Camille)
"When she was home
She was a swan
When she was out she was a tiger
And a tiger in the wild is not tied to anyone
When she was lost
She was a toad
The day i found her on the road
I gave her water and a rose
And as she stretched
The sun rose
Go
Go
Go away
When she was young
She was a cow
And all day long
She milked the stars
She taught me
Women to survive
Must be unfaithful to their child
Of all the wonders of the world
She was a lady with a bird
She must have had so many lives
Was it the first?
Was it the last?
Go
Go
Go away
When she was ill
She was a whale
She was so patient she would wait
Until i sang her by the lane
The sweetest tunes to ease her pain
When she was old
She was an owl
I saw her swaying in the sky
And when she died inside my arms
I realised she was a cat
Go
Go
Go away
Sometimes i wonder
If my child
Will have her eyes
To see through me
And when i die
And i am born again
What will i be
A cat?
A stone?
A tree?"
---
Normalmente eu edito a letra da canção escolhida, realçando apenas um trecho que me parece mais importante ou mais interessante, que marque melhor os motivos da escolha. Neste caso, é impossível. Letra integral para mais essa pérola de Camille.
She was a toad
The day i found her on the road
I gave her water and a rose
And as she stretched
The sun rose
Go
Go
Go away
When she was young
She was a cow
And all day long
She milked the stars
She taught me
Women to survive
Must be unfaithful to their child
Of all the wonders of the world
She was a lady with a bird
She must have had so many lives
Was it the first?
Was it the last?
Go
Go
Go away
When she was ill
She was a whale
She was so patient she would wait
Until i sang her by the lane
The sweetest tunes to ease her pain
When she was old
She was an owl
I saw her swaying in the sky
And when she died inside my arms
I realised she was a cat
Go
Go
Go away
Sometimes i wonder
If my child
Will have her eyes
To see through me
And when i die
And i am born again
What will i be
A cat?
A stone?
A tree?"
---
Normalmente eu edito a letra da canção escolhida, realçando apenas um trecho que me parece mais importante ou mais interessante, que marque melhor os motivos da escolha. Neste caso, é impossível. Letra integral para mais essa pérola de Camille.
quinta-feira, outubro 18, 2012
Versos do Dia: You Don't Know My Mind (Hugh Laurie)
"(...) You made me get mad and you made me get sad
Going get tougher than you have ever had
Baby you don't know, you don't know my mind
When you see me laughing, I'm laughing just to keep from crying."
quarta-feira, outubro 17, 2012
Versos do dia: Quand je Marche (Camille)
"Quand je marche, je marche
quand je dors, je dors
quand je chante, je chante
je m'abandonne
Quand je marche, je marche droit
quand je chante, je chante nue
et quand j'aime, je n'aime que toi
quand j'y pense, je ne dors plus
Je suis ici
je suis dedans
je suis debout
je ne me moquerai plus de tout (...)"
sábado, outubro 06, 2012
Versos do dia: Uno (Muse)
"This means nothing to me
'Cause you are nothing to me
And it means nothing to me
That you blew this away
'Cause you could've been number one
If you only found the time
And you could've ruled the whole world
If you had the chance (...)"
quinta-feira, outubro 04, 2012
quarta-feira, outubro 03, 2012
Calvin e a teoria da auto-estima
(Calvin): Veja, Hobbes, nós não deveriamos precisar de elogios para nos sentirmos bem a respeito de nós mesmos. Auto-estima não deveria ser condicional.
(Calvin): É por isso que eu parei de fazer o dever de casa. Eu não preciso aprender coisas para gostar de mim mesmo. Eu estou bem do jeito que eu sou.
(Hobbes): Então o segredo da auto-estima é abaixar as suas expectativas até o ponto em que você já está?
(Calvin): Exato. Nós deveriamos nos orgulhar de nossa mediocridade.
(Calvin): Eu acho que esse boneco de neve está bom, e você?
(Hobbes): Lembre-me de investir em outros países.
terça-feira, outubro 02, 2012
Versos do dia: Had Me (Joss Stone)
You lost me
You're wasted
You cost me
I don't want you here messing with my mind
Spitting in my eyes and I still see
Tried to keep me down
I'm breaking free
I don't want no part in your next fix
Someone needs to tell you this is it
(...)
I've realized in time that my eyes are not blind
I've seen it before I'm taking back my life (...)"
Versos do dia (ou dos últimos dias!): Lucky day in Hell (Eels)
Why can't you see, it's me,
You know it's time to let me go...
This could be your lucky day...in hell,
Never know who it might be at your doorbell,
This could be your lucky day...in hell... in hell..."
------
Quando se está no inferno, o que mais se precisa é de ao menos um dia de sorte. Eu, pelo contrário, recentemente só tenho feito besteiras, uma atrás da outra, e estou louco para encontrar o meu dia de sorte no inferno.
sábado, setembro 29, 2012
quinta-feira, setembro 20, 2012
Pré-Estreia de "Un Plan Parfait"
Como o post anterior denunciou, ontem fui a pré-estreia do filme "Um Plano Perfeito" (Un Plan Parfait), no Cité Confluence em Lyon.
Eu não sabia da existência do filme até uma semana atrás, quando recebi o convite para a pré-estreia. E não aceitei o convite pelo filme em si, mas sim pela curiosidade de ver as entrevistas com o elenco que acontecem depois da sessão. Perder a oportunidade de ver Diane Kruger ao vivo é algo que não se faz.
Pois bem, o filme para minha surpresa é bom. Comédia romântica simples mas divertida. O enredo gira em torno de como uma mulher se vê apaixonada e em relacionamento estável com o homem de sua vida mas impedida de casar por conta de uma "maldição" que recai sob sua família, já que todas as mulheres acabam se divorciando do primeiro marido e só encontrando a felicidade no segundo casamento. Para não correr riscos, o personagem de Kruger decide casar e se separar de outra pessoa para poder viver eternamente com o seu amado... mas as coisas não são tão simples assim.
Depois do filme, os atores entraram na sala para atender aos questionamentos.
Apresentaram os produtores/roteiristas:
Responderam a pergunta "como se envolveram no projeto"
Repetiram, a pedidos, um trecho de uma cena de dança do filme:
E falaram sobre uma cena envolvendo um prato "típico" do Quênia:
Bem, o blog do Milra foi fazer a cobertura do lançamento do filme com a câmera/filmadora do celular em punho... que preparação! rsrs.. Mas achei no YouTube o vídeo abaixo que alguém filmou, em close, da resposta a respeito da Sopa, dá para enxergar melhor os atores:
Uma noite super interessante! E ela é de fato linda! Mas, ao final como sempre que acaba a imersão que o cinema proporciona, temos que voltar a realidade (como anotado no criativo cartaz de saída do cinema, abaixo).
Eu não sabia da existência do filme até uma semana atrás, quando recebi o convite para a pré-estreia. E não aceitei o convite pelo filme em si, mas sim pela curiosidade de ver as entrevistas com o elenco que acontecem depois da sessão. Perder a oportunidade de ver Diane Kruger ao vivo é algo que não se faz.
Pois bem, o filme para minha surpresa é bom. Comédia romântica simples mas divertida. O enredo gira em torno de como uma mulher se vê apaixonada e em relacionamento estável com o homem de sua vida mas impedida de casar por conta de uma "maldição" que recai sob sua família, já que todas as mulheres acabam se divorciando do primeiro marido e só encontrando a felicidade no segundo casamento. Para não correr riscos, o personagem de Kruger decide casar e se separar de outra pessoa para poder viver eternamente com o seu amado... mas as coisas não são tão simples assim.
Depois do filme, os atores entraram na sala para atender aos questionamentos.
Apresentaram os produtores/roteiristas:
Responderam a pergunta "como se envolveram no projeto"
Repetiram, a pedidos, um trecho de uma cena de dança do filme:
E falaram sobre uma cena envolvendo um prato "típico" do Quênia:
Bem, o blog do Milra foi fazer a cobertura do lançamento do filme com a câmera/filmadora do celular em punho... que preparação! rsrs.. Mas achei no YouTube o vídeo abaixo que alguém filmou, em close, da resposta a respeito da Sopa, dá para enxergar melhor os atores:
Uma noite super interessante! E ela é de fato linda! Mas, ao final como sempre que acaba a imersão que o cinema proporciona, temos que voltar a realidade (como anotado no criativo cartaz de saída do cinema, abaixo).
quarta-feira, setembro 19, 2012
Uma noite com a mulher mais bonita do mundo...
Como se não bastasse te dar direito a assistir (ou reassistir) quantos filmes você quiser pagando um valor fixo por mês, a carta de cinema UGC Illimité também nos permite assistir a todas as pré-estreias, sem necessidade de enfrentar filas! E o mais legal, para a maioria dos filmes franceses, a pré-estreia se dá na presença de membros do elenco ou do diretor do filme. Já assisti um filme na presença de Matthieu Kassovitz, "A Ordem e a Moral" sobre a crise na Nova-Caledônia no final dos anos 80.
Mas hoje a noite vou passar por um momento muito mais interessante, ainda que artisticamente menos relevante. Vou assistir a pré-estreia de "Um Plano Perfeito", com Danny Boon e Diane Kruger! Não só nas telas mas também estarão marcando presença na sala do cinema, para assistir ao filme conosco e participar de um debate ao fim.
Pois é, ela que foi escolhida para interpretar Helena de Troia, a mulher mais bonita do mundo...
Que pergunta será que devo fazer ao final da sessão!?
Mas hoje a noite vou passar por um momento muito mais interessante, ainda que artisticamente menos relevante. Vou assistir a pré-estreia de "Um Plano Perfeito", com Danny Boon e Diane Kruger! Não só nas telas mas também estarão marcando presença na sala do cinema, para assistir ao filme conosco e participar de um debate ao fim.
Pois é, ela que foi escolhida para interpretar Helena de Troia, a mulher mais bonita do mundo...
Que pergunta será que devo fazer ao final da sessão!?
terça-feira, setembro 18, 2012
Calvin lutando por sua auto-estima...
(Hobbes): Você não deveria estar fazendo seu dever de casa agora?
(Calvin): Eu parei de fazer dever de casa. É ruim para minha auto-estima.
(Hobbes): Ah é?
(Calvin): Claro! Dá a ideia de que eu não sei o suficiente! Toda aquela ênfase em respostas certas me faz sentir mal quando eu não as acerto.
(Calvin): Então ao invés de tentar aprender, eu estou concentrado em gostar de mim do jeito que eu sou.
(Hobbes): Sua auto-estima é aumentada por você permanecer ignorante?
(Calvin): Por favor, vamos chamar de "debilitado em informações".
----
E vale também substituindo-se "dever de casa" por "escrever uma tese". :-)
segunda-feira, setembro 17, 2012
Versos do Dia: Slide (Dido)
"...Staring at the same four walls
have you tried to help yourself?
The rings around your eyes, they don't hide
that you need to get some rest
It's alright to make mistakes
You're only human
Inside everybody's hiding something
Take time to catch your breath and choose your moment
Don't slide..."
----
Cada música encontra o momento certo de se mostrar...
sábado, setembro 15, 2012
Versos do dia: Cara-de-Pau (Renata Adegas)
quinta-feira, setembro 13, 2012
Versos do Dia: Declare Independence (Björk)
quarta-feira, setembro 12, 2012
Versos do dia: The Sky is Falling (Queens of the Stone Age)
"...For so long
I saw only wrong
But now to remind
Its a waste of time
Close your eyes and see the skies are falling..."
----
Hoje estou no espírito dessa música. Dessa raiva contida. Dessa energia acumulada. Desse apocalipse. Por tanto tempo eu vi só o que era errado. Mas agora, lembrar-se é uma perda de tempo. Feche os olhos e veja. Os Céus estão Desabando...
sábado, setembro 08, 2012
Calvin filosofando sobre recompensa instantânea
(Calvin): Se você perguntar para mim, Hobbes, eu te digo que toda essa noção de "gratificação instantânea" é um mito!
(Calvin): Eu nunca tenho o que eu quero quando eu quero! Eu sempre tenho que esperar!
(Calvin): Veja quanto tempo eu tive que esperar para ter 6 anos! Foi quase uma eternidade!
(Calvin): Quando vou poder dirigir? Quando vou poder ver aqueles filmes cheios de vísceras saindo para fora e com muita violência!? Por que tenho que esperar ficar mais velho?
(Calvin): As pessoas dizem que a vida é uma jornada. Mas eu estou cansado de perder o meu precioso tempo em trânsito. Eu digo, se quer descobrir onde a estrada vai dar, mude para a pista rápida e acelere fundo.
(Calvin): Poupe-me da paisagem e vamos ver para onde estamos indo! Eu sou um cara ocupado! Eu tenho muitos lugares para onde ir.
((tombaço))
(Calvin): Caramba, essa foi rápida!
sexta-feira, setembro 07, 2012
Versos do dia: Hold On (Alabama Shakes)
"...But, i don't wanna wait!
I don't wanna wait... So, bless my heart
Bless my mind..."
I don't wanna wait... So, bless my heart
Bless my mind..."
quarta-feira, setembro 05, 2012
Versos do dia: I Don't Know What to do With Myself (White Stripes)
"...I just don't know what to do with myself..."
terça-feira, setembro 04, 2012
Versos do Dia: Vai Saber? (Marisa Monte)
"...Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de mudar..."
Marisa Monte cantando letra de Adriana Calcanhotto, duas das mais geniais artistas brasileiras contemporâneas!
segunda-feira, setembro 03, 2012
Versos do Dia (da última sexta): 7paca
De volta da minha viagem russa... mais de uma semana na terra de Lênin, Stalin, Gorbachev, Gagarin, czares, Pussy Riot, Putin, espiões e tanta História.
Sexta-feira a noite fui a um concerto, em Moscou, do vocalista da banda moscovita 7paca (ou Sétima Raça). É claro que não entendi nenhuma palavra do que era cantado e, portanto, esse versos do dia ficará vazio de suas habituais letras. Mas gostei muito da música deles e foi empolgante ver a "russaiada" cantando junto, em êxtase, com o seu astro local. Me fez pensar no Brasil, onde também temos nossa cena musical forte e em que se canta em português com muito mais emoção e energia do que quando ouvimos canções em outros idiomas - principalmente, inglês - e nem sempre compreendemos as letras... E posso afirmar que em Moscou não saber outro idiomas é a regra.
Sexta-feira a noite fui a um concerto, em Moscou, do vocalista da banda moscovita 7paca (ou Sétima Raça). É claro que não entendi nenhuma palavra do que era cantado e, portanto, esse versos do dia ficará vazio de suas habituais letras. Mas gostei muito da música deles e foi empolgante ver a "russaiada" cantando junto, em êxtase, com o seu astro local. Me fez pensar no Brasil, onde também temos nossa cena musical forte e em que se canta em português com muito mais emoção e energia do que quando ouvimos canções em outros idiomas - principalmente, inglês - e nem sempre compreendemos as letras... E posso afirmar que em Moscou não saber outro idiomas é a regra.
sexta-feira, agosto 24, 2012
Versos do Dia: Mais Um Lamento (Céu)
Maria do Céu é divina! Talvez o show brasileiro - juntamente com Los Hermanos - que eu mais queira ver hoje em dia. Só hoje me dei conta de que ela jamais foi citada aqui no "Versos do Dia". Absurdo! Perdoe-me, Céu!
Para compensar meu erro e atraso, segue a letra completa de "Mais um Lamento"...
quisera desse jeito lembrar de outros tempos
só pra matar um pouco a saudade
mesmo assim querendo que você não ouça
meu grito aqui de longe
minha dor, meu lamento
...E três versões da música em vídeo, uma melhor do que a outra. Primeiro, cantando junto com a Mariana Aydar em um concerto no Ibirapuera:
Depois, o clipe oficial da música:
E finalizando com a melhore versão, com Paulinho Moska em bloco do programa Zoombido:
Para compensar meu erro e atraso, segue a letra completa de "Mais um Lamento"...
Vai ser difícil, vai
Encontrar um amor como o seu, ai
Como dói no meu peito
Seu gosto é bem do jeito que eu gosto
Bem do jeito, lamento
Que é só mais um lamento entre tantos já feitosEncontrar um amor como o seu, ai
Como dói no meu peito
Seu gosto é bem do jeito que eu gosto
Bem do jeito, lamento
quisera desse jeito lembrar de outros tempos
só pra matar um pouco a saudade
mesmo assim querendo que você não ouça
meu grito aqui de longe
minha dor, meu lamento
...E três versões da música em vídeo, uma melhor do que a outra. Primeiro, cantando junto com a Mariana Aydar em um concerto no Ibirapuera:
Depois, o clipe oficial da música:
E finalizando com a melhore versão, com Paulinho Moska em bloco do programa Zoombido:
Dilbert descrevendo o "Cemitério do Conhecimento"
(Chefe): O Ted pode explicar o que você precisa fazer antes da migração da plataforma.
(Dilbert): Não, ele não pode não...
(Dilbert): O cérebro do Ted é para onde o conhecimento vai antes de morrer.
(Dilbert): Ele não é bom em explicar as coisas.
(Dilbert): O conhecimento pode até estar lá no cérebro dele, mas está preso em uma armadilha.
(Dilbert): Infelizmente, a incompetência do Ted é tão inacreditável que você literalmente não acredita em mim.
(Dilbert): Na verdade, você vai achar que o Ted me explicou tudo certinho mas fui eu quem esqueceu tudo.
(Dilbert): Eu estou perdido antes mesmo de começar. O que acha de simplesmente declararmos o nosso fracasso e seguirmos em frente?
(Chefe): Por mim, tudo bem.
(Dilbert): Vitória parcial!!!
----
Esse comic é ainda mais engraçado para pessoas que, como eu, tem um amigo (e colega de trabalho) que se chama Ted. :-)
quinta-feira, agosto 23, 2012
Contraste Musical #2: Eu Sou Egoísta
Para começar, inexplicavelmente, voltei para uma fase Raul Seixas. Quem diria!?
O homem era controverso. Se envolveu com drogas pesadas e ocultismo. Pirou de vez em meados da década de 80 - a entrevista dele no Jô em que ele simplesmente não fala e fica olhando para a câmara por longos segundos é antológica. Até sua morte prematura no final da mesma década.
Mas é inegável, gostem ou não, que ele é um dos pioneiros do rock no Brasil. E ajudou muito a popularizar o gênero durante a década de 70, com suas letras lisérgicas e suas baladas cheias de temas tabu como adultério (A Maçã), sexo (O Rock das Aranhas) e drogas. Rock'n'roll em estado puro. O mais surpreendente é analisar o Raul lírico, aquele capaz de belas composições, ótimos arranjos e letras cheias de nuances.
Não é o caso da música que escolhi para essa segunda análise de contraste musical. O que me leva ao segundo personagem desse texto: Pitty. Eu gosto da cantora baiana - e não deve ter sido fácil ser rockeira na terra do axé. Ela tem uma carreira-solo que bombou no início dos anos 2000, com algumas ótimas canções, mas depois deu uma desaparecida, assim como todo o rock brasileiro. Ou eu deixei de acompanhar, não sei... Mas vi, por conta da fase Raul, o vídeo abaixo.
Pois é. Achei muito fraco. O arranjo não é pesado como ao princípio indicou que seria. Ficou entre uma homenagem e algo indefinido, um tanto sem jeito. E Pitty simplesmente não acerta. Não consegue passar a energia e, principalmente, o sarcasmo da versão original. Não ficou mais pesado, não ficou com uma identidade própria e, enfim, não disse a que veio.
A música em si tem uma letra com bons trechos, que até valeriam marcar presença no "Versos do Dia", tais como:
"...Enquanto eu provo sempre o vinagre e o vinho;
Eu quero é ter tentação no caminho
Pois o homem é o exercício que faz
Eu sei;
Sei que o mais puro gosto do mel
É apenas defeito do fel
E que a guerra é produto da paz
O que eu como a prato pleno
Bem pode ser o seu veneno
Mas como vai você saber... sem tentar?..."
Eis a versão origingal do eterno Raulzito:
O homem era controverso. Se envolveu com drogas pesadas e ocultismo. Pirou de vez em meados da década de 80 - a entrevista dele no Jô em que ele simplesmente não fala e fica olhando para a câmara por longos segundos é antológica. Até sua morte prematura no final da mesma década.
Mas é inegável, gostem ou não, que ele é um dos pioneiros do rock no Brasil. E ajudou muito a popularizar o gênero durante a década de 70, com suas letras lisérgicas e suas baladas cheias de temas tabu como adultério (A Maçã), sexo (O Rock das Aranhas) e drogas. Rock'n'roll em estado puro. O mais surpreendente é analisar o Raul lírico, aquele capaz de belas composições, ótimos arranjos e letras cheias de nuances.
Não é o caso da música que escolhi para essa segunda análise de contraste musical. O que me leva ao segundo personagem desse texto: Pitty. Eu gosto da cantora baiana - e não deve ter sido fácil ser rockeira na terra do axé. Ela tem uma carreira-solo que bombou no início dos anos 2000, com algumas ótimas canções, mas depois deu uma desaparecida, assim como todo o rock brasileiro. Ou eu deixei de acompanhar, não sei... Mas vi, por conta da fase Raul, o vídeo abaixo.
Pois é. Achei muito fraco. O arranjo não é pesado como ao princípio indicou que seria. Ficou entre uma homenagem e algo indefinido, um tanto sem jeito. E Pitty simplesmente não acerta. Não consegue passar a energia e, principalmente, o sarcasmo da versão original. Não ficou mais pesado, não ficou com uma identidade própria e, enfim, não disse a que veio.
A música em si tem uma letra com bons trechos, que até valeriam marcar presença no "Versos do Dia", tais como:
"...Enquanto eu provo sempre o vinagre e o vinho;
Eu quero é ter tentação no caminho
Pois o homem é o exercício que faz
Eu sei;
Sei que o mais puro gosto do mel
É apenas defeito do fel
E que a guerra é produto da paz
O que eu como a prato pleno
Bem pode ser o seu veneno
Mas como vai você saber... sem tentar?..."
Eis a versão origingal do eterno Raulzito:
terça-feira, agosto 21, 2012
Eis que uma nova paixão surge...
Uau!! Schweppes Mandarine (Tangerina) é MUITO BOM! Não achei que um dia diria isso, mas creio que a Fanta Uva perdeu o posto de melhor refrigerante do mundo! :-)
segunda-feira, agosto 20, 2012
Versos do Dia: Toca Raul (Aquela Coisa)
"Meu sofrimento é fruto do que me ensinaram a ser
Sendo obrigado a fazer tudo mesmo sem querer
Quando o passado morreu e você não enterrou
O sofrimento do vazio e da dor
Ficam ciúmes, preconceitos de amor
E então, e então?
É preciso você tentar
Mas é preciso você tentar
Talvez alguma coisa muito nova possa lhe acontecer
Minha cabeça só pensa aquilo que ela aprendeu
Por isso mesmo, eu não confio nela eu sou mais eu
Sim... pra ser feliz e olhar as coisas como elas são
Sem permitir da gente uma falsa conclusão
Seguir somente a voz do seu coração
E então, e então
E aquela coisa que eu sempre tanto procurei
É o verdadeiro sentido da vida
Abandonar o que aprendi parar de sofrer
Viver é ser feliz e nada mais..."
sábado, agosto 18, 2012
Contraste Musical: Fernandinha Takai x Zé Ramalho
Mais uma ideia maluca me passou pela cabeça. Vou criar uma nova seção neste blog dedicada a música, para complementar o ''Versos do Dia'', que tem por objetivo registrar trechos de músicas que marcaram um dia especial em minha vida.
A ideia por trás do Contraste Musical é auto-explicativa: realçar diferenças marcantes entre dois artistas. Seja estilo, seja qualidade, sejam características. Não é, porém, algo que se julga definitivo, mesmo que seja apenas minha opinião. Será, sim, minha opinião mas por vezes não sobre o artista em geral, mas sobre a visão de dois artistas sobre uma mesma música. Enfim, o que valerá será sempre o realce do contraste.
Para inaugurar, escolhi dois artistas que gosto muito: Fernanda Takai, vocalista do Pato Fu e agora também com carreira-solo sólida, e o grande Zé Ramalho, baluarte da música popular brasileira. E o contraste é: voz de trovão x voz das nuvens. Ele, dono de uma das vozes mais marcantes da MPB, extremamente grave e com uma assinatura vocal que faz com que saibamos que é ele quem canta já no primeira palavra cantada. Ela não fica atrás, mas do outro lado do espectro. Voz delicada, doce, suave.
E não há uma forma mais clara de se fazer isso do que exemplificando. Versão do Pato Fu para "Frevo Mulher", em apresentação ao vivo do show "Música de Brinquedo".
E aqui, registro da mesma canção pelo seu intérprete original.
A ideia por trás do Contraste Musical é auto-explicativa: realçar diferenças marcantes entre dois artistas. Seja estilo, seja qualidade, sejam características. Não é, porém, algo que se julga definitivo, mesmo que seja apenas minha opinião. Será, sim, minha opinião mas por vezes não sobre o artista em geral, mas sobre a visão de dois artistas sobre uma mesma música. Enfim, o que valerá será sempre o realce do contraste.
Para inaugurar, escolhi dois artistas que gosto muito: Fernanda Takai, vocalista do Pato Fu e agora também com carreira-solo sólida, e o grande Zé Ramalho, baluarte da música popular brasileira. E o contraste é: voz de trovão x voz das nuvens. Ele, dono de uma das vozes mais marcantes da MPB, extremamente grave e com uma assinatura vocal que faz com que saibamos que é ele quem canta já no primeira palavra cantada. Ela não fica atrás, mas do outro lado do espectro. Voz delicada, doce, suave.
E não há uma forma mais clara de se fazer isso do que exemplificando. Versão do Pato Fu para "Frevo Mulher", em apresentação ao vivo do show "Música de Brinquedo".
E aqui, registro da mesma canção pelo seu intérprete original.
quinta-feira, agosto 16, 2012
Versos do Dia: Understand (Joss Stone, why not?)
"I hope you'll understand
That I can't always come when you call
Understand everybody has their faults
Please understand not to worry who I'm with or what I do
Cause I understand that I'm in love with you
Do you understand that I'm in love with you..."
quarta-feira, agosto 15, 2012
Versos do dia: Teus Olhos
"...Acho que não vou mais
Agora tudo tanto faz,
meu bem
Eu vi você passar
Levando meu encanto
Caminho sem saber de mim
Eu vivo sem pensar
Se sou só
ou sou mar..."
terça-feira, agosto 14, 2012
Versos do Dia: Security (Joss Stone - mais uma vez!)
Acho que não é a toa que este ritmo é chamado soul. Joss Stone apareceu aqui nos meus últimos 3 versos do dia (e tem potencial para mais) pois canta sua alma e as vivências de cada um. Dores, desencontros, vontades, anseios. E cada alma pode encontrar seu espelho.
"A loss that would have thrown
A hole through anybody's soul
And you were only human after all
So don't hold back the tears my dear
Release them so your eyes can clear
I know that you will rise again
But you gotta let them fall
I wish that I could snap my fingers
Erase the past but no
You cannot rewind reality
Once the tape's unrolled..."
segunda-feira, agosto 13, 2012
Versos do Dia: Right to Be Wrong (Joss Stone)
"...I've got a right to be wrong
Got to sing my own song
I might be singing out of key
But it sure feels good to me..."
PS: Quando você ouvir, cante em primeira pessoa.
sábado, agosto 11, 2012
Guerreiras, parabéns!
Essas meninas me ensinaram muito sobre superação. O esporte ensina. O esporte emociona. Parabéns, equipe feminina brasileira bicampeã olímpica. Dani Lins, Sheilla, Thaisa, Jaqueline, Fernanda, Fabi, Fabiana! Vocês são demais!!
Post completo aqui.
Versos do Dia: Less is More (Joss Stone)
"...Less is more
Back it up slow it down let it breathe
Cause you too much of a good thing can be
Bad
See we don't wanna go out like that
Less is more
Pull it back, hold it down, chill it out
If you want me to still be around
Remember..."
Joss Stone é muito musa!
Joss Stone é muito musa!
sexta-feira, agosto 10, 2012
quinta-feira, agosto 09, 2012
Snoopy oferecendo o que pedem...
(Charlie Brown): Qual é o problema com você?
(Charlie Brown): Outros cachorros ficam pulando para cima e para baixo quando os seus donos chegam da escola...
(Charlie Brown): ...
(Charlie Brown): Esse é o saltar para cima e para baixo mais sarcástico que eu já vi!
(Charlie Brown): Outros cachorros ficam pulando para cima e para baixo quando os seus donos chegam da escola...
(Charlie Brown): ...
(Charlie Brown): Esse é o saltar para cima e para baixo mais sarcástico que eu já vi!
quarta-feira, agosto 08, 2012
Blog novo!
E não há de ver que decidi criar blog novo?
Pois é, aqui vou continuar postando sobre cultura pop em geral: quadrinhos, música, filmes! E para o novo blog (esfarelado.com) vou procurar desenvolver um pouco mais crônicas, refletir um pouco sobre essa experiência que é estar vivo, ter que tomar decisões mesmo vivendo em dúvidas.
Vamos ver quanto tempo as teias de aranha precisarão para se acumular.
Pois é, aqui vou continuar postando sobre cultura pop em geral: quadrinhos, música, filmes! E para o novo blog (esfarelado.com) vou procurar desenvolver um pouco mais crônicas, refletir um pouco sobre essa experiência que é estar vivo, ter que tomar decisões mesmo vivendo em dúvidas.
Vamos ver quanto tempo as teias de aranha precisarão para se acumular.
Dilbert e o esforço não reconhecido daquilo que não vemos
(Chefe): Eu briguei com o meu superior para conseguir um aumento para você mas eu perdi.
(Chefe): Eu estou sempre lutando por você por trás das cortinas.
(Alice): Você é um excelente chefe sempre que não se há testemunhas confiáveis.
(Chefe): Obrigado.
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Essa tirinha, como tantas outras que tenho publicado, além de divertida contém uma vontade subliminar muito mais profunda. Não é apenas no ambiente de trabalho que sentimos que, por vezes, palavras não condizem com ações ou, ainda mais relacionado com o tema da tirinha, notamos que os comportamentos são absolutamente diferentes quando a pessoa se sente não observada, sem a presença de testemunahas confiáveis.
terça-feira, agosto 07, 2012
Reflexões sobre uma manhã triste
Dia desses acordei e ouvi a seguinte pergunta em minha sonolenta cabeça: "Você está bem ai, não é mesmo?".
Em minha cabeça estar bem não é mal. Mas a frase soou quase que em um tom acusatório.
Mas, mudando um pouco de assunto, o que levam duas pessoas, no mundo de hoje, a ficarem juntas? É claro que a motivação para tanto não pode ser o fato de uma delas estar mal e nem o fato de a outra estar bem... isso seriam motivos não muito honestos para unir forças. Mas acontece.
Imaginem uma pessoa, adulta, dona de seu nariz, independente, profissionalmente estabelecida e com situação financeira estável. Além disso, mantém uma boa rede de amigos, uma vida social ativa e uma vida amorosa saudável, mas que não seja casada. O que falta a essa pessoa para que ela decida juntar as escovas de dentes com sua companheira(o)? E por que ela deveria fazer isso?
Na minha opinião, a explicação para alguém se casar (no sentido de passar a morar junto com seu companheiro e com ele dividir a experiência de viver) passa por um lado pelo desejo do permanente, do duradouro e, por outro, pelo conceito de família. É difícil pensar em filhos se não for para vê-los crescer, participar de cada pequeno momento desse crescimento e prepará-lo para a vida adulta da melhor maneira que formos capazes de fazer. Esse processo todo dura pelo menos 17 anos ou, principalmente nos dias de hoje, muito mais do que isso. E ainda que ter filhos não esteja nos planos do casal, apenas ter uma família para chamar de sua já é motivador o suficiente.
A explicação para alguém querer se casar passa também pelo amor. Ao menos nos países ocidentais, os casamentos tradicionais e arranjados entre as famílias são coisas do passado e hoje em dia casa-se quando assim deseja-se. Há ainda as exceções dos casamentos forçados por uma gravidez imprevista. O que ironicamente leva ao mesmo motivo que apresentei anteriormente, o de ter uma família, mas de uma maneira torta.
Amor e desejo de construir família não são, contudo, suficientes e nem necessários para que um casamento funcione. Explico. Há casamentos sem amor que funcionam, já que há respeito entre o casal e a relação é azeitada, sendo mais dinâmica, simples e até prazerosa para os dois viverem juntos do que seria separados. Claro que o significado exato do verbo "funcionar" na frase anterior pode ser questionado, visto que para muitos o "funcionar", neste contexto, deve passar pela existência do amor. Contudo, há também relacionamentos em que as duas pessoas se amam e até querem ficar juntas, mas que a rotina e as diferenças de personalidade podem fazer com que a vida a dois fique longe do conceito de paraíso.
A pergunta permanece. Por que duas pessoas deveriam ficar juntas para o resto das suas vidas? Essa escolha fecha tantas possibilidades quanto abre outras e como decidir qual dos dois caminhos é o melhor para se seguir?
Não tenho resposta para uma pergunta tão difícil mas o meu ponto aqui não é respondê-la. Minha vontade é apenas a de pontuar o quão complexo algo tão simples pode parecer e afirmar poucas coisas que julgo saber a respeito. (1) Esse tipo de decisão deve ser tomado quando estivermos bem com a gente mesmo. Só assim seremos honestos conosco quanto aos reais motivos de estarmos decidindo o que quer que seja e (2) por mais que racionalizar, pensar, entender, pesar cada pequeno detalhe sejam processos de extrema importância em busca do auto-conhecimento, esse tipo de decisão não é lógico. Devemos deixar a intuição, a nossa vontade nem sempre manifestada agir e ter um peso. Só assim não correremos o risco de vivermos absolutamente coerentes, mas manchados por arrependimentos e amarguras.
Um outro ponto é que eu começo a achar que os conceitos para os quais damos nomes, tal como amor e respeito pelo próximo, não querem, no fundo, dizer muita coisa, já que cada um interpreta essas palavras da maneira que julga melhor. É fácil dizer e ouvir "eu te amo" ou "eu sempre procurei te respeitar", mas o que isso quer realmente dizer?
Em minha cabeça estar bem não é mal. Mas a frase soou quase que em um tom acusatório.
Mas, mudando um pouco de assunto, o que levam duas pessoas, no mundo de hoje, a ficarem juntas? É claro que a motivação para tanto não pode ser o fato de uma delas estar mal e nem o fato de a outra estar bem... isso seriam motivos não muito honestos para unir forças. Mas acontece.
Imaginem uma pessoa, adulta, dona de seu nariz, independente, profissionalmente estabelecida e com situação financeira estável. Além disso, mantém uma boa rede de amigos, uma vida social ativa e uma vida amorosa saudável, mas que não seja casada. O que falta a essa pessoa para que ela decida juntar as escovas de dentes com sua companheira(o)? E por que ela deveria fazer isso?
Na minha opinião, a explicação para alguém se casar (no sentido de passar a morar junto com seu companheiro e com ele dividir a experiência de viver) passa por um lado pelo desejo do permanente, do duradouro e, por outro, pelo conceito de família. É difícil pensar em filhos se não for para vê-los crescer, participar de cada pequeno momento desse crescimento e prepará-lo para a vida adulta da melhor maneira que formos capazes de fazer. Esse processo todo dura pelo menos 17 anos ou, principalmente nos dias de hoje, muito mais do que isso. E ainda que ter filhos não esteja nos planos do casal, apenas ter uma família para chamar de sua já é motivador o suficiente.
A explicação para alguém querer se casar passa também pelo amor. Ao menos nos países ocidentais, os casamentos tradicionais e arranjados entre as famílias são coisas do passado e hoje em dia casa-se quando assim deseja-se. Há ainda as exceções dos casamentos forçados por uma gravidez imprevista. O que ironicamente leva ao mesmo motivo que apresentei anteriormente, o de ter uma família, mas de uma maneira torta.
Amor e desejo de construir família não são, contudo, suficientes e nem necessários para que um casamento funcione. Explico. Há casamentos sem amor que funcionam, já que há respeito entre o casal e a relação é azeitada, sendo mais dinâmica, simples e até prazerosa para os dois viverem juntos do que seria separados. Claro que o significado exato do verbo "funcionar" na frase anterior pode ser questionado, visto que para muitos o "funcionar", neste contexto, deve passar pela existência do amor. Contudo, há também relacionamentos em que as duas pessoas se amam e até querem ficar juntas, mas que a rotina e as diferenças de personalidade podem fazer com que a vida a dois fique longe do conceito de paraíso.
A pergunta permanece. Por que duas pessoas deveriam ficar juntas para o resto das suas vidas? Essa escolha fecha tantas possibilidades quanto abre outras e como decidir qual dos dois caminhos é o melhor para se seguir?
Não tenho resposta para uma pergunta tão difícil mas o meu ponto aqui não é respondê-la. Minha vontade é apenas a de pontuar o quão complexo algo tão simples pode parecer e afirmar poucas coisas que julgo saber a respeito. (1) Esse tipo de decisão deve ser tomado quando estivermos bem com a gente mesmo. Só assim seremos honestos conosco quanto aos reais motivos de estarmos decidindo o que quer que seja e (2) por mais que racionalizar, pensar, entender, pesar cada pequeno detalhe sejam processos de extrema importância em busca do auto-conhecimento, esse tipo de decisão não é lógico. Devemos deixar a intuição, a nossa vontade nem sempre manifestada agir e ter um peso. Só assim não correremos o risco de vivermos absolutamente coerentes, mas manchados por arrependimentos e amarguras.
Um outro ponto é que eu começo a achar que os conceitos para os quais damos nomes, tal como amor e respeito pelo próximo, não querem, no fundo, dizer muita coisa, já que cada um interpreta essas palavras da maneira que julga melhor. É fácil dizer e ouvir "eu te amo" ou "eu sempre procurei te respeitar", mas o que isso quer realmente dizer?
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