Eu não vou ao cinema apenas para assistir os filmes de meus diretores favoritos ou de atores que aprecio. Não, eu vou até para assistir a filmes que eu, antecipadamente, sei que provavelmente nem vou gostar.
Nessa minha nova fase de consumo das artes em que inverti as prioridades de cinema e música, nada mais natural que também passar a ir assistir concertos de bandas que desconheço, dando-me assim a possibilidade do prazer da surpresa.
Hoje fui assistir Lilly Wood & The Prick, ao vivo! Só por desencargo de consciência, algumas horas antes de ir ao local do show eu ouvi umas duas ou três músicas da banda... só para ter uma ideia do que me aguardava. Quase como que assistir ao trailer do filme, poucas horas antes de ir para a sessão.
E foi de fato uma surpresa. Agradável surpresa. Pude constatar o poder da música ao vivo. A banda possui energia no palco para defender suas composições. Gostei muito mais ouvindo-os ao vivo do que antes, confirmando o que o meu amigo Alexandre uma vez me falou: Música foi feita para ser ouvida ao vivo.
Um trechinho de "Long Way Back" para registrar os meus versos do dia:
"...And why is it that everybody thinks we're gone be alright
And we're playing all day all, day and all night
It's a long way back..."
Concertos menores permitem também uma interação maior com o público. Salas menores permitem uma vibração e uma alegria mais contagiantes do que multidões em estádios. É um intimismo repleto de entrega, por parte tanto do artista quanto do público. E a satisfação da banda ao ver as pessoas cantando uma música ou outra ou interagindo com palmas e assovios era bonito de se ver. Músicos fazendo música diante de um público que foi lá para apreciar, e não por hype.
A banda francesa que tem vocalista israelense e canta em inglês faz um pop/rock básico mas não grudento. É alegre e consegue entreter muito bem durante a uma hora e meia de um concerto. Não só de clássicos se faz a arte, há também espaço para entretenimento, leveza e simplicidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário