Espaço para postar opiniões e dicas sobre música, cinema, quadrinhos... enfim, cultura Pop!
sexta-feira, fevereiro 26, 2010
Calvin da Semana
- Quando eu crescer eu quero ser um inventor. Primeiramente, vou inventar uma máquina do tempo!
- Então, eu vou voltar para ontem.
- E me levar diretamente para amanhã.
- Assim eu posso pular essa anotação idiota.
segunda-feira, fevereiro 22, 2010
Versos do Dia
Jamie Cullum em Mind Trick:
"It's not just me who feels it
Music plays a mind trick"
PS: Com esse post, janeiro e fevereiro de 2010 já somam a mesma quantidade de posts que todo o ano de 2009 (que era recordista em quantidade de posts). Novos tempos, com certeza.
"It's not just me who feels it
Music plays a mind trick"
PS: Com esse post, janeiro e fevereiro de 2010 já somam a mesma quantidade de posts que todo o ano de 2009 (que era recordista em quantidade de posts). Novos tempos, com certeza.
domingo, fevereiro 21, 2010
Papai do Céu
Papai do Céu
Se o céu é a lousa do professor Deus
E os relâmpagos são o seu giz
Escreve o caos, arrepende-se e apaga rápido
Deus não gosta de escrever, gosta de nuvens de modelar.
Se o céu é a lousa do professor Deus
E os relâmpagos são o seu giz
Escreve o caos, arrepende-se e apaga rápido
Deus não gosta de escrever, gosta de nuvens de modelar.
Walk on Water
Agente da Mossad, serviço secreto israelense, é encarregado de sua primeira missão após o suicídio de sua esposa: servir de guia turístico para um jovem alemão que vem a Israel visitar sua irmã e descobrir o paradeiro do avô dos dois, nazista responsável por exterminar judeus durante a segunda guerra.
Se o século passado foi o palco das duas grandes guerras mundiais e o povo judeu ficou marcado pelo Holocausto, o papel inverso é desempenhado pelos alemães que até hoje tem que conviver com o peso da culpa que paira sobre si. E no novo século é evidente que o novo barril de pólvora étnico mundial é o oriente médio e a existência de um estado judeu e o eterno debate sobre a criação de um estado palestino.
Esse cenário histórico-cultural é o pano de fundo para a bela história do envolvimento do agente Eyal com os irmãos alemães Axel e Pia, que ainda apimenta um pouco a estória ao incluir elementos de homossexualismo e neo-nazismo. Com elementos como altruísmo, música, honestidade e paixão o jovem Axel aos poucos vai quebrando a rigidez e a insensibilidade de Eyal, ao mesmo tempo em que vai também entendendo melhor a dimensão do fardo que, com seu povo, tem que carregar.
E para caminhar sobre a água é preciso estar puro. Cotação: 4/5
sábado, fevereiro 20, 2010
Versos do Dia - Leonard Cohen
Gosto muito de poesia, tanto que já tentei escrever algumas (como a seção Para Todos Nós que me Habitamos não me deixa mentir). E ainda mais de música. Quando as coisas se unem, então, é matador. É por isso que gosto tanto de Arnaldo Antunes, Chico Buarque e Leonard Cohen, este o personagem de hoje dos versos do dia.
A pequena história que me traz a Leonard é ter visto, no Twitter, um tweet de um amigo de Campo Grande, o Leandro Eidi, dizendo que estava escutando Leonard Cohen antes de dormir e confessando que antes ele o odiava e que agora sentia uma gostosa nostalgia ao reouvi-lo. O bacana é que fui eu quem apresentou Leonard Cohen a ele - e lembro como ele de fato detestava - quando trabalhamos juntos, lá por 2004 ou 2005, na NDS.
Eu poderia escolher várias músicas para colocar como Verso Do Dia de hoje, em homenagem ao Leonard e ao Leandro. Suzanne e Master Song são ótimas. Hey, That's no Way to Say Goodbye e Avalanche não seriam más escolhas. Poderia também trazer um Cohen mais moderno, como o de The Future ou Waiting for the Miracle, que tem um tom apocalíptico.
Mas acabei por optar por "Stranger Song", que tem um diferencial especial de ter a palavra estranho logo no título da canção. Precisa mais? Nem me importo que nessa canção o sentido do termo seja "desconhecido", "estrangeiro" ou até "visitante", para mim o que vale é a sonoridade de "stranger".
Achei uma apresentação ao vivo (abaixo), datada de 1967, ano da própria canção e portanto um registro interessante.
A letra é um espetáculo e dialoga com "A Night In" do Tindersticks, já abordada no blog. É também kafkiana e fala de abandonos. Se fosse brasileira, teria que ser um samba sobre o malandro, seu violão e sua mulher. Com Cohen, aborda jogadores de pôquer, suas cartas na manga e a eterna predisposição para a aventura, o risco, a estrada e, é claro, sua mulher.
Os versos do dia são:
"
And then leaning on your window sill
he'll say one day you caused his will
to weaken with your love and warmth and shelter
And then taking from his wallet
an old schedule of trains, he'll say
I told you when I came I was a stranger
I told you when I came I was a stranger."
A letra completa em inglês segue abaixo para complementar (percebi que não pago nada a mais por colocar mais texto, esse blogger é uma pechincha).
"It's true that all the men you knew were dealers
who said they were through with dealing
Every time you gave them shelter
I know that kind of man
It's hard to hold the hand of anyone
who is reaching for the sky just to surrender
who is reaching for the sky just to surrender.
And then sweeping up the jokers that he left behind
you find he did not leave you very much not even laughter
Like any dealer he was watching for the card
that is so high and wild
he'll never need to deal another
He was just some Joseph looking for a manger
He was just some Joseph looking for a manger.
And then leaning on your window sill
he'll say one day you caused his will
to weaken with your love and warmth and shelter
And then taking from his wallet
an old schedule of trains, he'll say
I told you when I came I was a stranger
I told you when I came I was a stranger.
But now another stranger seems
to want you to ignore his dreams
as though they were the burden of some other
O you've seen that man before
his golden arm dispatching cards
but now it's rusted from the elbows to the finger
And he wants to trade the game he plays for shelter
Yes he wants to trade the game he knows for shelter.
Ah you hate to watch another tired man
lay down his hand
like he was giving up the holy game of poker
And while he talks his dreams to sleep
you notice there's a highway
that is curling up like smoke above his shoulder
and suddenly you feel a littlt older
You tell him to come in sit down
but something makes you turn around
The door is open you can't close your shelter
You try the handle of the road
It opens do not be afraid
It's you my love, you who are the stranger
It's you my love, you who are the stranger.
Well, I've been waiting, I was sure
we'd meet between the trains we're waiting for
I think it's time to board another
Please understand, I never had a secret chart
to get me to the heart of this
or any other matter
When he talks like this
you don't know what he's after
When he speaks like this,
you don't know what he's after.
Let's meet tomorrow if you choose
upon the shore, beneath the bridge
that they are building on some endless river
Then he leaves the platform
for the sleeping car that's warm
You realize, he's only advertising one more shelter
And it comes to you, he never was a stranger
And you say ok the bridge or someplace later.
And then sweeping up the jokers that he left behind ...
And leaning on your window sill ...
I told you when I came I was a stranger."
Uma tentativa de tradução seria:
É verdade
que todos os homens que você conheceu eram jogadores
Que diziam ter largado o jogo
A cada vez que você lhes deu abrigo
Eu conheço esse tipo de homem
É difícil segurar a mão de alguém
Que esteja estendida para o céu para se render
Que esteja estendida para o céu para se render
E então varrendo os coringas que ele deixara para trás
Você descobre que ele não te deixou muito
Nem mesmo uma risada
Como todo jogador ele estava de olho
nas cartas valiosas e arriscadas
Para que ele jamais precise jogar outra
Ele era apenas algum outro José procurando uma manjedoura
Ele era apenas algum outro José procurando uma manjedoura
E apoiando-se no peitoril da sua janela
Algum dia ele dirá que você é quem lhe causou desejo
Para enfraquecê-lo com seu amor, calor e abrigo
E em seguida tirando de sua carteira
Uma velha planilha de horários de trens, ele dirá
Eu lhe disse quando eu vim, que eu era um desconhecido
Eu lhe disse quando eu vim, que eu era um desconhecido
Mas agora parece que outro desconhecido
Quer que você ignore os sonhos dele
Como se eles fossem o fardo de algum outro
Oh, você já viu aquele homem antes
Seu braço dourado distribuindo as cartas
Mas agora está enferrujado do cotovelo ao dedo
E ele quer trocar o jogo que ele joga por abrigo
Sim ele quer trocar o jogo que ele conhece por abrigo
Ah você odeia ver outro homem cansado
Abaixar sua mão
Como se estivesse desistindo do santo jogo de pôquer
E enquanto ele conversa até por os seus sonhos para dormir
Você nota que há uma estrada
Que está se enrolando feito fumaça sobre o seu ombro
Está enrolando feito fumaça sobre o seu ombro
Você diz a ele para entrar e se sentar
Mas alguma coisa te faz virar
A porta está aberta você não consegue fechar seu abrigo
Você tenta a maçaneta da rua
Ela se abre, não tenha medo
É você meu amor, você que é o desconhecido
É você meu amor, você que é o desconhecido
Bem, eu estive esperando
Eu tinha certeza que nos encontraríamos
Entre os trens que estavamos aguardando
Já acho que é hora de subir a bordo de outro
Por favor entenda, eu nunca tive uma planilha secreta
Para me permitir penetrar no coração disto
Ou de qualquer outro assunto
Quando ele fala desse jeito
Você não sabe o que ele quer
Quando ele fala desse jeito
Você não sabe o que ele quer
Vamos nos encontrar amanhã, se preferir
Pela praia, embaixo da ponte
Que estão construindo em algum rio infinito
Em seguida, ele deixa a plataforma
Para o vagão-leito que está quentinho
Você percebe, que ele só está anunciando outro abrigo
E você percebe, ele nunca foi um desconhecido
E você diz ok, na ponte ou em algum lugar mais tarde
E então varrendo os coringas que ele deixara para trás
E apoiando-se no peitoril da sua janela...
Eu lhe falei quando eu vim, eu era um desconhecido"
A pequena história que me traz a Leonard é ter visto, no Twitter, um tweet de um amigo de Campo Grande, o Leandro Eidi, dizendo que estava escutando Leonard Cohen antes de dormir e confessando que antes ele o odiava e que agora sentia uma gostosa nostalgia ao reouvi-lo. O bacana é que fui eu quem apresentou Leonard Cohen a ele - e lembro como ele de fato detestava - quando trabalhamos juntos, lá por 2004 ou 2005, na NDS.
Eu poderia escolher várias músicas para colocar como Verso Do Dia de hoje, em homenagem ao Leonard e ao Leandro. Suzanne e Master Song são ótimas. Hey, That's no Way to Say Goodbye e Avalanche não seriam más escolhas. Poderia também trazer um Cohen mais moderno, como o de The Future ou Waiting for the Miracle, que tem um tom apocalíptico.
Mas acabei por optar por "Stranger Song", que tem um diferencial especial de ter a palavra estranho logo no título da canção. Precisa mais? Nem me importo que nessa canção o sentido do termo seja "desconhecido", "estrangeiro" ou até "visitante", para mim o que vale é a sonoridade de "stranger".
Achei uma apresentação ao vivo (abaixo), datada de 1967, ano da própria canção e portanto um registro interessante.
A letra é um espetáculo e dialoga com "A Night In" do Tindersticks, já abordada no blog. É também kafkiana e fala de abandonos. Se fosse brasileira, teria que ser um samba sobre o malandro, seu violão e sua mulher. Com Cohen, aborda jogadores de pôquer, suas cartas na manga e a eterna predisposição para a aventura, o risco, a estrada e, é claro, sua mulher.
Os versos do dia são:
"
And then leaning on your window sill
he'll say one day you caused his will
to weaken with your love and warmth and shelter
And then taking from his wallet
an old schedule of trains, he'll say
I told you when I came I was a stranger
I told you when I came I was a stranger."
A letra completa em inglês segue abaixo para complementar (percebi que não pago nada a mais por colocar mais texto, esse blogger é uma pechincha).
"It's true that all the men you knew were dealers
who said they were through with dealing
Every time you gave them shelter
I know that kind of man
It's hard to hold the hand of anyone
who is reaching for the sky just to surrender
who is reaching for the sky just to surrender.
And then sweeping up the jokers that he left behind
you find he did not leave you very much not even laughter
Like any dealer he was watching for the card
that is so high and wild
he'll never need to deal another
He was just some Joseph looking for a manger
He was just some Joseph looking for a manger.
And then leaning on your window sill
he'll say one day you caused his will
to weaken with your love and warmth and shelter
And then taking from his wallet
an old schedule of trains, he'll say
I told you when I came I was a stranger
I told you when I came I was a stranger.
But now another stranger seems
to want you to ignore his dreams
as though they were the burden of some other
O you've seen that man before
his golden arm dispatching cards
but now it's rusted from the elbows to the finger
And he wants to trade the game he plays for shelter
Yes he wants to trade the game he knows for shelter.
Ah you hate to watch another tired man
lay down his hand
like he was giving up the holy game of poker
And while he talks his dreams to sleep
you notice there's a highway
that is curling up like smoke above his shoulder
and suddenly you feel a littlt older
You tell him to come in sit down
but something makes you turn around
The door is open you can't close your shelter
You try the handle of the road
It opens do not be afraid
It's you my love, you who are the stranger
It's you my love, you who are the stranger.
Well, I've been waiting, I was sure
we'd meet between the trains we're waiting for
I think it's time to board another
Please understand, I never had a secret chart
to get me to the heart of this
or any other matter
When he talks like this
you don't know what he's after
When he speaks like this,
you don't know what he's after.
Let's meet tomorrow if you choose
upon the shore, beneath the bridge
that they are building on some endless river
Then he leaves the platform
for the sleeping car that's warm
You realize, he's only advertising one more shelter
And it comes to you, he never was a stranger
And you say ok the bridge or someplace later.
And then sweeping up the jokers that he left behind ...
And leaning on your window sill ...
I told you when I came I was a stranger."
Uma tentativa de tradução seria:
É verdade
que todos os homens que você conheceu eram jogadores
Que diziam ter largado o jogo
A cada vez que você lhes deu abrigo
Eu conheço esse tipo de homem
É difícil segurar a mão de alguém
Que esteja estendida para o céu para se render
Que esteja estendida para o céu para se render
E então varrendo os coringas que ele deixara para trás
Você descobre que ele não te deixou muito
Nem mesmo uma risada
Como todo jogador ele estava de olho
nas cartas valiosas e arriscadas
Para que ele jamais precise jogar outra
Ele era apenas algum outro José procurando uma manjedoura
Ele era apenas algum outro José procurando uma manjedoura
E apoiando-se no peitoril da sua janela
Algum dia ele dirá que você é quem lhe causou desejo
Para enfraquecê-lo com seu amor, calor e abrigo
E em seguida tirando de sua carteira
Uma velha planilha de horários de trens, ele dirá
Eu lhe disse quando eu vim, que eu era um desconhecido
Eu lhe disse quando eu vim, que eu era um desconhecido
Mas agora parece que outro desconhecido
Quer que você ignore os sonhos dele
Como se eles fossem o fardo de algum outro
Oh, você já viu aquele homem antes
Seu braço dourado distribuindo as cartas
Mas agora está enferrujado do cotovelo ao dedo
E ele quer trocar o jogo que ele joga por abrigo
Sim ele quer trocar o jogo que ele conhece por abrigo
Ah você odeia ver outro homem cansado
Abaixar sua mão
Como se estivesse desistindo do santo jogo de pôquer
E enquanto ele conversa até por os seus sonhos para dormir
Você nota que há uma estrada
Que está se enrolando feito fumaça sobre o seu ombro
Está enrolando feito fumaça sobre o seu ombro
Você diz a ele para entrar e se sentar
Mas alguma coisa te faz virar
A porta está aberta você não consegue fechar seu abrigo
Você tenta a maçaneta da rua
Ela se abre, não tenha medo
É você meu amor, você que é o desconhecido
É você meu amor, você que é o desconhecido
Bem, eu estive esperando
Eu tinha certeza que nos encontraríamos
Entre os trens que estavamos aguardando
Já acho que é hora de subir a bordo de outro
Por favor entenda, eu nunca tive uma planilha secreta
Para me permitir penetrar no coração disto
Ou de qualquer outro assunto
Quando ele fala desse jeito
Você não sabe o que ele quer
Quando ele fala desse jeito
Você não sabe o que ele quer
Vamos nos encontrar amanhã, se preferir
Pela praia, embaixo da ponte
Que estão construindo em algum rio infinito
Em seguida, ele deixa a plataforma
Para o vagão-leito que está quentinho
Você percebe, que ele só está anunciando outro abrigo
E você percebe, ele nunca foi um desconhecido
E você diz ok, na ponte ou em algum lugar mais tarde
E então varrendo os coringas que ele deixara para trás
E apoiando-se no peitoril da sua janela...
Eu lhe falei quando eu vim, eu era um desconhecido"
Calvin da semana
Adaptando para a realidade brasileira, sem neve:
"Capinando, capinando, capinando"
"Porquê não podemos ter um cortador de grama?? Nós devemos ser a única família no mundo que ainda capina com enxada, fazendo calos na mão! E que calor!!"
"Isso modela o caráter! Continue."
"Muito conveniente que enquanto eu modelo o meu caráter, ele economiza R$ 200".
quinta-feira, fevereiro 18, 2010
Versos do Dia
A estréia do mestre Arnaldo Antunes nessa seção. E que seja bem-vindo.
"Socorro!
Alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena, qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva"
"Socorro!
Alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena, qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva"
quarta-feira, fevereiro 17, 2010
Versos do Dia
Em homenagem a um bate-papo particularmente inspirador com a Nereida, prima que tenho há tempos e amiga que ganhei recentemente, segue os versos do dia, novamente com os habitués do blog, o pessoal do Teatro Mágico.
"Mas quando alguém te disser ta errado ou errada
Que não vai S na cebola e não vai S em feliz
Que o X pode ter som de Z e o CH pode ter som de X
Acredito que errado é aquele que fala correto e não vive o que diz"
Está mais na parte final da música, que segue em duas versões, uma com a letra - que é mesmo difícil de acompanhar...
e essa outra ao vivo, que é difícil de escutar...
"Mas quando alguém te disser ta errado ou errada
Que não vai S na cebola e não vai S em feliz
Que o X pode ter som de Z e o CH pode ter som de X
Acredito que errado é aquele que fala correto e não vive o que diz"
Está mais na parte final da música, que segue em duas versões, uma com a letra - que é mesmo difícil de acompanhar...
e essa outra ao vivo, que é difícil de escutar...
domingo, fevereiro 14, 2010
Calvin da semana
Não é segredo que Calvin é sensacional. Andei revendo algumas de suas tirinhas na internet e assinei um conteúdo que me enviará uma tirinha diária do garotinho de imaginação fértil. A melhor da semana, vou guardar aqui no meu blog.
"Calvin, o sol está brilhando!"
"zzzz"
"Deus ajuda quem cedo madruga!" (O passarinho madrugador é que pega a minhoca! **)
"Que belo incentivo!"
"Calvin, o sol está brilhando!"
"zzzz"
"Deus ajuda quem cedo madruga!" (O passarinho madrugador é que pega a minhoca! **)
"Que belo incentivo!"
Lance fantástico!!
O jogador de handebol Luc Abalo, da seleção francesa, fez um gol fantástico, colocando um efeito inimaginável na bola em um jogo pela semifinal do campeonato europeu 2010, contra a Islândia.
Versos do Dia (+ Teatro Mágico, +Pato Fu)
Essa semana ouvi muito "The Kooks" no trabalho e em casa, mas nada me chamou a atenção como, no trajeto entre um e outro, a bela cançào Prato do Dia do Teatro Mágico.
A música começa falando da relação entre o arroz e o feijão e comparando, de forma bastante lírica e singela, com uma relação romântica e à medida que a música avança, nos vemos imersos em seus versos, torcendo por esse romance que não sabemos mais ser o dos grãos ou o nosso.
Os versos são:
"Como arroz e feijão,
é feita de grão em grão
Nossa felicidade
Como feijão e arroz
que só se encontram depois de abandonar a embalagem
Mas como entender que os dois
Por serem feijão e arroz
Se encontram só de passagem
"
Caramba! É impressão minha ou também só encontramos os amores de nossas vidas após deixarmos as nossas embalagens!? A não ser em algum caso bizarro que envolva incesto e gêmeos!?!
E os versos seguintes, então, que podem ser encarados sobre nossa finitude, tema que como discutido no post sobre Lose Yourself, me fascina. Abaixo, uma apresentação ao vivo do Teatro Mágico cantando Prato do Dia e ao final da música, uma entrevista bem interessante sobre o projeto do grupo.
E por falar em boas canções, é inevitável trazer à baila o Pato Fu e seu "Prato do Dia"??
Vejam abaixo o início desta canção dos mineirinhos:
"Não é tão ruim assim
Não é de todo mau
Quando me corto sem querer
É bom pra me lembrar
Que todo esses sangue
Que vejo por aí
Está por aqui também
Está por aqui também
Moço, hoje eu vou querer
A comida mais estranha
A que menos se pareça comigo
Tô me sentindo meio janta hoje
Tô me sentindo meio arroz com feijão...
"
Se os dois pratos do dia não combinam, não sei o que dizer!
E o trecho inicial em toda a sua simplicidade e cantado na voz doce da Fernandinha são matadores. Não é de todo ruim quando me corto sem querer! Sempre alerta para não deixar "one shot, one opportunity" de lado! ;-)
A música começa falando da relação entre o arroz e o feijão e comparando, de forma bastante lírica e singela, com uma relação romântica e à medida que a música avança, nos vemos imersos em seus versos, torcendo por esse romance que não sabemos mais ser o dos grãos ou o nosso.
Os versos são:
"Como arroz e feijão,
é feita de grão em grão
Nossa felicidade
Como feijão e arroz
que só se encontram depois de abandonar a embalagem
Mas como entender que os dois
Por serem feijão e arroz
Se encontram só de passagem
"
Caramba! É impressão minha ou também só encontramos os amores de nossas vidas após deixarmos as nossas embalagens!? A não ser em algum caso bizarro que envolva incesto e gêmeos!?!
E os versos seguintes, então, que podem ser encarados sobre nossa finitude, tema que como discutido no post sobre Lose Yourself, me fascina. Abaixo, uma apresentação ao vivo do Teatro Mágico cantando Prato do Dia e ao final da música, uma entrevista bem interessante sobre o projeto do grupo.
E por falar em boas canções, é inevitável trazer à baila o Pato Fu e seu "Prato do Dia"??
Vejam abaixo o início desta canção dos mineirinhos:
"Não é tão ruim assim
Não é de todo mau
Quando me corto sem querer
É bom pra me lembrar
Que todo esses sangue
Que vejo por aí
Está por aqui também
Está por aqui também
Moço, hoje eu vou querer
A comida mais estranha
A que menos se pareça comigo
Tô me sentindo meio janta hoje
Tô me sentindo meio arroz com feijão...
"
Se os dois pratos do dia não combinam, não sei o que dizer!
E o trecho inicial em toda a sua simplicidade e cantado na voz doce da Fernandinha são matadores. Não é de todo ruim quando me corto sem querer! Sempre alerta para não deixar "one shot, one opportunity" de lado! ;-)
Eminem & Eric Clapton. One Chance/One Shot
Como eu havia dito no post sobre Stam (clique aqui), do Eminem, o filme 8 Mile tinha uma música matadora: Lose Yourself. Confira abaixo.
Já disse que o filme é bom, que a atuação do Eminem no papel dele mesmo é muito boa, mas aqui vou falar da essência do filme e também da canção: o bonde da vida.
Algo que sempre me faz pensar é a finitude da nossa vida e em qual a melhor maneira de conduzirmos esse nosso período vivos da melhor maneira. Como fazer as escolhas certas? Será que eu sou capaz de entender, de fato, os impactos futuros das decisões presentes?
Como é um tema recorrente de reflexão, a forma como estou me conduzindo na vida, gosto de ver o mesmo tema expresso de outras formas. 8 Mile leva essa questão a uma situação limite, em que a pessoa enxerga claramente o caminho mas percebe que ela só terá uma única chance. E quantas vezes não conseguimos ver que a chance até já passou, não é mesmo?
Os versos iniciais de Lose Yourself, trazem:
"Look, if you had one shot, one opportunity
To seize everything you ever wanted… one moment
Would you capture it or just let it slip?"
Uma única oportunidade? Você abraça ou deixa escapar?
E então segue falando da preparação e dificuldade de se apresentar em público, de toda a pressão do RAP e do ambiente do filme, nos combates de RAP, da necessidade de se perder na música para conseguir se entregar e atingir o objetivo. O refrão diz:
"You better lose yourself in the music, the moment
You own it, you better never let it go
You only get one shot, do not miss your chance to blow
This opportunity comes once in a lifetime"
E é isso. A entrega é a chave, você só tem uma chance, não a perca. Oportunidades surgem uma vez na vida!
E o que é que o Eric Clapton tem a ver com esse post? Pois é, ele não teve a mesma sorte que o Eminem em 8 Mile e teve sua chance, mas estragou tudo. Em sua ótima canção "One Chance" do álbum "Pilgrim", ele dialoga sem intenção com Lose Yourself, ao dizer:
"Without wishing to cause you any pain,
I got to push on through, babe,
And if I take the chance of seeing you again,
I just don't know what I would do, baby.
And sometimes I think I'm gonna be just fine;
All I got to do is go through it, babe.
Then I hear those voices in the back of my mind,
Telling me over and over and over that I blew it babe.
You had one chance and you blew it.
You may never get another chance.
You had the floor and you knew it.
You can't blame it on your circumstance."
Você teve sua chance... e a arruinou. Agora, você pode nunca ter outra chance, não adianta condenar as circunstâncias! É uma pena que eu não tenha encontrado "One Chance" no YouTube e nem em outro local da net para registrar aqui, mas é uma música que também vale muito a pena.
Já disse que o filme é bom, que a atuação do Eminem no papel dele mesmo é muito boa, mas aqui vou falar da essência do filme e também da canção: o bonde da vida.
Algo que sempre me faz pensar é a finitude da nossa vida e em qual a melhor maneira de conduzirmos esse nosso período vivos da melhor maneira. Como fazer as escolhas certas? Será que eu sou capaz de entender, de fato, os impactos futuros das decisões presentes?
Como é um tema recorrente de reflexão, a forma como estou me conduzindo na vida, gosto de ver o mesmo tema expresso de outras formas. 8 Mile leva essa questão a uma situação limite, em que a pessoa enxerga claramente o caminho mas percebe que ela só terá uma única chance. E quantas vezes não conseguimos ver que a chance até já passou, não é mesmo?
Os versos iniciais de Lose Yourself, trazem:
"Look, if you had one shot, one opportunity
To seize everything you ever wanted… one moment
Would you capture it or just let it slip?"
Uma única oportunidade? Você abraça ou deixa escapar?
E então segue falando da preparação e dificuldade de se apresentar em público, de toda a pressão do RAP e do ambiente do filme, nos combates de RAP, da necessidade de se perder na música para conseguir se entregar e atingir o objetivo. O refrão diz:
"You better lose yourself in the music, the moment
You own it, you better never let it go
You only get one shot, do not miss your chance to blow
This opportunity comes once in a lifetime"
E é isso. A entrega é a chave, você só tem uma chance, não a perca. Oportunidades surgem uma vez na vida!
E o que é que o Eric Clapton tem a ver com esse post? Pois é, ele não teve a mesma sorte que o Eminem em 8 Mile e teve sua chance, mas estragou tudo. Em sua ótima canção "One Chance" do álbum "Pilgrim", ele dialoga sem intenção com Lose Yourself, ao dizer:
"Without wishing to cause you any pain,
I got to push on through, babe,
And if I take the chance of seeing you again,
I just don't know what I would do, baby.
And sometimes I think I'm gonna be just fine;
All I got to do is go through it, babe.
Then I hear those voices in the back of my mind,
Telling me over and over and over that I blew it babe.
You had one chance and you blew it.
You may never get another chance.
You had the floor and you knew it.
You can't blame it on your circumstance."
Você teve sua chance... e a arruinou. Agora, você pode nunca ter outra chance, não adianta condenar as circunstâncias! É uma pena que eu não tenha encontrado "One Chance" no YouTube e nem em outro local da net para registrar aqui, mas é uma música que também vale muito a pena.
Simplesmente Feliz / Happy-Go-Lucky
Mais um filme assistido, o encantador Simplesmente Feliz ou, na versão original, Happy-Go-Lucky.
O filme narra alguns dias na vida de Poppy, uma professora do primário que tem uma maneira muito particular de encarar a vida, que o título brasileiro do filme captura bem, vivendo de maneira simples e buscando ser feliz. É uma personagem fascinante pois está sempre com um sorriso no rosto, com uma brincadeira para fazer e querendo contagiar a todos com sua espirituosidade. Não posso deixar de dizer que me identifico com essa faceta da moça. Principalmente nos casos em que suas piadas não são tão apropriadas mas, mesmo assim e na melhor das intenções, ela insiste em tentar fazer do mundo um lugar menos ranzinza.
A narrativa central da estória é o que confere à estória um toque de "algo mais", ao acompanhar Poppy em suas aulas de direção com o instrutor Scott, uma pessoa absolutamente racional e, de certa forma, amargurada.
Neste ponto, o texto de Mike Leigh, também diretor do filme, ganha uma camada adicional e passa a confrontar estilos de vida antagônicos e os impactos que eles trazem. É sintomático que a profissão de Scott seja a de um instrutor e que ele tenha desenvolvido um método absolutamente único e bem construído, envolvendo pirâmides e olhos mágicos, para cumprir seus objetivos. Tudo deve ter uma razão, um motivo. E quando não é possível enxergar claramente qual é esse motivo, teorias conspiratórias passam a ser a válvula de escape e vários dos diálogos de Scott beiram o irracional quando tentam racionalizar e dar sentido ao mundo em que vivemos. E há, é claro, ataques à avoada e desligada Poppy a ponto de nem sequer acreditar que ela possa tomar conta de crianças se ela mal consegue deixar de rir ao se aproximar de um cruzamento.
E nesse dilema entre dirigir e deixar-se levar temos um desfecho emocionante para esse relacionamento, ao mesmo tempo em que acompanhamos com interesse as relações mantidas por Polly com os demais personagens do filme: sua chefe que a convida para uma aula de flamenco, sua companheira de quarto com quem ela mora há mais de 10 anos e com quem já correu o mundo, suas irmãs e, é claro, um interesse romântico. E toda essa diversidade dá consistência à personagem, deixando claro que há riscos em sua forma de agir, tanto do ridículo quanto riscos físicos, de agressão, como na tensa cena do vagabundo. Mas Poppy e sua forma de ser crescem diante de nós e a estranheza inicial diante de seu comportamento um tanto absurdo vão dando lugar à sensação de que não há, ali, senão uma grande lição.
Cotação: 5/5
O filme narra alguns dias na vida de Poppy, uma professora do primário que tem uma maneira muito particular de encarar a vida, que o título brasileiro do filme captura bem, vivendo de maneira simples e buscando ser feliz. É uma personagem fascinante pois está sempre com um sorriso no rosto, com uma brincadeira para fazer e querendo contagiar a todos com sua espirituosidade. Não posso deixar de dizer que me identifico com essa faceta da moça. Principalmente nos casos em que suas piadas não são tão apropriadas mas, mesmo assim e na melhor das intenções, ela insiste em tentar fazer do mundo um lugar menos ranzinza.
A narrativa central da estória é o que confere à estória um toque de "algo mais", ao acompanhar Poppy em suas aulas de direção com o instrutor Scott, uma pessoa absolutamente racional e, de certa forma, amargurada.
Neste ponto, o texto de Mike Leigh, também diretor do filme, ganha uma camada adicional e passa a confrontar estilos de vida antagônicos e os impactos que eles trazem. É sintomático que a profissão de Scott seja a de um instrutor e que ele tenha desenvolvido um método absolutamente único e bem construído, envolvendo pirâmides e olhos mágicos, para cumprir seus objetivos. Tudo deve ter uma razão, um motivo. E quando não é possível enxergar claramente qual é esse motivo, teorias conspiratórias passam a ser a válvula de escape e vários dos diálogos de Scott beiram o irracional quando tentam racionalizar e dar sentido ao mundo em que vivemos. E há, é claro, ataques à avoada e desligada Poppy a ponto de nem sequer acreditar que ela possa tomar conta de crianças se ela mal consegue deixar de rir ao se aproximar de um cruzamento.
E nesse dilema entre dirigir e deixar-se levar temos um desfecho emocionante para esse relacionamento, ao mesmo tempo em que acompanhamos com interesse as relações mantidas por Polly com os demais personagens do filme: sua chefe que a convida para uma aula de flamenco, sua companheira de quarto com quem ela mora há mais de 10 anos e com quem já correu o mundo, suas irmãs e, é claro, um interesse romântico. E toda essa diversidade dá consistência à personagem, deixando claro que há riscos em sua forma de agir, tanto do ridículo quanto riscos físicos, de agressão, como na tensa cena do vagabundo. Mas Poppy e sua forma de ser crescem diante de nós e a estranheza inicial diante de seu comportamento um tanto absurdo vão dando lugar à sensação de que não há, ali, senão uma grande lição.
Cotação: 5/5
terça-feira, fevereiro 09, 2010
sábado, fevereiro 06, 2010
A Sombra do Vento
Essa semana eu terminei de ler A Sombra do Vento, livro do espanhol Carlos Ruiz Záfon. Tenho tido a sorte de ler bons livros ultimamente mas este em especial me ganhou. É um daqueles livros que você se envolve tanto com a estória que três sintomas acontecem: (1) você não quer parar de ler, (2) você se importa de verdade com os personagens e (3) quando acaba você fica triste, por saber que teve que se despedir daquele universo, daquelas pessoas.
O livro nos apresenta a Daniel Sempere, um menino órfão de mãe que mora com o pai em Barcelona e, certo dia, é levado para conhecer o Cemitério dos Livros Esquecidos. Neste local especial ele encontra e toma para si um livro misterioso, chamado "A Sombra do Vento" e a partir daí tenta descobrir mais sobre o seu autor, um misterioso Julián Carax, e o motivo que leva alguém a ter procurado e queimado todos os outros livros dele, fazendo com que o exemplar de Daniel seja o último livro deste autor de que se tem notícia. É uma trama com elementos fantásticos, muito bem escrita e que retrata paixões arrebatadoras, o difícil amadurecimento dos jovens (no que me lembrou Demian, de Herman Hesse, em certos momentos) no cenário da guerra civil espanhola.
Últimos oito...
Minha média de filmes assistidos por dia já chegou a absurdos 1 por dia, na época em que tínhamos uma locadora de vídeos, há tantos verões. Mas a minha média atual está beirando o absurdo de tão baixa.
Vejamos, desde o último post sobre cinema em que comentava sobre filmes assistidos data de 04 de outubro de 2009. De lá para cá já se passaram basicamente 4 meses e eu assisti 8 filmes, com a fantástica média de 2 por mês.
Recapitulando então, com breves comentários, as películas vistas desde então.
Amor Quase Perfeito ou Le Fate Ignoranti.
Dirigido por Ferzan Ozpertek, de origem turca, narra a estória de uma mulher que descobre que o seu marido o traía, mantendo uma vida paralela com outros amigos e o amante. Isso mesmo, O amante. Fugindo de convenções e com poucos estereótipos, é um filme tocante e a relação construída entre a mulher traída e o amante homossexual do marido falecido jamais soa artificial. O filme envolve e encanta, com várias rimas visuais e elementos narrativos que são retomados e ganham um novo sentido. Particularmente interessante as cenas cruzadas em que um visita a casa do outro pela primeira vez e vice-versa, em que as descobertas e as emoções que dali afloram ganham um significado maior e aproximam os dois mundos. Cotação: 5/5
2012
Dirigido por Roland Emerich (que é alemão), narra a estória da destruição da terra devido a movimentações de placas tectônicas e outros desastres naturais decorrentes disso. Vale apenas pelas cenas de destruição muito bem feitas em CGI, mas é tão inverossímil que até as boas referências religiosas que aparecem aqui e ali não salvam o filme da mediocridade. Cotação: 2/5
Anjos & Demônios
Dirigido por Ron Howard. Tom Hanks retoma o personagem de "O Código da Vinci" para a sequencia cinematográfica da série, já que os livros foram lançados em ordem inversa. Os Iluminatti ameaçam destruir o Vaticano e sequestram os principais candidatos à sucessão papal e Robert Langdon tenta desvendar as pistas e salvar o dia na bela cidade de Roma. Também ao contrário do que acontecia com o primeiro filme, aqui o filme é melhor do que o livro. O que não é difícil, já que o livro é uma aberração. Cotação: 3/5
Sempre ao Seu Lado (Hachiko)
Dirigido por Lasse Hallstrom (que é sueco), este filme narra a estória de um professor de música que encontra um cachorro em uma estação de trem e acaba por adotá-lo. Anos depois, o professor falece e o cachorro não consegue superar essa perda, indo todos os dias à mesma estação onde encontrou seu dono pela primeira vez e onde todos os dias o esperava voltar do trabalho. Belíssimo filme sobre fidelidade, adaptado de uma estória real ocorrida no Japão. Para quem gosta de cachorro então, é impossível conter as lágrimas. Cotação: 4/5.
Avatar
Dirigido pelo canadense James Cameron, o seu primeiro filme após o ex-campeão de bilheteria Titanic. Caramba, assistir Avatar em 3D foi uma experiência e tanto. A estória é envolvente e os efeitos são surpreendentes. Experimentar viver em um outro mundo, tão rico em detalhes. Imaginar-se conduzindo um outro ser apenas com seu pensamento, experimentando as sensações e podendo reconstruir sua vida é um elemento forte - o que é ainda mais forte se você é paraplégico e pode voltar a andar. A trama ecológica e anti-bélica tem de fato muitos paralelos com Pocahontas (como comentado aqui e aqui), Dança com Lobos e outros filmes, mas o resultado final continua sendo surpreendente, envolvente e fascinante. Cotação: 5/5
Bastardos Inglórios
Dirigido por Quentin Tarantino, o filme tem altos e baixos, certas coisas parecem meio deslocadas (como a apresentação rocambolesca de certo personagem) mas, na média, é Tarantino fazendo o que faz melhor: muita violência, humor, ótimos diálogos e uma estória de vingança. Também é legal ver um filme que não se preocupa nem um pouco com a verdade histórica, criando um painel fictício sobre o desfecho da 2a. guerra, ao sugerir que um grupo de judeus americanos infiltrou-se na França ocupada pelos nazistas para escalpelar o maior número possível de alemães. Mas, a meu ver, essa trama é totalmente secundária e o que importa mesmo é Shosanna e o Cel. Landa, que elevam o filme bem acima da média. A cena inicial é muito tensa e muito bem interpretada e dirigida. Cotação: 4/5
Invicto
Dirigido por Clint Eastwood, narra o envolvimento de Nelson Mandela, recém-eleito presidente da África do Sul e com a missão de unificar uma pátria fragmentada pelo Apartheid, com o time nacional de rugbi que estava prestes a disputar uma Copa do Mundo. Bom filme, boa atuação de Morgan Freeman no papel principal, mas com uma direção meio esquisita do Eastwood, tentando criar em certas cenas uma tensão desnecessária para a estória que ele queria contar. Além de ser um tanto simplista em várias das soluções apresentadas. Mas a estória envolve e é legal ver um tema tão caro aos americanos (nacionalismo) com outras cores - ainda que seja um produto "made in america". Cotação: 3/5
Histórias de Cozinha (Kitchen Stories)
Dirigido pelo noruegues Bent Hamer, narra a estória de um pesquisador de uma companhia sueca que cataloga os hábitos das pessoas na cozinha para aprimorar produtos e serviços. O trabalho da pessoa é sentar-se em uma poltrona localizada no alto de uma escada e anotar o uso que a pessoa faz de sua cozinha e a nova pesquisa é focada em homens solteiros e a estória gira em torno da relação construída entre um pesquisador e o seu "hospedeiro", no linguajar técnico utilizado no filme. Até que ponto é possível racionalizar sentimentos e o nosso conhecimento sobre as pessoas e seus hábitos? Até que ponto a interação é necessária para se conhecer de fato uma pessoa? Observar, apenas, é suficiente? Afinal, uma coisa observada se comporta da mesma forma caso não estivesse sendo observada?
O filme tem um humor ácido, personagens divertidos e os dois personagens principais constrõem, de fato, uma relação especial e fraterna, ao despertar a curiosidade mútua. Cotação: 3/5
Vejamos, desde o último post sobre cinema em que comentava sobre filmes assistidos data de 04 de outubro de 2009. De lá para cá já se passaram basicamente 4 meses e eu assisti 8 filmes, com a fantástica média de 2 por mês.
Recapitulando então, com breves comentários, as películas vistas desde então.
Amor Quase Perfeito ou Le Fate Ignoranti.
Dirigido por Ferzan Ozpertek, de origem turca, narra a estória de uma mulher que descobre que o seu marido o traía, mantendo uma vida paralela com outros amigos e o amante. Isso mesmo, O amante. Fugindo de convenções e com poucos estereótipos, é um filme tocante e a relação construída entre a mulher traída e o amante homossexual do marido falecido jamais soa artificial. O filme envolve e encanta, com várias rimas visuais e elementos narrativos que são retomados e ganham um novo sentido. Particularmente interessante as cenas cruzadas em que um visita a casa do outro pela primeira vez e vice-versa, em que as descobertas e as emoções que dali afloram ganham um significado maior e aproximam os dois mundos. Cotação: 5/5
2012
Dirigido por Roland Emerich (que é alemão), narra a estória da destruição da terra devido a movimentações de placas tectônicas e outros desastres naturais decorrentes disso. Vale apenas pelas cenas de destruição muito bem feitas em CGI, mas é tão inverossímil que até as boas referências religiosas que aparecem aqui e ali não salvam o filme da mediocridade. Cotação: 2/5
Anjos & Demônios
Dirigido por Ron Howard. Tom Hanks retoma o personagem de "O Código da Vinci" para a sequencia cinematográfica da série, já que os livros foram lançados em ordem inversa. Os Iluminatti ameaçam destruir o Vaticano e sequestram os principais candidatos à sucessão papal e Robert Langdon tenta desvendar as pistas e salvar o dia na bela cidade de Roma. Também ao contrário do que acontecia com o primeiro filme, aqui o filme é melhor do que o livro. O que não é difícil, já que o livro é uma aberração. Cotação: 3/5
Sempre ao Seu Lado (Hachiko)
Dirigido por Lasse Hallstrom (que é sueco), este filme narra a estória de um professor de música que encontra um cachorro em uma estação de trem e acaba por adotá-lo. Anos depois, o professor falece e o cachorro não consegue superar essa perda, indo todos os dias à mesma estação onde encontrou seu dono pela primeira vez e onde todos os dias o esperava voltar do trabalho. Belíssimo filme sobre fidelidade, adaptado de uma estória real ocorrida no Japão. Para quem gosta de cachorro então, é impossível conter as lágrimas. Cotação: 4/5.
Avatar
Dirigido pelo canadense James Cameron, o seu primeiro filme após o ex-campeão de bilheteria Titanic. Caramba, assistir Avatar em 3D foi uma experiência e tanto. A estória é envolvente e os efeitos são surpreendentes. Experimentar viver em um outro mundo, tão rico em detalhes. Imaginar-se conduzindo um outro ser apenas com seu pensamento, experimentando as sensações e podendo reconstruir sua vida é um elemento forte - o que é ainda mais forte se você é paraplégico e pode voltar a andar. A trama ecológica e anti-bélica tem de fato muitos paralelos com Pocahontas (como comentado aqui e aqui), Dança com Lobos e outros filmes, mas o resultado final continua sendo surpreendente, envolvente e fascinante. Cotação: 5/5
Bastardos Inglórios
Dirigido por Quentin Tarantino, o filme tem altos e baixos, certas coisas parecem meio deslocadas (como a apresentação rocambolesca de certo personagem) mas, na média, é Tarantino fazendo o que faz melhor: muita violência, humor, ótimos diálogos e uma estória de vingança. Também é legal ver um filme que não se preocupa nem um pouco com a verdade histórica, criando um painel fictício sobre o desfecho da 2a. guerra, ao sugerir que um grupo de judeus americanos infiltrou-se na França ocupada pelos nazistas para escalpelar o maior número possível de alemães. Mas, a meu ver, essa trama é totalmente secundária e o que importa mesmo é Shosanna e o Cel. Landa, que elevam o filme bem acima da média. A cena inicial é muito tensa e muito bem interpretada e dirigida. Cotação: 4/5
Invicto
Dirigido por Clint Eastwood, narra o envolvimento de Nelson Mandela, recém-eleito presidente da África do Sul e com a missão de unificar uma pátria fragmentada pelo Apartheid, com o time nacional de rugbi que estava prestes a disputar uma Copa do Mundo. Bom filme, boa atuação de Morgan Freeman no papel principal, mas com uma direção meio esquisita do Eastwood, tentando criar em certas cenas uma tensão desnecessária para a estória que ele queria contar. Além de ser um tanto simplista em várias das soluções apresentadas. Mas a estória envolve e é legal ver um tema tão caro aos americanos (nacionalismo) com outras cores - ainda que seja um produto "made in america". Cotação: 3/5
Histórias de Cozinha (Kitchen Stories)
Dirigido pelo noruegues Bent Hamer, narra a estória de um pesquisador de uma companhia sueca que cataloga os hábitos das pessoas na cozinha para aprimorar produtos e serviços. O trabalho da pessoa é sentar-se em uma poltrona localizada no alto de uma escada e anotar o uso que a pessoa faz de sua cozinha e a nova pesquisa é focada em homens solteiros e a estória gira em torno da relação construída entre um pesquisador e o seu "hospedeiro", no linguajar técnico utilizado no filme. Até que ponto é possível racionalizar sentimentos e o nosso conhecimento sobre as pessoas e seus hábitos? Até que ponto a interação é necessária para se conhecer de fato uma pessoa? Observar, apenas, é suficiente? Afinal, uma coisa observada se comporta da mesma forma caso não estivesse sendo observada?
O filme tem um humor ácido, personagens divertidos e os dois personagens principais constrõem, de fato, uma relação especial e fraterna, ao despertar a curiosidade mútua. Cotação: 3/5
Versos do Dia
Eu não sou fã de rap. Na verdade, acho um gênero difícil de ouvir. Mas há exceções.
O que me traz ao Eminem que é o único autor de rap que eu ouço com alguma frequencia. Isso começou quando ele lançou um filme, 8 Miles, que é muito muito bom. E que tinha uma música matadora que chegou a concorrer (e ganhar) o Oscar de canção daquele ano. O ambiente e o enredo do filme era todo permeado por rappers e suas competições de rap, em que há um combate de versos em que você canta e tenta deixar o adversário sem resposta (como os repentes brasileiros) e a tentativa de um branco de entrar nesse mundo - que é predominamentemente dominado por negros. É quase que uma biografia do próprio Eminem, exceto pelo fato do personagem dele, no filme, ser um coitado, com uma mãe alcóolatra e um trabalho miserável, tentando se posicionar na vida. Bom filme, boa música, capturou minha atenção e fez com que eu tivesse dois ou três álbuns do Eminem em minha playlist.
E hoje eu ouvi uma música, que eu já conhecia, mas que me chamou a atenção por ser uma música epistolar, de troca de cartas entre um fã e um artista. É uma música sobre carência e sobre estrelato, sobre essa relação confusa, sobre violência, sobre falta de rumos. E Eminem fala muito sobre si mesmo e sua vida em suas músicas, sob a alcunha de Slim Shaddy, sua persona nas canções.
Uma coisa que me incomoda no rap (hip-hop) é o fato de as suas batidas serem, via de regra, "emprestadas" de outras canções, os famosos samplers. Como o acrônimo é de "ritmo e poesia" (rhythm and poetry-rap) a música que acompanha não pode chamar muito atenção, então o recurso comum é colocar uma batida em loop, com uma certa frequencia/velocidade que facilite a canção.
Mas, no caso de Eminem, essa regra é também subvertida e, muitas vezes ele tem bons arranjos ou então empresta trechos inteiros de canções, com suas letras inclusive. Os versos do dia de hoje vem de uma música cujo refrão inteiro é emprestado de uma música da Dido (que canta na versão original) e que o Elton John interpretou na entrega do Grammy. Os dois clipes abaixo mostram as duas versões.
Para finalizar sobre o Eminem, vale dizer que ele recebeu um elogio que, para mim, diz muito sobre o seu talento. Daniel Day Lewis, o grande, disse que se preparava para entrar em cena, nas filmagens de Gangues de Nova York, ouvindo Eminem, pois transmitia toda a angústia e raiva do personagem. Caramba, não é para qualquer um.
Enimem: Stan.
Clipe oficial com a Dido.
Ao vivo, no Grammy, com o Elton John.
Versos do dia:
"He wants to be just like you man, he likes you more than I do
I ain't that mad though, I just don't like bein lied to
Remember when we met in Denver - you said if I'd write you
you would write back - see I'm just like you in a way
I never knew my father neither;
he used to always cheat on my mom and beat her
I can relate to what you're saying in your songs
so when I have a shitty day, I drift away and put 'em on"
O que, em uma tradução livre e porca, seria:
"Ele quer ser como você, ele gosta de você até mais do que eu
Mas eu não estou chateado, só não gosto que mintam para mim
Lembra-se quando nos encontramos em Denver, você disse que se eu te escrevesse
você escreveria de volta - veja eu sou como você
eu também nunca conheci meu pai
ele costumava trair minha mãe e bater nela
eu consigo relacionar isso ao que você diz nas suas canções
então, quanto tenho um péssimo dia, eu vou por aí e as coloco para tocar"
Essa é a segunda carta citada na música, em que o fã já estão definitivamente irritado com a falta de respostas. Essa música é meio cinematográfica e vale a pena conhecer a estória que ela narra, é legal.
PS: Uma coisa muito forte nos artistas de rap é a improvisão. Reparem como vários versos mudam entre a versão oficial e a versão ao vivo, mas mantendo o seu sentido original. E se procurarem a letra da música na internet vão encontrar várias versões e talvez nenhuma bata exatamente com o que está sendo cantado.
O que me traz ao Eminem que é o único autor de rap que eu ouço com alguma frequencia. Isso começou quando ele lançou um filme, 8 Miles, que é muito muito bom. E que tinha uma música matadora que chegou a concorrer (e ganhar) o Oscar de canção daquele ano. O ambiente e o enredo do filme era todo permeado por rappers e suas competições de rap, em que há um combate de versos em que você canta e tenta deixar o adversário sem resposta (como os repentes brasileiros) e a tentativa de um branco de entrar nesse mundo - que é predominamentemente dominado por negros. É quase que uma biografia do próprio Eminem, exceto pelo fato do personagem dele, no filme, ser um coitado, com uma mãe alcóolatra e um trabalho miserável, tentando se posicionar na vida. Bom filme, boa música, capturou minha atenção e fez com que eu tivesse dois ou três álbuns do Eminem em minha playlist.
E hoje eu ouvi uma música, que eu já conhecia, mas que me chamou a atenção por ser uma música epistolar, de troca de cartas entre um fã e um artista. É uma música sobre carência e sobre estrelato, sobre essa relação confusa, sobre violência, sobre falta de rumos. E Eminem fala muito sobre si mesmo e sua vida em suas músicas, sob a alcunha de Slim Shaddy, sua persona nas canções.
Uma coisa que me incomoda no rap (hip-hop) é o fato de as suas batidas serem, via de regra, "emprestadas" de outras canções, os famosos samplers. Como o acrônimo é de "ritmo e poesia" (rhythm and poetry-rap) a música que acompanha não pode chamar muito atenção, então o recurso comum é colocar uma batida em loop, com uma certa frequencia/velocidade que facilite a canção.
Mas, no caso de Eminem, essa regra é também subvertida e, muitas vezes ele tem bons arranjos ou então empresta trechos inteiros de canções, com suas letras inclusive. Os versos do dia de hoje vem de uma música cujo refrão inteiro é emprestado de uma música da Dido (que canta na versão original) e que o Elton John interpretou na entrega do Grammy. Os dois clipes abaixo mostram as duas versões.
Para finalizar sobre o Eminem, vale dizer que ele recebeu um elogio que, para mim, diz muito sobre o seu talento. Daniel Day Lewis, o grande, disse que se preparava para entrar em cena, nas filmagens de Gangues de Nova York, ouvindo Eminem, pois transmitia toda a angústia e raiva do personagem. Caramba, não é para qualquer um.
Enimem: Stan.
Clipe oficial com a Dido.
Ao vivo, no Grammy, com o Elton John.
Versos do dia:
"He wants to be just like you man, he likes you more than I do
I ain't that mad though, I just don't like bein lied to
Remember when we met in Denver - you said if I'd write you
you would write back - see I'm just like you in a way
I never knew my father neither;
he used to always cheat on my mom and beat her
I can relate to what you're saying in your songs
so when I have a shitty day, I drift away and put 'em on"
O que, em uma tradução livre e porca, seria:
"Ele quer ser como você, ele gosta de você até mais do que eu
Mas eu não estou chateado, só não gosto que mintam para mim
Lembra-se quando nos encontramos em Denver, você disse que se eu te escrevesse
você escreveria de volta - veja eu sou como você
eu também nunca conheci meu pai
ele costumava trair minha mãe e bater nela
eu consigo relacionar isso ao que você diz nas suas canções
então, quanto tenho um péssimo dia, eu vou por aí e as coloco para tocar"
Essa é a segunda carta citada na música, em que o fã já estão definitivamente irritado com a falta de respostas. Essa música é meio cinematográfica e vale a pena conhecer a estória que ela narra, é legal.
PS: Uma coisa muito forte nos artistas de rap é a improvisão. Reparem como vários versos mudam entre a versão oficial e a versão ao vivo, mas mantendo o seu sentido original. E se procurarem a letra da música na internet vão encontrar várias versões e talvez nenhuma bata exatamente com o que está sendo cantado.
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