sábado, janeiro 30, 2010

Versos do Dia - edição excepcional

Tá bom, eu sei que eu já publiquei um "Versos do Dia" hoje, mas é que eu me lembrei que faz umas duas semanas eu ouvi essa música do Elefant no celular e, como estava indo para a prefeitura e de bicicleta, eu acabei não conseguindo identificar quem era. Eu lembrava apenas de alguns versos como:

"tell me your name, tell me your story, 'cause I'm in to it"

Que eu achei o máximo! E essa abertura para as pessoas torna a vida mais interessante, aumenta as possibilidades, expande as alternativas. Nem sempre é fácil ser tão generoso, temos (?) uma tendência para o egoísmo, mas isso é outra estória. O fato é que eu não consegui identificar e depois procurei no Google os versos acima, com variações, e nada de achar.

Fiquei intrigado, mas passou. Até que outro dia, pá! Caiu de novo nessa música e, por coincidência, estava novamente na bicicleta. Desta vez, parei e olhei ao menos o nome da música - já que o celular não mostra, no player, mais detalhes. Descobri tratar-se de "Misfit" e, depois, consegui descobrir o restante (banda/letra). Segue abaixo clip da boa música do Elefant, que também tem "The Clown", "Sirens" e "Brazil" entre suas boas músicas.



PS: No fundo, a letra não é exatamente como eu ouvia, mas o conceito fica. rsrsrs

Versos originais:

Tell me your name, tell me a story
Cause I'm into it, runnin' through life like a misfit

And I kept on driving
I will start again

Versos do Dia

Essa semana só ouvi Joss Stone. Os dois álbuns que eu tenho (Mind Body & Soul e Introducing Joss Stone) são muito bons, blues e jazz com personalidade e bons trocadilhos nas letras, como inclusive no nome do primeiro álbum, ótimos arranjos nas músicas e a voz poderosa da senhorita Pedra.

Mas, de todas as 28 músicas, nenhuma me marcou mais que "Right to be Wrong", que segue abaixo com uma legenda tosquinha. O clipe original estava com incorporação proibida no YouTube.



E, para marcar bem essa seção do blog, ai vão também os versos:

"
I've got a right to be wrong
My mistakes will make me strong

I'm flesh and blood to the bone
I'm not made of stone (trocadilho bacana com o nome artístico dela!)

I've got a right to be wrong
I've been held down too long

I've got to break free
So I can finally breath

I've got a right to be wrong
Got to sing my own song

Got a right to be wrong
So just leave me alone
"

domingo, janeiro 24, 2010

...Repete-se e repete-se e repete-se e repete-se...

Notas sobre a vida e as pessoas que vivem

Como seriam as coisas sem frescor?
Eternamente a mesma vida, a mesma cor.
Imaginem repetir-se indefinidamente, sem furor,
Lentamente até atingirmos o passo anterior.

Agora e finalmente quando podemos encerrar
Aquilo que iniciamos começando novamente pelo fim.
Justo agora e finalmente quando podemos iniciar
Aquilo que finalizamos concluindo novamente pelo início.

sábado, janeiro 23, 2010

Versos do Dia

Essa música é muito boa, a Hermione (hahaha) canta em português. Muito bom! Vi lá no blog parceiro (http://geminadas.blogspot.com) e aqui reproduzo pois foi a música do meu dia, com os versos:

"Felicidade é so questão de ser, quando chover, deixar molhar, para receber o sol quando voltar"

ou então o trecho da Hermione

"melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha para você. Chorar, sorrir também e dançar, dançar na chuva quando a chuva vem!"

Uau!!! Sol e chuva são, lugar-comum, associados a felicidade e tristeza, mas não é tão comum esse chavão produzir algo com tanto sensibilidade e qualidade. A música é uma delícia e proporciona o que o nome da música sugere. Valeu, Marcelo Jeneci e Laura Lavire.

Prolífico

Oitavo post do ano no blog e servirá apenas para registrar como este blog está em uma nova era, sendo atualizado com frequencia.

Basta ver ao lado a lista de marcadores por ano. 8 posts é também a soma de tudo que escrevi em 2008 + 2007 + 2004. Que beleza!!

Yankee Gal

Curta francês interessante.

Yankee Gal from Yankee Team on Vimeo.


Então morrer também pode ser assim, tão sensual?

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Para todos nós que me habitamos

PARA TODOS NÓS QUE ME HABITAMOS

Em meu castelo eu tenho uma sala
Em que habitam os mais belos cisnes
Alimento-os com pedaços de mim
Esperando que um dia
Eles sejam meus sonhos.

Cada um deles é e não foi para sempre
O que eu deixei de ser em cada fatia.

Alimentei a fera que sorri
com pedaços de meu corpo ensangüentado.
Mas não mais.

A minha voz calada não mais quer ser ouvida
A minha solidão sofrida não mais quer ser solidária
A minha emoção ridícula não mais quer ser engraçada
A minha devoção não quer mais nada.

Penso se pensar é correto
Sinto que sentir é injusto.
Mas não mais.

Não estou pronto para a realidade
Apesar da já avançada idade
Quando voltarei a ser inconseqüente?
Quando voltarei a ser feliz?

Versos do Dia

"My baby wants to drive the train
But don't you let her,
don't you let her touch the tracks!"

Nem tudo na vida precisa ser complexo e a simplicidade empolgante do Arctic Monkeys é matadora! Confirmado pela "desconhida" choo-choo que sequer fazia parte do primeiro álbum (foi cortada).

quinta-feira, janeiro 21, 2010

Reis Malditos

Maurice Druon é um escritor e historiador francês, morto em abril do ano passado, e que publicou em forma de romance a história da monarquia francesa a partir do século XIV em 7 volumes intitulados "Os Reis Malditos". Ele escreveu esses romances de 1955 a 1977 e são uma leitura extremamente informativa e agradável ao mesmo tempo.

O primeiro livro - único que li até o momento - tem o subtítulo "O Rei de Ferro" e narra a perseguição de Felipe, o Belo aos cavaleiros templários, a execução do grão-mestre Jacques De Molay e a maldição lançada por ele no momento de sua execução e toda a sequência trágica de eventos que se dá a partir daí. Muito interessante tanto como painel histórico-cultural quanto como enredo. A Dri já leu a segunda parte - A Rainha Estrangulada - e agora é minha vez.

No intervalo entre um e outro, contudo, vou incluir "A Sombra do Vento" de Carlos Ruis Zafón. Todos com quem falei até aqui que já leram esse livro ficaram maravilhados e só falam maravilhas da obra do escritor espanhol. A Dri, por exemplo, é uma delas e é sempre marcante quando alguém diz que está "com dó" de terminar a leitura por ter de se despedir da estória e dos personagens. No caso deste livro, já ouvi a mesma reclamação mais de uma vez. Tenho que ler logo!

Ah, falando em leituras, fica a dica do site "www.skoob.com.br" que é uma espécie de rede social literária, em que você consegue montar uma estante virtual incluindo todos os livros que já leu (eu encontrei 90% dos livros que já li lá, o acervo é bem completo) e pode registrar sua opinião, cotação e ainda interagir com outras pessoas que já leram ou estão lendo o mesmo livro que você está lendo, já leu ou pretende ler. Bem legal. E "Skoob" é "Books" ao contrário! ;-)

Causos e curiosidades linguísticas

Três pequenos causos com novos amigos aqui de Lyon.

O primeiro ocorreu em um trem, voltando de um congresso na Holanda, no ano passado. Augusto, Vicente e eu. Muito tempo disponível já que a viagem de Leiden (onde estávamos) até Lyon, passando antes por Paris, levaria cerca de 8 horas. Tempo, portanto, para improvisarmos um educativo jogo da forca.
A essa altura, o Augusto já dormia febril visto que alguma virose o tinha infectado. Eu e o Vicente resolvemos adaptar a brincadeira permitindo apenas nomes de animais e cada um em sua língua materna. Eu consegui matá-lo com coruja... e ele, muito esperto, notou que as palavras para coruja em português e espanhol eram diferentes me matou também com a coruja (búho)! O impressionante é que apesar das línguas não serem distantes, eu quase consegui matá-lo com tubarão!

Semana passada, fui buscar na casa do gente boa Vincent Lacroix um canapé (sofá-cama de 2 lugares) que ele me deu. Transporte utilizado na pequena "mudança"? Um carrinho emprestado junto ao Augusto (petit voiture?? rsrsrs) e a ajuda providencial do Christian para carregar as almofadas e dá-lhe dois quilômetros de caminhada pelas ruas de Lyon, com um sofá deitado em um carrinho e mal se equilibrando no trajeto. Quase acertamos alguns carros no caminho mas o meu novo sofá já está lá em casa.
Mas essa história, na verdade, tem a ver com a primeira tentativa de carga, começou a garoar e acabamos ficando um pouco lá com o Vincent e o Christian bebendo uma cerveja, eu um gole d'água, e o bate-papo - em francês - correndo solto. Embasbacado com a enorme sacada do apartamento do Vincent ele acrescenta "ah, e é ótimo para fazer churrasco", cuja palavra em francês é barbecue. Por acaso, essa palavra é a mesma do inglês para churrasco. Mas o Vincent foi convincente ao justificar a origem francesa, já que espetam o bicho da "barbe" ao "cue"... vixi! Ou seja, em inglês deveria se chamar "beard-ass"... medo!

A terceira história ocorreu no último sábado, na casa da amiga Patrícia Simões e também na presença do onipresente Christian e da Cecília. Dia de almoço e sessão de cinema e de ouvir um pouco dessa língua fantástica que é o português falado em Portugal. Coletei algumas pérolas tanto do dia-a-dia como "telemóvel", "gajo", "malta" e "rapariga" que são respectivamente "celular", "homem", "turma" e "menina". Eu até brinco com a Patrícia que a cada vez que ela solta um "rapariga" o meu detector de portugueses acende! ;-)
Mas as três melhores contribuições até aqui para o enriquecimento do meu voculabário vão para:
- "pastilha elástica" - um simples chiclete ou goma de mascar;

- "vai-e-vem espacial" - um ônibus espacial. Aqui me pergunto, uma dessas sondas enviadas para fotografar os confins do universo, sem o objetivo de retornar à Terra, são "apenas-vai-espaciais"?

- "paneleiro" - termo utilizado para designar gays. Já conhecemos bem a "bicha" que para eles também quer dizer "fila" mas é difícil imaginar como chegamos a "paneleiro" com esse sentido... ou não.

quarta-feira, janeiro 20, 2010

Versos do Dia

A minha rotina diária envolve várias músicas. Em geral, ao acordar, deixo o Winamp escolhendo canções para acompanhar banho e café. No caminho para o trabalho quem faz esse papel é o meu celular e durante o dia o iTunes.

A cada dia é interessante como o cardápio - sortido por natureza - oferece novos pratos e também novas degustações de antigas delícias, por vezes com novos temperos ou com um diferente acompanhamento.

Para deixar registrado - como pedacinhos de pão lançados no caminho dos meus dias para me permitir recuperar o caminho traçado - vou escolher alguns versos de uma destas canções e criar aqui uma nova seção para guardá-los. Não há critérios para escolha, será simplesmente algo que me chamou a atenção, que não foi ouvido sem registro, que despertou o paladar. Caso eu encontre vou aproveitar para também deixar linkado um videozinho da música caso alguém se interesse. ;-)

Os versos inaugurais são do Teatro Mágico, na canção "A Pedra mais Alta":
"O medo fica maior de cima da pedra mais alta
Sou tão pequenininho de cima da pedra mais alta
Me pareço conchinha ou será que conchinha acha que sou eu?
Tudo fica confuso de cima da pedra mais alta."

No caso, encontrei dois clipes. O primeiro um registro ao vivo em que alguém canta junto o tempo todo, dificultando apreciar a música. Mas é interessante para ter uma idéia de como o Teatro Mágico se apresenta, em uma mistura bacana de música, teatro e circo.



E aqui um clipe não-oficial mas muito bem feito em que a música pode ser conferida em seu registro em estúdio.

quinta-feira, janeiro 14, 2010

Fui, curti, voltei e cá estou...

Depois da contagem regressiva chegar ao zero - e com atraso, já que perdi a minha conexão São Paulo - Campo Grande na ida - pude finalmente reencontrar a minha adorável e adorada esposa e minhas filhinhas caninas e desfrutar, com elas, três semanas muito intensas, com vários reencontros e, em seguida, novas despedidas, família, muita comelança e três quilos a mais na bagagem, mas não especificamente na mala que trouxe de volta, mas sim no mala que voltou. ;-)

Logo nos primeiros dias já teve churrasco com o sogro, encontro com meus padrinhos para o aniversário de casamentos dos pais dele - 40 anos juntos! e pegar a estrada para alcançar minha mãe em Costa Rica e, de lá, seguir para Barra do Garças onde juntando-se à família de minha irmã passamos o natal. Lá tivemos direito ao clube municipal das Águas Quentes e ainda à cachoeira da Usina, uma com águas quentes (oh!) e outra com água gelada, nada de meio termo.

De volta, mais mil quilômetros de direção com minha carteira de motorista vencida, nos dedicamos aos preparativos da festa de reveillon e a dar as boas vindas à minha cunhada e família que vieram do Rio para passar o fim de ano conosco e, diga-se, pelo segundo ano consecutivo. A festa foi na D. Lurdinha e foi ótima.

Uma vez em 2010 e já, provavelmente, com 2 quilos a mais desde a chegada, dediquei os últimos 10 dias de estadia a ganhar um quilo adicional, rever amigos, me divertir e curtir com a Dri e as meninas (Meg e Julie) do conforto do lar.

Três semanas muito intensas e muito agradáveis! É impressionante como valorizamos muito mais as coisas quando elas se tornam menos acessíveis e esta ida ao Brasil deixou isso bem claro. No fundo, nem era para ter sido férias mas diante das mil e uma coisas por fazer, comer e das pessoas por ver, rever, visitar e tudo o mais, acabou sendo inevitável.

Agora, para compensar, a saída é mergulhar de volta no doutorado e fazer com que o trabalho aqui renda em dobro. E, claro, torcer para que a Dri venha logo trazer um pouquinho do Brasil e de nossa vida lá para mim de novo, pois ninguém é de ferro. ;-)